XXX

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[!] Neste capítulo será descrito um único momento erótico. Se não gosta, passe à frente.

— Querias ver-me? — Verónica perguntou ao entrar no meu escritório.

Contornei a secretária aproximando-me dela e encostei-me à mesa com os braços cruzados. Ela limitou-se a observar-me com as mãos atrás das costas sem entender o porquê de eu a querer ali.

— O que se passa? É alguma má notícia ou vai ser demorado...?

— Não, nem por isso. Apenas queria...

Não, não queres. Nem te atrevas. 

 — ...desculpar-me pelas coisas que disse ontem.

Um pequeno sorriso formou-se na sua face.

— Perdi os meus limites. E porventura não respeitei os teus valores também. Desculpa-me por isso. Estou sinceramente arrependido.

Que merda, Duarte, que caralho é que pensas que estás a fazer?!

Ela não se pronunciou, dando tempo para eu falar.

— Quanto à Mafalda e à gravidez dela, não há nada com que precises de te preocupar. Eu juro-te que a possibilidade de eu ser o pai daquele bebé é inferior a 0%.

— Eu perdoo-te, Duarte. Eu imagino que estes sete anos não foram fáceis para nenhum de vocês.

Tu falaste a sério! Tudo o que disseste ontem era sentido! Tu querias dizer aquilo! Para de ser um cordeirinho de merda! Para de ser levado por ela!!

— Não foram, mas não sei se se podem comparar ao sofrimento que tu também passaste. Certamente, não se pode. Eu lamento imenso tudo o que se passou, a ambos. Deixei-me levar demais pelo meu sofrimento e podia usar a desculpa de estar chateado por causa da situação da Mafalda para justificar a minha exaltação, mas não passaria disso mesmo, uma desculpa parva. E eu assumo a responsabilidade dos meus atos quando sei que erro. A minha intenção não era magoar-te, mas como acabei por o fazer, tu mereces ouvir um pedido de desculpas da minha parte. Um sincero.

Eu juro que te vais arrepender por isto! Estás a perceber?!

— Não faz mal, Duarte. Eu fico feliz por ouvir isso. E desculpa algo que te tenha dito ou feito.

Retribuí o seu sorriso.

— Olho por olho, eu acho — aceitei o seu pedido de desculpas desnecessário.

A Verónica assentiu e estava prestes a ir embora quando...

— Só mais uma coisa!

[!]

Agarrei no seu pulso, puxei-a para mim, encostei-a contra a porta (fechando-a) e beijei-a. Ela rendeu-se e envolveu os seus braços em volta do meu pescoço. Para não lhe dar tempo de ligar o botão da razão, fui logo com as mãos à saia dela. Subi-lhe a vestimenta e desci-lhe as cuecas sem nunca largar a sua boca. Levei-lhe três dedos à boca (o indicador, o do meio e o anelar) e fi-la chupá-los para os lubrificar. Voltei a beijá-la e comecei a usar a minha mão como se fosse um vibrador no clitóris dela. A ruiva deixou escapar um gemido alto entre o espaço das nossas bocas e por instinto levantou a perna esquerda para me dar mais espaço de manobra. Começou a gemer incansavelmente e eu não tive outra opção se não ocupar a sua boca com a minha.

Cravou as suas unhas no meu pescoço e nos meus ombros e empurrou-me ligeiramente para trás para que eu libertasse a sua boca e a sua intimidade para se vir em paz.

Aproveitei essa pausa para desapertar as minhas calças e deixá-las a elas e aos boxers escorregarem-me pelas pernas abaixo. Cada uma das minhas mãos agarrou em cada uma das suas pernas, elevando-as. Pousei-as nos meus antebraços, bem próximas dos meus ombros e segurei a sua cintura. Inclinei-me um pouquinho para trás para ficarmos num perfeito equilíbrio e ela, com uma prontidão que me apanhou de surpresa, mirou o meu pau na sua entrada. Com um impulso, fiz-me entrar. Ambos não contivemos a satisfação ao sentir o corpo do outro e gememos. Por causa da complexidade daquela posição (mais parecida com uma de competição de ginástica artística olímpica) não era possível fodê-la numa velocidade extrema, contudo, apesar de as penetrações serem pontuais, a intensidade, a força e a adrenalina de a qualquer momento alguém tentar abrir a porta e nos apanhar naqueles preparos compensava qualquer máxima velocidade. Colei as nossas bocas e senti-me a ser esmagado pelo dela. Estava a ser completamente devorado pelo seu corpo.

Desejo: Fazer-te ficarOnde histórias criam vida. Descubra agora