Capítulo 44

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Até então, só ele havia ido ali. Mais ninguém. Mas por ser um lugar tão especial, Zé quis levar Marta até lá. O local era uma espécie de piscina natural...

Essa piscina natural ficava num dos pontos altos do monte. De mãos dadas eles chegaram lá.

— Gostou?

— Aqui é lindo mesmo. Você descobre cada lugar. Olhando isso aqui pelas fotos parece tão horroroso— Ela não perdia a oportunidade de alfinetar ela.

— O jeito que você fala, parece até que qualquer lugar é mais bonito que aqui.

— Como você adivinhou?

Zé fez sua cara típica de poucos amigos.

— É brincadeira, Zé. Qualquer lugar fica lindo se você estiver comigo.

Uma cara de "eu não acredito que foi tão sentimental assim" surgiu no rosto de Zé.

— Não me olhe assim!— Ela se corrigiu tentando manter a postura.

A mão dela puxou a cintura dela para mais perto, dando beijo molhado no pescoço dela e depois um na boca, onde as línguas já eram velhas conhecidas. Onde os toques já tinham pontos exatos. Em todo beijo havia uma cede, uma vontade de devora-lá inteira, de amá-la em cada canto, de enchê-la de beijos e mais beijos.

— Te amo, meu amor — Ele declarou no finalzinho do beijo.

— Nunca vou me cansar de ouvir você dizer isso — Os olhos azuis dela brilharam.

— É?

— É!

Quando iam iniciar outro beijo, o celular de Zé tocou. O som interrompeu e ele atendeu.

— Diga Josué. Eu estava mesmo para te ligar...

O silêncio em que Zé permaneceu ouvindo o amigo do outro lado, foi o suficiente para deixar Marta agoniada.

— Como é que é?...filha de uma p... desgraçada. Venha, Josué, o mais rápido possível.

— Oque foi Zé ? Fala!

Ele fez um sinal para de espera com a mão. Assim que desligou ele a encarou.

— A maldita de Isis sequestrou Martinha. Esta com minha neta sabe lá Deus aonde.

— Que? Agora ela passou de todos os limites, com a minha neta ela não vai mexer. Isso não. Vamos embora agora — na pressa, Marta acabou sentindo uma tontura muito forte.

Imediatamente ele a amparou.

— Marta —  ele segurou sua cintura —  Oque foi? Tá sentindo alguma coisa? Marta...

— Não sei. Me deu uma tontura de repente, ficou tudo embassado —  Ela disse ainda de olhos fechados, tentando se recuperar.

Zé tinha os olhos atentos em cada movimento dela. Marta ficou pálida e gelada, não foi apenas uma tontura.

— Marta, você está gelada. Pálida. Abre os olhos —  Pediu ele, preocupado.

Meu Diamante - MALFREDOnde histórias criam vida. Descubra agora