Anna Durand é uma garota francesa que se mudou para a Inglaterra junto com o seu irmão e sua mãe por conta da guerra, e acabou virando vizinha dos quatro irmãos Pevensie.
Anna odiou Pedro de todo o seu coração assim que o viu. Mas vocês sabem oque d...
Me aproximei com cuidado de Caspian que descansava perto de uma árvore.
-Buu!- Eu exclamei o assustando e me fazendo rir -Você tinha que ver sua cara!
Ele estava bravo e o meu dia acabou de ficar melhor com esse susto que ele levou.
-Oque está fazendo aqui?- Caspian perguntou emburrado -Não deveria sei lá, estar com o Pedro ou com a Susie?
-Susie? Quanta intimidade- Eu disse com um sorriso malicioso fazendo ele negar com a cabeça -Mas respondendo sua pergunta, vim treinar!
Ele me olhou confuso e eu dei um sorriso amigável.
-Treinar? Comigo?- Ele perguntou e eu dei de ombros -Por que?
-Pedro está sendo super protetor comigo por conta da gravidez, a Su é péssima na esgrima- Eu disse -O Ed deve estar por aí se agarrando com a Maya, e a Lu está falando com o anão loiro.
-Então eu fui sua última opção?- Ele perguntou quase que ofendido.
-Mais ou menos isso- Eu respondi -E também, vai ser engraçado te derrotar.
Ele riu debochando.
-Para a informação da senhora, eu era o melhor do meu exército- Ele disse e eu encostei entediada em uma árvore.
-E para a sua informação- Eu disse encostando a ponta da espada no peito dele sem força -Eu sou uma elfa, a general de Nárnia, a grande Rainha do exílio e a representação do Sol e da magia que o ronda.
-Sempre é tão convencida?- Ele perguntou e eu sorri dando de ombros.
-Quase sempre- Eu respondi -E você? Sempre tão medroso?
Ele desembainhou a espada e eu sorri.
-Vamos logo com isso- Ele falou e eu bati uma vez com a espada no chão, logo depois atacando de baixo para cima, e desviando facilmente do contra ataque dele.
Caspian não deu nem uma pausa, mas conheço bem o tipo de luta dele. É presunçosa e coreografada, quase fácil demais.
Consegui tirar a espada dele, mas ele passou por mim e recuperou a dele com um movimento realmente muito bom, me pergunto aonde ele aprendeu isso.
Ele colocou a espada no meu pescoço e sorriu, comemorou cedo demais querido, cedo demais.
-Bom golpe- Eu disse e ele sorriu mais ainda.
Mal sabia ele que eu já tinha criado uma bola de água bem em cima da cabeça dele.
-Eu treinei com os melhores...- Caspian não conseguiu terminar a frase antes de eu derrubar a água, e logo depois chutar ele. Um golpe muito bom.
-Se for esse o treinamento, fico mais tranquila em relação a Pedro- Eu disse e Caspian olhou irritado para mim.
-Te odeio- Ele disse de volta e eu comecei a rir puxando ele pela mão -Posso te fazer uma pergunta?
-Claro- Eu disse secando ele com meus poderes -E se for sobre a Su, eu aprovo o relacionamento.
-Eu sei, a Susie já comentou- Ele falou e eu assobiei fazendo ele ficar vermelho e desconcertado -Eu não quis dizer isso! Não, é que, eu...por favor não conta para Pedro!
Comecei a rir, não acredito que ele está com medo do meu marido.
-Está tudo bem Caspian- Eu disse -Ela é mesmo muito legal, e vocês formam um casal bonito.
-De qualquer jeito ela está me ignorando desde que eu quase libertei a feiticeira- Ele disse e eu cruzei os braços -Acho que perdi qualquer chance com ela.
-Ela só está tentando não se machucar- Eu disse -Susana já passou por muita coisa, ela só está se protegendo de mais uma decepção.
Caspian ficou meio cabisbaixo e eu sorri, ele realmente parece gostar dela.
-Levanta a cabeça princeso, se não a coroa cai, e se cair eu pego para mim- Eu disse e ele riu -Vai dar tudo certo Caspian, espere e verá! É só você não desistir que vai dar tudo certo.
Hugo chegou pulando de cima de uma árvore e passando o braço pelos meus ombros.
-Nésaya- Hugo me chamou -Ma quetis Eldarin?
(Tradução: Irmã, ele fala elfico?)
-Não, só o nosso povo aprendeu lembra?- Eu perguntei de volta e Hugo assentiu -Algo novo?
-Þozyan tyen- Hugo disse me fazendo revirar os olhos -Ora nin!
(Estou preocupado com você, estou com um mal pressentimento)
Automaticamente fiquei preocupada e pedi licença para Caspian que saiu pensativo, segurei no pulso do meu irmão e indo para uma área um pouco mais afastada.
-Que merde foi esse Hugo Durand?!- Eu perguntei ansiosa.
-Eu tive uma visão, com o Pedro- Ele respondeu e eu senti meu chão desabar, não pode ser verdade, ele precisa estar mentindo.
-Vous ne pouvez pas me dire ça maintenant! Vous ne pouvez pas avoir de visions comme ça avec le père de mon fils!- Comecei a gritar com ele em francês e meu irmão me abraçou.
-Eu te mostro a visão se quiser, mas queria te contar- Ele disse -Prometi não esconder mais nada de você, e nunca mais irei, mesmo que sejam visões assim.
-Me mostre- Eu disse pegando a minha adaga e cortando a palma da minha mão, enquanto ele fazia o mesmo com a dele e logo depois precionava a mão dele na minha.
Nunca pensei que fosse pedir para ele me mostrar uma visão mas é preciso, eu posso não gostar do futuro mas sabendo dele posso impedir que ele aconteça, certo?
-Á aþya me- Hugo disse e eu fechei os olhos enquanto sentia meu espírito ser transportado para outro lugar.
Vi Pedro lutando em uma batalha, ele estava indo bem mas então uma flecha atinge ele, bem no pescoço. Eu tentei gritar, tentei correr mas a visão só ficava mais distante a cada coisa que eu fazia. Esse não pode ser o futuro! Eu não posso perder ele!
-Já chega- Eu disse e voltamos, encarei Hugo que me observava com pena -Visões não são exatas, não preocupe mais ninguém com isso, cumpra sua parte e o resto eu farei.
Hugo assentiu entendendo meu racionalismo momentâneo e saindo, enquanto eu fui até o rio lavar minha mão ensanguentada e encontrei Lúcia lá.
-Oi!- Ela exclamou fingindo um sorriso e franziu o cenho quando olhou para minha mão -Quem te machucou?
-Ninguém me machucou, pequena- Eu respondi sorrindo e sentando ao lado dela -Mas oque aconteceu? Você parece tristinha.
-Estou com medo de perder Pedro- Ela respondeu me abraçando e eu engoli seco -Não quero ter que voltar e saber que nunca mais vou ver ele.
-Não vamos perder Pedro, Lu- Eu disse beijando a cabeça dela -Tenha fé em mim e em Aslam, não vamos deixar Pedro morrer.
-Obrigada Anna- Ela disse ainda abraçada em mim enquanto eu fazia carinho no seu cabelo com a minha mão boa, espero que a outra não infeccione.
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