Resumindo esse um ano: Meu irmão foi dado como morto, a minha mãe ficou dez vezes pior por conta disso e vinte vezes pior porque soube que eu estava casada com Pedro, passei a morar com meu marido (não mudou muita coisa já que continuamos na mesma rua), minha mãe morreu porque se involveu com um agente da KGB e eu descobri que ela escondia dinheiro e fingia ser pobre quando fui receber minha herança.
Ah, e agora eu estudo em San Filber! Oque é incrível porque essa escola é maravilhosa e é um internato, oque significa que eu não preciso arrumar uma casa inteira.
E o curso de artes que eu faço extra é muito bom, não melhor do que Paris poderia me oferecer mas ainda sim é muito bom!
E agora estamos voltando para casa por conta das férias, mas no momento estou vendo as notícias no jornal com a Su que insistiu em fazer isso antes de irmos.
-Garoto estranho chegando a nossa direita- Eu disse baixo para a Su antes que o menino pudesse ouvir.
Ele olhava diretamente para Susana que o ignorava e eu tive que conter meu riso.
-Estuda em San Filber?- Ele perguntou e Susana assentiu ainda tentando ler o jornal.
-Estudo- Ela respondeu e eu realmente tive que fazer um grande esforço para não rir.
-Eu estudo em Hamin House, do outro lado da estrada- Ele disse e graças ao silêncio que se instalou ele continuou -Eu já vi você.
Alguém realmente precisa ensinar esse garoto a ter uma conversa de gente normal, ou a entender quando uma garota não está afim de você.
-Sentada sozinha- Ele completou a afirmação e Susana não negou.
Bom, não deve ser surpresa para ninguém o anti-socialismo dela mas é insensível falar isso quando você nem conhece a pessoa direito.
-É que...é, eu prefiro ficar sozinha- Ela respondeu o comentário se virando e eu fingi nem notar a conversa.
-Eu também- Ele disse e eu não pude conter um riso que difarcei com uma tosse -Qual o seu nome?
Pude ver a irritação de Susana estampada no rosto dela.
-Philis- Ela respondeu sorrindo falso.
-Susana!- Lúcia gritou e eu realmente não pude conter o riso, mas meu sorriso desapareceu quando vi Lúcia com uma feição chateada -Anna! É melhor virem correndo.
Fiquei preocupada e segui a mais nova junto de Susana, até o metrô. E até mesmo antes de chegar na escadaria quando ouvi os gritos já sabia oque era, que merda!
-Não acredito nisso- Eu disse tentando passar pelas pessoas que estavam vendo Pedro e outros garotos brigaram.
Porque ele é tão inconsequente?! Essas brigas inúteis já estão ficando irritantes!
-Edmundo!- Lúcia exclamou tentando impedir o outro cabeça dura que foi tentar ajudar o irmão.
Pelo menos agora eles estavam em vantagem, não tanta já que agora os outros conseguiram jogar Pedro no chão e justo naquele momento oficiais chegaram e todos nós fomos subindo as escadas.
-Nem agradece- Edmundo disse para Pedro quando ele se sentou.
-Eu estava ganhando- Pedro disse e eu soltei uma pequena gargalhada sarcástica.
-Poderia não se meter em brigas para variar- Eu disse brava -Assim não iria precisar de ajuda.
Pedro praticamente me ignorou, mas se levantou para que eu sentasse. Oque eu não fiz porque meu orgulho é maior do que meu cansaço.
-Oque foi dessa vez?- Susana perguntou olhando para mim aflita.
-Um comentário sobre a Anna junto de um encontrão- Pedro disse e eu cruzei os braços, por mais que tenha sido fofo ainda não justifica outra briga.
-E você bateu nele?- Lúcia perguntou e Pedro negou.
-Não, depois do encontrão falaram para eu pedir desculpas- Pedro respondeu -Aí eu bati nele.
-Sério? É tão difícil se afastar?- Susana perguntou enquanto eu me mantive calada, entendo Pedro mas tenho que concordar com Susana.
-Não ia me desculpar!- Pedro exclamou -Não se cansa de ser tratada como criança?
-Se você não agisse como uma não teria tantos problemas- Eu disse e Edmundo se meteu antes que uma discussão começasse.
-Olha, nós somos crianças- O Ed disse -Vocês podem até ter casado mas até o ano que vem ainda são crianças.
O pior é que é verdade, até mesmo casada, pagando aluguel e sendo dona da minha própria vida as pessoas ainda me tratam como criança.
-Eu nem sempre fui- Pedro disse e olhei para ele de forma carinhosa -Já faz um ano, quanto tempo ele quer que a gente espere?
-O tempo daqui é relativo ao de Nárnia- Eu disse para Pedro -Um ano aqui pode ter sido pouco tempo lá, precisa ter sido.
-Está na hora de aceitarmos que vivemos aqui, não adianta fingir que é diferente- Susana disse me fazendo revirar os olhos -Ah não.
Olhei para aonde ela olhou e comecei a sorrir.
-Finjam que estão falando comigo- Susana disse quase desesperada.
-Mas estamos falando com você- Edmundo respondeu me fazendo sorrir mais.
-Aí!- Lúcia levantou -Alguém me beliscou!
-Ei, para de me empurrar- Pedro disse para Edmundo que levantou bravo.
-Eu nem encostei em você- Edmundo respondeu e eu franzi o cenho, que bom que estou em pé.
-Vocês querem parar?- Susana perguntou se levantando -Oque que foi isso?
-Magia- Eu respondi respirando fundo, aquilo era magia pura no ar, uma magia antiga e muito boa de se sentir. Era como estar viva de novo -Rápido dêem as mãos!
Segurei a mão de Pedro e de Susana enquanto via a estação de trem desaparecer e uma praia surgir, uma praia narniana com toda certeza!
Olhei para Lúcia sorrindo e a pequena entendeu a mensagem, assim como Susana que sorriu de volta e logo nós três começamos a correr juntas.
-Pena que vocês não são rápidos como eu!- Eu gritei para os meninos enquanto eles corriam para a água.
-Ae?- Pedro me perguntou jogando água em mim.
-Idiota!- Eu exclamei jogando água nele e o empurrando um pouco quando ele me puxou pela cintura.
-Seu idiota favorito- Ele disse e eu revirei os olhos ainda rindo -Eu te amo.
-Também te amo- Eu disse beijando ele, mas fomos interrompidos por Edmundo.
Voltei!!! Oi minha gente como estão?
Espero que tenham gostado e que gostem dessa nova temporada 💛❤
Um beijo 😙
Até o próximo 😉
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(In)felizmente isso é um romance
FanfictionAnna Durand é uma garota francesa que se mudou para a Inglaterra junto com o seu irmão e sua mãe por conta da guerra, e acabou virando vizinha dos quatro irmãos Pevensie. Anna odiou Pedro de todo o seu coração assim que o viu. Mas vocês sabem oque d...