[!] Neste capítulo será descrito um único momento erótico. Se não gosta, passe à frente.
— Querias ver-me? — Verónica perguntou ao entrar no meu escritório.
Contornei a secretária aproximando-me dela e encostei-me à mesa com os braços cruzados. Ela limitou-se a observar-me com as mãos atrás das costas sem entender o porquê de eu a querer ali.
— O que se passa? É alguma má notícia ou vai ser demorado...?
— Não, nem por isso. Apenas queria...
Não, não queres. Nem te atrevas.
— ...desculpar-me pelas coisas que disse ontem.
Um pequeno sorriso formou-se na sua face.
— Perdi os meus limites. E porventura não respeitei os teus valores também. Desculpa-me por isso. Estou sinceramente arrependido.
Que merda, Duarte, que caralho é que pensas que estás a fazer?!
Ela não se pronunciou, dando tempo para eu falar.
— Quanto à Mafalda e à gravidez dela, não há nada com que precises de te preocupar. Eu juro-te que a possibilidade de eu ser o pai daquele bebé é inferior a 0%.
— Eu perdoo-te, Duarte. Eu imagino que estes sete anos não foram fáceis para nenhum de vocês.
Tu falaste a sério! Tudo o que disseste ontem era sentido! Tu querias dizer aquilo! Para de ser um cordeirinho de merda! Para de ser levado por ela!!
— Não foram, mas não sei se se podem comparar ao sofrimento que tu também passaste. Certamente, não se pode. Eu lamento imenso tudo o que se passou, a ambos. Deixei-me levar demais pelo meu sofrimento e podia usar a desculpa de estar chateado por causa da situação da Mafalda para justificar a minha exaltação, mas não passaria disso mesmo, uma desculpa parva. E eu assumo a responsabilidade dos meus atos quando sei que erro. A minha intenção não era magoar-te, mas como acabei por o fazer, tu mereces ouvir um pedido de desculpas da minha parte. Um sincero.
Eu juro que te vais arrepender por isto! Estás a perceber?!
— Não faz mal, Duarte. Eu fico feliz por ouvir isso. E desculpa algo que te tenha dito ou feito.
Retribuí o seu sorriso.
— Olho por olho, eu acho — aceitei o seu pedido de desculpas desnecessário.
A Verónica assentiu e estava prestes a ir embora quando...
— Só mais uma coisa!
[!]
Agarrei no seu pulso, puxei-a para mim, encostei-a contra a porta (fechando-a) e beijei-a. Ela rendeu-se e envolveu os seus braços em volta do meu pescoço. Para não lhe dar tempo de ligar o botão da razão, fui logo com as mãos à saia dela. Subi-lhe a vestimenta e desci-lhe as cuecas sem nunca largar a sua boca. Levei-lhe três dedos à boca (o indicador, o do meio e o anelar) e fi-la chupá-los para os lubrificar. Voltei a beijá-la e comecei a usar a minha mão como se fosse um vibrador no clitóris dela. A ruiva deixou escapar um gemido alto entre o espaço das nossas bocas e por instinto levantou a perna esquerda para me dar mais espaço de manobra. Começou a gemer incansavelmente e eu não tive outra opção se não ocupar a sua boca com a minha.
Cravou as suas unhas no meu pescoço e nos meus ombros e empurrou-me ligeiramente para trás para que eu libertasse a sua boca e a sua intimidade para se vir em paz.
Aproveitei essa pausa para desapertar as minhas calças e deixá-las a elas e aos boxers escorregarem-me pelas pernas abaixo. Cada uma das minhas mãos agarrou em cada uma das suas pernas, elevando-as. Pousei-as nos meus antebraços, bem próximas dos meus ombros e segurei a sua cintura. Inclinei-me um pouquinho para trás para ficarmos num perfeito equilíbrio e ela, com uma prontidão que me apanhou de surpresa, mirou o meu pau na sua entrada. Com um impulso, fiz-me entrar. Ambos não contivemos a satisfação ao sentir o corpo do outro e gememos. Por causa da complexidade daquela posição (mais parecida com uma de competição de ginástica artística olímpica) não era possível fodê-la numa velocidade extrema, contudo, apesar de as penetrações serem pontuais, a intensidade, a força e a adrenalina de a qualquer momento alguém tentar abrir a porta e nos apanhar naqueles preparos compensava qualquer máxima velocidade. Colei as nossas bocas e senti-me a ser esmagado pelo dela. Estava a ser completamente devorado pelo seu corpo.

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Desejo: Fazer-te ficar
Romance[CONCLUÍDO] Duarte Gama, um homem de negócios de 26 anos, sai do bar noturno que gerencia secretamente. Ao constatar que se esqueceu das chaves, recua caminho indo contra uma rapariga. Esta, atrapalhada, pede desculpa e segue a sua vida. Porém, ao...