8: Entre elfos, reis, profecias e sumiços.

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O home bode foi capturado por lobos que seguem o comando de uma ditadura branquela.

Mon Dieu, nunca pensei que fosse dizer isso na minha vida. Mas pelo visto aqui estou, falando sobre faunos em um mundo que fica dentro de um guarda-roupa e que tem uma disputa maluca de política.

Agora estamos todos fora da casa porque a maluca da Susana disse que um pássaro ta chamando a gente. E então todos ficaram tensos porque ouviram um barulho de algo se mexendo.

-É só um castor, não vai machucar ninguém- Hugo sussurrou para mim.

-Aonde está vendo o castor?- Eu perguntei já que não conseguia ver nada.

-Da para ouvir o som dele andando- Meu irmão sussurrou de volta e não é que ele estava certo! Era um castor super fofo.

-É um...É um castor!- Lúcia disse um pouco confusa.

-Não, é uma tartaruga- Eu resmunguei e Edmundo deu risada olhando para mim, e eu fiz um sinal de silêncio com a mão que ele repetiu.

Até que o corajoso lutador contra Castores e Capivaras, andou até o bixo e estendendo a sua mão com muita coragem começou a chamar o castor do mesmo jeito que se chama um gato.

-Vai acabar ofendendo ele- Eu disse para Pedro e logo depois o castor disse.

-Eu não vou cheirar isso se é oque pensa!- O castor disse, o castor falou! Falou 

O animal Castor falou!

E eu, Lúcia e Hugo demos risada da cara dos outros. Eu posso ter ficado até impressionada mas sempre vou rir dos outros!

Aí rolou toda uma comoção por conta de um lencinho que Lúcia deu para o homem bode, e aí depois desse drame o senhor castor resolveu que iríamos para a casa dele.

Enquanto os Pevensie's ficaram batendo papo eu fui junto com o castor, eu e meu irmão ao lado dele. Ele é até que bem legal, não que eu já tenha conversado com um castor antes, mas esse é bem legal!

Depois de um tempo de caminhada (os Pevensie's estavam nos acompanhando) saí do lado de Hugo e fui para o lado de Pedro.

-Você acha que foi uma boa decisão?- Ele me perguntou cruzando os braços.

-Gosto daqui, me trás uma sensação de...- Eu não tinha como explicar -Je ne sais quoi, mas ao mesmo tempo que eu não sei eu sinto como se aqui fosse...

-Um lar- Pedro completou sorrindo para mim -Eu sinto o mesmo.

Sorri para ele de volta e entrelacei meu braço no dele porque já estava com muito frio.

-Até que você não é tão insuportável- Eu disse e ele sorriu.

-Digo o mesmo elfinha- Ele brincou e eu olhei para ele confusa.

O mesmo colocou uma mecha do meu cabelo atrás da minha orelha.

-Você tem orelhas pontudas, médias e um pouco inclinadas. E em geral parece um elfo- Pedro brincou rindo e eu fiquei levemente rouge.

-Ok então, Rei Arthur- Eu disse e ele fez uma pequena reverência.

-Ao seu dispor milady- Ele disse beijando a minha mão e nós dois demos risada.

Quando chegamos no dique fomos recebidos pela senhora Castor, que era uma gracinha! E ficou encantada com a presença dos Pevensie's.

-Então não a nada a fazer pelo Senhor Tumnus?- Meu irmão perguntou para o senhor Castor triste.

(In)felizmente isso é um romanceOnde histórias criam vida. Descubra agora