-Aslam!- Lúcia começou a gritar -Gente é o Aslam! Ele está ali!
Mas quando eu olhei não havia nada nos rochedos, que estranho.
-Ele estava bem ali- Ela disse fazendo uma feição confusa.
-Está vendo agora?- O maldito anão perguntou sarcástico e eu revirei os olhos, porque ele tem que ser tão ruim com a caçula?
-Eu não sou louca!- Ela exclamou levemente irritada -Aslam estava ali e ele queria que o seguissemos!
Pedro, eu e Susana trocamos um olhar preocupado. Realmente espero que a Lúcia pare de insistir no assunto.
-Olha, eu sei que existem vários leões nesse bosque como o urso da praia- Pedro disse tentando ser cuidadoso ao insinuar que Aslam não estava preocupado conosco.
-Olha, eu sei reconhecer Aslam quando vejo ele- Lúcia respondeu e eu olhei para os outros dois preocupada.
-Eu não to afim de pular de um penhasco atrás de alguém que não existe- O NCA disse e eu permaneci quieta.
-Na última vez que eu não ouvi a Lúcia acabei fazendo...- Edmundo pareceu notar a presença do anão e deu uma pausa no que iria falar -Muita burrice depois.
Ele tem um ponto!
-Porque eu não vi o Aslam?- Pedro perguntou para Lúcia. Uma pergunta lógica já que ele estava do lado dela.
-Talvez não estivesse olhando- Lúcia respondeu para Pedro.
-Foi mal Lu- Eu respondi ainda não acreditando que Aslam estivesse mesmo ali.
Não aparecer para os outros é uma coisa, mas eu sou uma elfa! Faço "parte" do povo dele! Ele deveria se preocupar em aparecer para mim primeiro.
Seguimos caminho e acabei ouvindo barulhos estranhos perto das árvores.
-Fiquem aqui em silêncio- Eu disse e Pedro me olhou preocupado -Vou ir ver oque é.
-Eu vou com você- Pedro disse e eu discordei com a cabeça.
-Eu sei me defender sozinha- Eu disse e ele revirou os olhos.
-Nunca vai aceitar ajuda querida?- Pedro perguntou e eu desembanhei a espada.
-Eu não sou sua querida e honestamente reizinho, já deveria estar acostumado- Eu respondi indo na frente e tomando cuidado onde eu pisava, por mais que meus passos sejam impossíveis de se ouvir todo cuidado é pouco.
Vi uma cena que nunca pensei que iria ver na minha vida! Elfos, fadas e feéricos sendo escravos. De humanos inferiores!Ces't absurd!
-Mon Dieu!- Eu exclamei e logo chamei os outros -Como um povo tão poderoso pode ser escravizado por seres tão inferiores?
NCA riu baixo me fazendo sentir vontade de o socar.
-Poderoso? Nunca vi eles demonstrarem sequer um pouco de poder, e isso incluí você- Ele disse e eu revirei os olhos sentindo uma vontade crescente de afogar ele.
-Talvez não tenha sido o melhor caminho a seguir- Susana disse mudando de assunto antes que eu falasse qualquer coisa para me defender.
E então tivemos que nos esconder rapidamente enquanto alguém passava a cavalo, e logo depois de dar uma última olhada eu saí dali. Não aguento mais ver o meu próprio povo assim, eu preciso ajudar eles.
Pedro veio logo atrás de mim segurando a minha mão e entrelaçando os nossos dedos.
-Estamos juntos, o seu povo é o meu- Pedro disse -E eu não vou deixar o nosso povo sofrer mais nas mãos dos Telmarinos, eu prometo meu amor, nós vamos salvar eles.
Sorri de leve para Pedro e abracei ele de lado.
-Obrigada- Eu disse e Edmundo tossiu falso nos chamando atenção -Cara, você é muito chato!
-É, eu sei e vocês são muito melosos- Ele disse e eu revirei os olhos empurrando ele de leve.
Pedro riu de nós e se virou para Lúcia.
-Lu aonde você tinha pensado ter visto Aslam mesmo?- Pedro perguntou tranquilamente, já que estávamos mais ou menos aonde Aslam "estava".
-Gostaria que tentassem parar de agir como adultos- Lúcia disse e eu cruzei os braços -Eu não achei que vi o Aslam, eu realmente vi ele!
-Eu sou adulto- O anão disse parecendo um pouco ofendido.
-Estava bem aqui- Lúcia disse indo até a beira do penhasco e gritando quando ele abriu uma passagem a fazendo cair.
-Lúcia!- Eu exclamei correndo a tempo de segurar a mão dela, ato nem tão necessário porque ali era uma passagem segura até o rio. E então seguimos pelo caminho estreito até o rio Veloz.
E assim que atravessamos o rio vimos que já era noite e achamos melhor montar acampamento na floresta que estava logo após a água.
-Descansem, eu vigio- Eu disse e o anão olhou para mim confuso.
-Eu posso ir no seu lugar, você é a rainha- Ele disse e eu revirei os olhos.
-Não. Eu sou a grande general, se eu disse que eu vou vigiar então eu vou vigiar- Eu disse com um pouco de raiva pela insinuação dele de mais cedo.
Saí de lá sentindo meu sangue ferver ao me lembrar daquele filhote de Pinscher tentando me dizer oque fazer, quem ele pensa que é?!
E essa nem foi a pior parte do meu dia, ainda teve a parte de ver oque restou do meu povo sendo escravizado por minha culpa!
Que dia maravilhoso! Viver é incrível! Viva la vie!
-Como vocês conseguem ficar em silêncio?- Eu perguntei para as árvores e encostei em uma delas -Meu povo protegeu vocês, porque não protegem eles?
Nada. A árvore não respondeu e parecia quase recuar ainda mais para dentro de si.
-Samilte maure alio- Eu implorei no meu idioma -Samin maure rehtio!
Implorei por ajuda e a árvore se mexeu um pouco parecendo reconhecer o idioma antigo.
-Á lasta ni- Eu ordenei que a árvore me ouvisse -Me mostre a verdade.
Podia sentir que a árvore estava dividida entre me ajudar ou não até que eu perdi a conexão, senti como se ela estivesse sendo cortada e então a perdi.
-Volta, por favor- Eu implorei mas a árvore não queria voltar -MERDE!
Árvore maldita! Terra maldita! Agora eu entendo o porque de todos aqui do meu povo quererem se revoltar contra essa terra, porque no final eles nunca vão nos defender, no final vamos sempre estar sozinhos.
Oiii gente bonita, como vocês estão?
Espero que tenham gostado 💛❤
Um beijo 😙
Até o próximo 😉
VOCÊ ESTÁ LENDO
(In)felizmente isso é um romance
Fiksi PenggemarAnna Durand é uma garota francesa que se mudou para a Inglaterra junto com o seu irmão e sua mãe por conta da guerra, e acabou virando vizinha dos quatro irmãos Pevensie. Anna odiou Pedro de todo o seu coração assim que o viu. Mas vocês sabem oque d...