Anna Durand é uma garota francesa que se mudou para a Inglaterra junto com o seu irmão e sua mãe por conta da guerra, e acabou virando vizinha dos quatro irmãos Pevensie.
Anna odiou Pedro de todo o seu coração assim que o viu. Mas vocês sabem oque d...
Ainda estava sem falar com Pedro, irritada demais pela breve discussão e decepcionada demais comigo mesma para pensar sobre a outra decepção que estava comigo.
-Eu tentei te explicar- Pedro começou e eu só levantei a mão.
-Não, não agora- Eu disse e Pedro não quis me ouvir.
-Eu não fiz aquilo de propósito, eu não queria ter feito aquilo- Pedro disse e pela primeira vez eu me aproximei.
-Cala a boca antes que eu cale te dando um soco- Eu ameacei com a minha melhor pose de general, tinha que voltar a me sentir forte, uma general que já torturou centenas de homens, uma general que já matou mais de cem milhões de exércitos.
-Não, eu estou guardando isso a dois anos Anna- Ele falou e eu segurei a pose, mesmo sendo uns bons dez centímetros mais baixa que ele ainda posso parecer amedontradora -Astra veio e encontrar, não o oposto.
-Não seja misógino e muito menos machista, esse papel de culpa a mulher não combina com você querido- Eu disse e ele me encarou chegando um pouco mais perto, acho que eu esqueci como respira.
-Não estou sendo machista, eu te amo, sempre te amei Anna e nunca faria algo assim- Ele disse e eu soltei uma gargalhada.
-Mas você fez, você disse que me amava e fez amor comigo mas não pensou duas vezes antes de me trair- Eu disse colocando uma mão no rosto dele -Duas opções amor, ou você nunca soube oque é amar, ou é só um misógino, egocêntrico e narcisista que precisa ter todas aos seus pés para se sentir bem consigo mesmo.
-Eu sei muito bem oque é amar, porque eu te amo- Ele disse -E eu só vivo para a sua audiência, a audiência de uma.
-Diga isso para a sua namorada- Eu disse depois olhando bem no fundo dos seus olhos e perguntando -Você usa os mesmos truques sabendo que vai funcionar? A mesma conversa de "Eu te amo hoje, amanhã e sempre"? Você sussurra no ouvido dela coisas que não deveriam ser tão maliciosas mas que na sua voz tem encanto? Porque eu posso até odiar ela, mas não gostaria de ver ela deitada no chão chorando até o amanhecer.
Pedro estremeceu de leve e eu percebi a distância em que estávamos, e pelo visto agora o jogo está nas minhas mãos. E eu tenho um full house!
-Eu...Eu não queria ter te magoado- Ele gaguejou um pouco para falar.
-Igual o seu pai fez com a sua mãe?- Eu perguntei e ele praguejou algo em um sussurro -Esqueci que fica bravinho quando eu menciono o seu papai, o garotinho do papai. Que peninha dele!
Saí de perto dele rezando a qualquer Deus que estivesse ouvindo para que mandasse alguma ajuda.
-Ainda não me deixou contar a minha versão do que aconteceu- Pedro disse implorando com o olhar e com a voz.
Mas um barulho de passos nos fez parar a nossa conversa/discussão tendenciosa.
-Não parem por mim- A voz disse, nunca pensei que ficaria tão feliz em ouvir a voz dessa vadia -Olá general Durand, querido Pedro.
-Astra- Pedro quase rosnou e meu sorriso sumiu, perai que merda?!
-Eu mesma- Ela respondeu e depois acenou para nós -Como vai a estadia ?
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Melian pov
-Como assim desapareceram?!- Susana exclamou brava e pelo seu tom levemente magoada por ninguém ter contado antes.
-Na verdade, achamos que foi um sequestro- Orios explicou e ela pressionou os polegares nas têmporas.
-Saíam, e pensem em um solução eficiente para isso nesse meio tempo- Susana disse e todos saíram menos eu -Você sabia?
-Terá que ser mais específica amor- Eu respondi tentando quebrar o gelo mas recebendo um olhar desolado em resposta -Não sabia sobre Astra ameaçar Pedro, não sabia sobre a fraqueza do povo da Anna, suspeitava da traição de Hugo e não, com toda certeza não sabia sobre a rebelião!
Eu cheguei mais perto de Susana segurando nas mãos dela e levando uma até o meu peito, para que ela sentisse as batidas aceleradas do meu coração.
-Viu, eu não to mentindo- Eu disse e ela me olhou confusa -Sentindo o meu coração, voce acha que eu estou mentindo?
-Não- Susana disse fechando os olhos por tempo o suficiente para eu conseguir admirar ela sem que ela veja, a sua boca rosada, suas sardas que parecem constelações, o jeito como sua pele extremamente pálida contrasta com o seu cabelo mais negro que o ébano a faz cada vez mais atraente.
Mas eu não posso me envolver desse jeito.
-Vai dar tudo certo amor, eu prometo- Eu disse beijando a mão dela quando na verdade queria beijar os seus lábios, e sentindo ela me abraçar quando oque eu queria mesmo é...quer saber? Esquece! -Vamos achar a Annis e o seu irmão, eu juro.
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