11: Duelo e presentes

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-O acampamento de Aslam é perto da mesa de pedra- O Castor disse para todos -Do outro lado do rio congelado.

-Rio?- Pedro perguntou.

-Sim, mas ele está congelado a cem anos!- A senhora Castor disse tentando nos tranquilizar.

-É imenso!- Pedro exclamou sobre o rio mas eu não pude deixar de fazer uma pequena piada.

-Igual ao nosso caso de amor reizinho- Eu brinquei sussurrando no ouvido dele e ele sorriu maroto.

-Igual ao nosso mundo- A senhora Castor disse fingindo não notar os nossos sussurros -Pensou que fosse pequeno?

-Menor- Susana respondeu e logo depois todos começamos a descer para chegar logo no rio. 

Andamos, andamos e andamos. Até para mim que gosto de andar aquela caminhada já estava ficando chata. Então resolvi fazer uma pequena travessura, peguei dois galhos do chão e dei um para cada irmão.

-Oque seria isso?- Susana perguntou franzindo o cenho.

-Já que vamos lutar precisamos de um treino- Eu respondi rindo e apontando o meu galho na direção dela -En avant! Levez votre épée!

Susana só deu risada enquanto Pedro continuou a golpear.

Logo me vi em um duelo bem impressionante, até que Pedro leva jeito, mas eu sou francesa! E descendente de mosqueteiros! 

-Você sabe que vai perder não sabe?- Eu perguntei para Pedro mas ele me surpreendeu com um golpe e eu acabei perdendo a espada.

-Ganhei- Ele disse e eu pensei em uma saída rápida, conseguindo aproveitar o momento de distração dele para derruba-lo e tirar a espada dele.

-Não, acho que não- Eu disse depois oferecendo a minha ajuda para ele levantar, mas o desgraçado ou puxou e logo depois ficou em cima de mim -Pedro não vale! Eu ganhei!

-Não, acho que não- O idiota disse e eu arqueei a sobrancelha conseguindo mudar as nossas posições e ficando em cima dele.

-Gosta mesmo de ficar em cima de mim não é?- Pedro perguntou baixo lembrando o dia em que viemos para cá.

-Porque querido? Gostou da posição?- Eu perguntei no mesmo tom de voz não me deixando intimidar pela pergunta maliciosa, mas me levantando logo depois e saindo rindo junto com o resto do grupo -Se é com isso que Nárnia conta então estamos foutus.

-Anna será que dá para parar de falar palavrão por pelo menos cinco minutos?- Susana me perguntou e eu sorri.

-É que é um traço de personalidade falar tanto palavrão- Eu respondi rindo e logo depois o Castor nos apressou de novo, fazendo Pedro colocar Lúcia nas costas.

-Se ele nos apressar mais uma vez, eu vou fazer dele um chapéu bem fofo- Pedro disse e todos demos risada, a risada de Pedro era tão boa de ouvir que acho que só me concentrei na voz dele.

Uma boa coisa de ser um elfo é essa! Eu posso escolher quais sons eu quero ou não ouvir tranquilamente, aqui é como se essas coisas fossem normais.

-Rápido! Se apressem e venham- O Castor gritou de novo.

-Ele já está ficando mandão- Lúcia disse e todos concordamos.

-Rápido é ela!- A senhora Castor disse e Lúcia desceu de trás de Pedro correndo junto dos outros.

Ela é a mais lenta, não é justo. Com essa linha de raciocínio eu peguei ela no colo e fui correndo junto com ela, oque com concentração foi até que fácil.

Conseguimos entrar em um buraco e eu fiquei encolhida perto de Pedro e Susana, eles me davam segurança e nessas horas toda segurança é bem-vinda.

-Parece que já foi- Lúcia sussurrou quando a sombra e o barulho saíram, mas não, ainda tem alguém lá.

(In)felizmente isso é um romanceOnde histórias criam vida. Descubra agora