4: A casa do professor

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Que bom que eu não desfiz as malas, porque agora vou ter que me mudar de novo.

-Eu disse que a Inglaterra não era segura- Eu falei para a minha mãe que me dava a minha mala e a de Hugo.

-Não importa, só vá para a casa do professor sem pestanejar- Minha mãe disse e eu bati continência.

-Ok, general Durand- Eu disse e Hugo riu da minha piada -Tchau mamá.

-Tchau Anna, tchau Hugo- Ela disse e eu e meu irmão fomos para o trem, adivinhem junto de quem?

Dos nossos vizinhos! A criança fofa, o filhote de Tasmania, a Suzete, e o loiro sem educação.

-Hugo!- Lúcia exclamou abraçando meu irmão, ow que fofos!

-Lu!- Ele exclamou de volta -Vocês vão com com gente?

-Só no caminho- Susana disse dando suas coisas para Pedro que colocava as malas em um compartimento.

Pedro me olhou e apontou para a minha mala com a cabeça.

-Deixa que eu coloco aqui- Ele disse mas eu dispensei a ajuda.

-Não precisa, eu levo na mão- Eu disse e ele tentou insistir.

-Não precisa ser orgulhosa, eu só quero ajudar- Ele disse e eu sentei do lado de Hugo usando a minha mala como travesseiro para o meu irmão deitar.

-Pedro eu sou uma artista, ser dramática e orgulhosa faz parte do pacote- Eu disse levemente irritada para ele que deu risada.

-Você quem sabe, querida- Pedro disse se sentando do meu lado.

-Eu não sou sua querida- Eu revidei revirando os olhos, porque esse garoto precisa sentar justo do meu lado?

Ficamos praticamente em silêncio durante quase toda a viagem, e eu fiquei tão feliz por isso! Meu som preferido é o silêncio.

E finalmente chegou a minha parada e do meu irmão.

-Bom pessoal foi muito legal passar esse tempo com vocês e espero que todo mundo passe pela guerra e no final ainda esteja vivo- Eu disse segurando a mão do meu irmão e saindo do trem, indo até uma plataforma no meio do mato.

-Acho que vamos todos juntos- Susana disse ficando do meu lado.

Só pode ser um pesadelo! Agora além de estar em um lugar no meio do nada também vou ter que suportar quatro desconhecidos irritantes. Que merda!

-Será que fomos etiquetados errado?- Edmundo perguntou quando depois de um tempo não apareceu ninguém.

-Espero que sim- Eu murmurei e todos deram risada.

Então quando eu estava quase indo embora (porque é insuportável ficar em pé por muito tempo), uma mulher chegou em uma charrete. 

-Só trouxeram isso?- Uma mulher sentada na charrete disse quando nos viu.

Todos assentimos e logo entramos na charrete, a mulher insuportável se chama Marta e é um porre de ser humano.

Logo que chegamos na casa já fomos recebidos por cinquenta milhões de regras, "não toque nos artefatos histórico", "não corram", "não façam barulho", "não incomodem o professor", entre outras regras que eu fiz questão de ignorar.

Acho que a única parte boa de tudo isso é que eu tenho um quarto só para mim e para Hugo. Pelo menos não vou ter que dividir quarto com mais ninguém além do meu irmão.

Espero que amanhã seja um dia melhor que esse, e mesmo se não for, que pelo menos a guerra acabe.


Oiiiii povo abençoado, tudo bom?

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Oiiiii povo abençoado, tudo bom?

Espero que tenham gostado 💛❤

Um beijo 😙

E até o próximo capítulo 😉

(In)felizmente isso é um romanceOnde histórias criam vida. Descubra agora