Meu Diamante - MALFRED

BÔNUS - Malfred

O bônus curtinho, só para vocês se derreterem pela maju.

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Bônus - Malfred

SETE MESES DEPOIS…

— Me deixa brincar com ela um pouquinho também, não seja egoísta —  Clara protestou pela quarta vez na tentativa de poder ficar um tempo com a atenção de Maria Júlia só para ela.

—  Que saco, Clara. Porque você não faz um bebê para você? —  Lucas revidou.

— E porque você não me empresta um dos seus já que tem gêmeos? Não seja infantil, Lucas. Nem deveria estar aqui colado na Maria Júlia.  Agora deixa de ser egoísta e sai —  Ela mandou com o mesmo jeito autoritário de Marta.

Maria Júlia estava na sala, no colo de Lucas, cercada de brinquedos para todo lado num tapete rosa. Os irmãos em volta brigando por sua atenção, e as babás apenas olhando e rindo da cena.

Os pais de Maria Júlia não estavam em casa, por isso aquela "farra" toda estava acontecendo ao redor da recém chegada.

— Ela prefere a mim, aceitem!

— Convencida. Vai ser a irmã mais chata, isso sim — Lucas retrucou.

— Chato é você, e egoísta também. Mal deixa a gente chegar perto da menina — Clara sentou no chão e pegou Maria — Agora sim, minha boneca. A boneca mais linda, mais cheirosa, mais fofa, mais tudo…

— E o irmão mais velho mesmo não conseguiu até agora passar um tempo com ela, porque vocês dois aí não param de brigar pela menina desde que ela nasceu. Estão parecendo mais crianças que a própria Maju —  Zé Pedro que tinha um jeito seco de demonstrar sentimentos igual o pai, também estava rendido aos encantos da irmã mais nova.

Após a resposta dele, todos começaram a falar ao mesmo tempo como sempre faziam, causando a maior bagunça na hora de tentar argumentar.

— MAIS QUE ESCÂNDALO TODO É ESSE? —  Marta chegou instalando a ordem.

—  Mãe, João Lucas está grudado na Maria Júlia desde que a menina nasceu, mal deixa eu e o Zé Pedro chegar perto, assim não dá —  Clara reclamou como fazia na infância quando o irmão pegava suas bonecas e escondia.

— Isso é verdade. Ele tem dois filhos, não tem? Ou esqueceu? —  Zé Pedro acrescentou.

—  Vai todo mundo ficar contra mim agora? —  Lucas se defendeu — Ó mãe…

— Ah, mas que coisa linda. Três adultos. Uma mulher feita e dois marmanjos brigando por causa de Maria Júlia, coisa infantil —  Zé repreendeu os filhos.

— Ah, eu concordo. Onde já se viu, a menina chega está assustada com essa gritaria toda —  Marta se abaixou e pegou Maria no colo, depois se sentou no sofá.

—  Ao invés de estarem aqui disputando atenção de um bebê, deveriam estar na império trabalhando, não acham não? —  Zé os repreendeu pegando Maria do colo de Marta.

— Isso não é nada justo —  Clara se levantou indo na direção do pai, enquanto fazia graça para Maria Júlia rir —  Vem, meu amor. Vem com a irmã, vem — Ela chamou a Maria na hora se manifestou.

Clara abriu um sorriso e a pegou no colo.

—  Ah, meu amor — Clara brincou com ela nos braços. 

—  Nada justo é a Maria Júlia ser a única filha a nascer com os olhos da minha mãe,  isso sim não é justo! —  Zé Pedro protestou.

— Ah, mas é um bebezão mesmo, quer ter os olhos da mamãe —  Lucas implicou tirando risada de todos.

— Cala a boca —  Zé Pedro jogou uma almofada no irmão.

—  Amor —  Du chamou Lucas da escada —  hora de dar banho nos gêmeos, vem.

—  Isso, Du. Leva ele —  Zé Pedro incentivou. 

—  Eu vou voltar, viu. Aproveitem. 

— Meu amorzinho, eu sei, seu irmão é muito chato, eu sei…— Clara apertou as bochechas de Maria até ela rir — …aí que risada gostosa, eu não aguento essa delícia toda.

Marta e Zé apenas olhavam aquele amor todo dos filhos mais velhos por Maria Júlia. Todos estavam apaixonados por aquelas bochechas, a boquinha rosa, as dobrinhas, as perninhas que eram gordinhas que davam vontade de morder.

—  Agora é minha vez, Clara. Me dá ela, vai —  Zé Pedro chegou perto.

—  Não, eu ainda nem aproveitei direito.

— Aí, Pedro. Deixa de ser implicante. Você só quer porque eu acabei de pegar.

— AH!!! Me dá, agora a vez é minha que sou a mãe e já passou da hora dela mamar. Vamos, ela não é uma boneca —  Marta a pegou nos braços.

—  Para mim ela é uma bonequinha sim, não é meu amor? Não é? —  a bebê se derretia toda para Clara.

[...]

— Meu amor, segura ela enquanto vou tomar um banho —  Marta entregou Maria para o pai.

Zé que já havia trocado de roupa, estava sentado na cama. 

[...]

— Quando você fizer um ano, eu vou dar uma festa enorme cheia de coisa, cheia de brinquedos para você se divertir até cansar — Zé conversava com Maria com brilho nos olhos.

—  Ficou doido, Zé? A menina nem andar sabe ainda. Como que vai brincar em um monte de brinquedos? — Marta respondeu saindo do banheiro vestida no roupão preto.

— Papai vai com ela…em todos —  quem poderia imaginar o homem de preto derretido por um bebê. 

— Você viu aquilo lá embaixo? A disputa por essa princesa?

— É, daqui a pouco vão sair no tapa, isso sim.  Nunca vi brigarem tanto, isso desde que ela veio para casa.

Marta parou atenta  para ver a cena de Zé distraído com ela. A conexão entre Zé e Maria era tão única, que a última vez que se lembrava ter visto aqui, foi quando Maria Clara nasceu. Agora algo parecido estava acontecendo com Maria Júlia.

— Posso? —  Marta perguntou estendendo os braços para pegar Maria.

Uma das coisas que Marta estava adorando refazer, era dar de mamar para Maria Júlia. Aquele era um de seus momentos de mais alegria, poder ter sua pequena nos braços e dar carinho. Zé, adorava ficar olhando aquela interação única que só Marta tinha com ela. A menina, de olhos azuis, pele branquinha e cabelos pretos, se parecia muito com a mãe.

— Ela se parece muito com você, my diamond.

— Sorte a dela vir com a beleza da mãe — Marta brincou.

— É verdade — Zé respondeu olhando para Marta.

Ao perceber que estava sendo contemplada ela o olhou.

— Papai vai te admirar assim também quando você ficar maior e você vai se sentir a pessoa mais amada do mundo — Ela olhou para Zé — assim como a mamãe se sente agora.

Zé sorriu.

— Eu amo vocês!

— Nós também.