35: A fuga

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Finalmente chegamos no dia do meu resgate! Não aguento mais não poder bater em ninguém e não aguento mais olhar para a cara de Pedro!

-Comida- Um soldado empurrou a bandeja e voltou ao seu posto.

Pedro se aproximou para pegar a bandeja e então eu reparei que dois cálices estavam lá, mas que merda! Eu treinei eles melhor que isso.

-Anna?- Pedro perguntou chamando minha atenção -Não vai vir comer?

-Vou!- Eu exclamei levemente ansiosa, e só agora eu notei que não contei o plano para Pedro mas deve ser melhor assim.

Verifiquei os dois cálices rapidamente e então reparei em um pequeno detalhe no da direita, o símbolo de copas. 

-Eu fico com esse, me parece mais limpo- Eu disse para Pedro pegando o copo da direita e fazendo ele me encarar desconfiado.

-Ok...- Ele disse e antes que pudesse acrescentar qualquer coisa brindei com o cálice no ar.

-Salute- Eu disse bebendo todo o conteúdo do cálice, o veneno age em quatro minutos, ou seja, eles tem quatro minutos para se infiltrar.

Já comecei a sentir meu equilíbrio sumir e minha visão adquirir pequenas manchas escuras.

-Eu não estou passando muito bem- Eu disse e realmente esse veneno tem efeitos horríveis, porque além dos efeitos anteriores minha cabeça começou a latejar, e nunca senti tanta vontade de vomitar em toda a minha vida.

-Anna!- Pedro exclamou e conseguia discernir de longe a voz dele pedindo ajuda.

Me prostei de joelhos enquanto sentia a droga me sufocar e então caí. Teoricamente falando eu morri.

Quer dizer, meu cérebro ainda está acordado e meu coração só vai continuar parado por algum tempo, então até lá é só um vaco escuro. Nada parecido com a última vez que eu morri, nada parecido mesmo! 

Só espero que o plano dê certo e que ninguém faça nada de errado.

Só espero que o plano dê certo e que ninguém faça nada de errado

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Pedro Pov 


Ela não pode morrer, não, não posso ver ela morrer de novo. Foi um erro ter feito todas aquelas burrices e eu não posso ver ela morrer sem nem ter pedido perdão de verdade. Aslam por favor não deixe ela morrer, por favor não tire ela de mim, não de novo.

-Merda!- Um dos guardas bradou depois de checar os batimentos cardíacos dela -Ela morreu.

Não, não, não, não.

-Vamos levar ela daqui- Ele disse e eles tiraram o corpo morto dela só restando um guarda dentro da sela.

Ela morreu, o grande amor da minha vida morreu.

O guarda me cutucou com o pé e tirou o capuz, se revelando o Erick? Ele traiu todos nós? 

-Vamos logo burguesinho, não temos muito tempo para escapar- Ele disse e eu franzi o cenho limpando as minhas lágrimas -Por todos os deuses, não me diga que a general não te contou o plano?

Fiquei ainda mais confuso e ele praguejou algo e saiu comigo da sela.

-A general não morreu, tudo vai dar certo e em cinco minutos é melhor você correr muito rápido- Ele disse e meus sentimentos se misturaram em êxtase pela Anna estar viva, e decepção por ela não ter me falado nada antes -Posso contar com você? 

-Lógico que sim- Eu respondi e ele sorriu maroto antes de entrar em uma passagem.

Erick me guiou até chegarmos em um corredor que parecia ser de uma mansão, quando topamos com vários soldados armados.

-E agora?- Eu perguntei uma pergunta que honestamente senti vergonha de fazer, quer dizer, eu sou um general de exércitos! Um grande rei, e mesmo assim me sinto perdido. 

-Agora,- Ele respondeu com um sorriso pegando o machado que estava pendurado nas suas costas -A diversão realmente começa.

Erick nem ao menos esperou um sinal de que eles fossem atacar e cortou a cabeça de um enquanto desviava de um golpe, deu um mortal para escapar de outro golpe e enfiou o machado do meio do crânio de um dos soldados, deu um soco no peito do outro enquanto tirava a espada dele com as mãos.

Erick terminou o último golpe usando a espada do inimigo inimigo depois pegando seu machado de volta da cabeça do outro.

-Essa é a melhor parte do meu trabalho- Ele disse me passando a espada enquanto sorria -E suponho que do seu também.

Realmente fico feliz que soldados assim estão do lado de Nárnia, por mais que eu tenha plena consciência de que qualquer um que serve no exército da Anna, serve somente a ela.

Fomos andando sem mais nenhuma interrupção muito grande até a saída aonde Cristy nos esperava lutando ao lado de Melian, e de uma Anna sorridente. Vi Anna lançar uma bola de fogo no último soldado e os três rirem um para o outro.

-Nunca vou me cansar de fazer isso- Ela disse ainda sorrindo e logo depois começando a dar ordens enquanto andávamos  -Cristy você vigie a retaguarda, conhece bem a floresta e o caminho de volta.

A ruiva assentiu começando voar enquanto corriamos pela floresta, Anna logo virou para Melian dizendo alguma coisa em elfico.

-Sim general- Ele disse sorrindo e subindo em uma das árvores em uma velocidade impressionante. 

-Já sei general, já sei- Erick disse e Anna riu, só então percebi que Erick estava tentando criar alguma espécie de portal a nossa frente.

-Já sei general, já sei- Erick disse e Anna riu, só então percebi que Erick estava tentando criar alguma espécie de portal a nossa frente

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Oiiiiii tudo bom meus espiões?

Espero que tenham gostado 💛❤

Um beijo 😙

Até o próximo 😉

(In)felizmente isso é um romanceOnde histórias criam vida. Descubra agora