Capítulo 7: A Assassina.

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Encarei os feéricos que andavam de um lado para outro. Todos muito bem vestidos e com ar de realeza. Suspirei com a irritação que surgia dentro de mim. Enfiei as mãos dentro da jaqueta e segui Aaron pelos decks de madeira, vendo Freya desfilar na minha frente como uma rainha.

Aaron estava ao lado de Alfie e parecia ter um lugar certo a nós levar. Olhei para tudo em volta. Cada canto estranho que me dava mais raiva ainda.

-Holly? -Meu corpo levou um choque com a voz chamando por mim.

-Sim, majestade? -Falei, tentando parecer o mais suave e amigável possível.

-Aqui. -Ele virou e eu o segui, passando por Freya, mas evitando ficar ao lado dele. -Quero te dar uma visão ampla.

Entramos em um dos prédios e subimos uma imensa escada em caracol, cercada pelas paredes de pedra.

-Vocês tem algum ponto em especial que queiram negociar? -Ele prosseguiu.

Aaron parou atrás de Alfie, que abria uma porta de madeira antiga, no final das escadas.

-Na verdade, sim. Foi lhe enviado alguns documentos referentes ao que tínhamos mais interesse. -Falei despreocupada, mantendo meus olhos em Alfie, que parecia estar atrapalhado com as chaves.

Mas eu sentia os olhos de Aaron em mim. Me avaliando como uma presa.

-O senhor deve ter os analisado. -Conclui e respirei fundo.

Eu queria mandá-lo parar de me olhar. Queria empurra-lo escada a baixo e ver seus ossos se quebrando.

-Sim, eu analisei. -Disse depois de um minuto interminável de silêncio. -Mas achei que analisando as cortes você poderia se interessar por algo mais.

Ergui meus olhos até ele finalmente. Aaron me fitava. Talvez com mais intensidade do que eu achava necessário. Analisei sua frase, tentando pensar em uma resposta que o fizesse mudar de expressão.

-Alfie? -Ele falou antes, mas ainda me encarando.

-Sim, majestade?

-Algum problema com as chaves? -Questionou em um tom seco e vi o feérico a nossa frente engolir em seco.

-Estou tentando achá-la, senhor. A muitas aqui. -Falou, com uma pontada de reclamação e eu vi o que parecia ser uma revidada de olhos de Aaron.

-Posso abri-la se quiser. -Falei sem pensar, me dirigindo a Alfie.

-Como? -Aaron quem questionou.

-Não é necessário uma chave.

Passei por ele e parei ao lado de Alfie, que ainda procurava a chave no meio de várias outras. Soltei uma risada sem me conter.

-Freya, pode me emprestar um grampo? -Freya fez uma careta, mas retirou um dos grampos de cabelo, que seguravam sua trança.

Ela em jogou e eu rapidamente me virei para a porta, modificando o formato do grampo. Enfiei na fechadura e mexi até escutar a tranca sendo aperta. A porta deslizou e se abriu.

Me virei vendo Aaron e Alfie me encarando. Alfie parecia com raiva. Claro, uma simples humana abriu a porta com um grampo. Mas Aaron não demonstrava nada.

-Meus parabéns. -Disse e passou por mim. Meus olhos se fecharam por um segundo, absorvendo o meio elogio falso. Entrei atrás de Aaron, ignorando o ódio de Alfie.

É recíproco, eu queria dizer a ele.

Nós estávamos no topo de um torre. Onde podíamos ver toda a corte. Todas as casas e torres de pedra. Caminhei até o parapeito e encarei a visão. Era bonita, claro. Mas não agradável.

Reino de Fogo e Caos / Vol. 1Onde histórias criam vida. Descubra agora