Anna Durand é uma garota francesa que se mudou para a Inglaterra junto com o seu irmão e sua mãe por conta da guerra, e acabou virando vizinha dos quatro irmãos Pevensie.
Anna odiou Pedro de todo o seu coração assim que o viu. Mas vocês sabem oque d...
-Eu estou bem, pode ir lá- Eu disse para Pedro ainda sem sair do quarto.
-E eu sou o Batman- Ele respondeu com sarcasmo e eu não pude evitar de brincar.
-Não duvido disso, vossa majestade- Eu disse com um riso falso, e então me concentrei em não deixar o meu (improvável) ciúmes me afastar de Pedro.
Eu não posso ser possessiva como minha mãe é, não posso ser passiva-agressiva. Preciso esconder o meu pequeno ciúmes o máximo possível, é isso o que o meu pai faria e é isso o que eu farei.
-Anna, eu te conheço- Pedro disse com a voz calma -Abre a porta por favor, sei que algo está errado.
Eu abri a porta, e não isso não foi só porque ele mandou, foi porque eu quis e como eu mando em mim mesma eu mandei os meus músculos voluntários abrirem a porta!
-Não tem nada de errado- Eu disse evitando encarar os olhos azuis de Pedro.
-Vamos lá elfinha, sabe que não precisa esconder nada de mim não é?- Ele perguntou e eu assenti ainda sem olhar para ele direito -Então me conte oque aconteceu.
-Infelizmente eu nasci, foi isso que aconteceu- Eu disse e ele me encarou provavelmente confuso.
-Não entendi- Ele disse e eu não pude deixar de falar uma coisa muito errada.
-Vai perguntar o significado da frase para a sua amiguinha- Eu resmunguei baixo mas não o suficiente para que Pedro não ouvisse e soltasse um riso -Desculpa, isso foi errado e eu não sou sua dona. Você não precisa falar nada e é melhor conversarmos amanhã quando...
Pedro me interrompeu com um beijo, que fez meu coração errar muitas batidas (como acontecia todas as vezes que Pedro me beijava).
-Eu sou seu Anna, você sabe disso- Pedro disse quando o beijo terminou encostando a sua testa na minha -E não importa quantas danças eu tenha que dançar com outras garotas, você sempre vai ser a minha parceira mais do que em uma dança mas sim na vida.
Eu não sei mais como se respira.
-Eu fui possessiva Pedro, não posso sentir ciúmes só por conta de uma dança- Eu disse e ele sorriu encostando a porta atrás dele -E desviando do assunto, esse gesto de fechar a porta do meu quarto depois que me beijou foi muito insinuante.
-Você é a perfeição Anna- Pedro disse segurando na minha cintura e ignorando minha última frase -Não poderia ser possessiva, ou muito ciumenta nem se tentasse.
Eu discordei com um murmúrio e antes que eu tentasse falar algo Pedro me abraçou, e mon Dieu! Como eu amo esse abraço.
-Você só foi um pouco humana- Pedro disse e eu fiz uma careta -Sei que pode parecer meio fraco, mas é isso oque te faz tão apaixonante. Você ainda é humana além de ser elfa. E humanos sentem ciúmes.
-Mas você nunca sentiu ciúmes de mim- Eu disse encarando ele e o mesmo desviou o olhar -Perai, sentiu?
-Melian- Ele respondeu em uma só palavra e fazendo uma careta de irritação quando falou o nome do meu amigo -Viu só? É assim que humanos por inteiro agem, é meio babaca? Sim! Mas ser humano, é ser meio babaca de vez em quando.
Dei risada e me permiti esquecer esse assunto enquanto beijava Pedro, é tão melhor beijar Pedro do que pensar.
Acabei (não sei exatamente como) deitada na cama (não pensem merde nenhuma de errado) ouvindo as batidas do coração de Pedro enquanto ele fazia carinho nas minhas costas.
-O Hugo tem um dom- Eu soltei a informação fazendo Pedro franzir o cenho enquanto eu me levantava um pouco -Ele pode ver o futuro, um vidente, meu irmão é um elfo das árvores vidente.
-E isso é ruim?- Ele me perguntou e eu fiz um sinal de "mais ou menos" com as mãos.
-É ruim que ele não tenha me contado- Eu respondi -Quero dizer, eu sou a irmã dele! Eu dei a vida por ele, no sentido literal da coisa. E mesmo assim ele não confia em mim. Isso magoa muito, saber que alguém que você ama não confia em você.
Pedro me acolheu em seus braços de novo e não falou nada por algum tempo até que finalmente ele resolveu se pronunciar.
-Ele poderia estar com medo- Pedro disse e eu fiquei muito confusa com essas palavras -Deve ser difícil saber o futuro e ficar tentando controlar a situação para ela ficar menos drástica. Imagine se fosse você, você iria confiar esse segredo ao Hugo?
-Não- Eu respondi em voz baixa e Pedro me deixou pensar enquanto voltava a fazer carinho em mim -Então eu não falhei em inspirar segurança? Eu não falhei?
Pedro me fez sentar e segurou no meu rosto.
-Oque eu tinha te dito antes?- Ele perguntou me olhando desafiador.
-Que eu sou perfeita?- Eu perguntei de volta vendo ele assentir.
-Agora repete com certeza- Pedro disse me fazendo rir um pouco -Quem é perfeita?
-Eu sou perfeita- Eu respondi tímida, desde quando minha auto-estima ficou tão ruim?
-Eu não ouvi direito, quem é perfeita?- Pedro perguntou de volta me fazendo sorrir junto dele.
-Eu sou perfeita!- Eu exclamei me sentindo mais feliz do que antes, e então Pedro beijou minha testa.
-Nunca se esquessa disso elfinha, você é perfeita!- Ele exclamou e ficamos pelo resto da noite de bobeira jogando conversa fora até que eu peguei no sono abraçada com ele.
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