☀️ 56 » Delegacia

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│🍓 DULCE

Há pouco mais de um mês atrás, eu comecei a me sentir muito mal. Enjoos constantes, tonturas, enxaquecas e quase perdi a hora do trabalho, devido ao sono intenso que eu estava tendo naqueles últimos dias. Quando caiu a ficha do que poderia ser a causa dos sintomas, fui logo fazer um exame de sangue.

Ucker ― Amor. (Escutei ele me chamando)

Antes de ir até a sala para encontrá-lo, limpei as lágrimas do rosto. Eu estava no quarto e havia acabado de ver o resultado do exame. Christopher tinha voltado da delegacia.

Dul ― Oi, amor! (Ele me ergueu pela cintura, me girou e finalizou com um beijo em minha boca)

U ― Saiu a minha carta de alforria! Os serviços comunitários acabaram e já vou poder voltar a dirigir! (Me deu a notícia em tom animado)

D ― Que ótimo! Depois de um ano trabalhando "de graça", a sua tortura chegou ao fim.

U ― Não foi tão torturante assim cumprir essa pena, pois foi ela que fez eu me aproximar mais de você. (Ele cheirou meu pescoço e beijou)

D ― Isso é verdade. Me ver quase todos os dias te facilitou muito a ser um chato persistente. (Nós rimos)

U ― A melhor coisa que fiz na vida foi ter invadido aquela concessionária. Te amo! (Me deu um beijo apaixonado)

D ― Eu também te amo!

U ― Não posso mais viver sem você, sabia? (Nos encaramos fixamente e pude ver seus sentimentos por mim refletidos em seus olhos)

D ― Também não quero viver sem você. (Acariciei a barba em seu maxilar) ― Ah, eu tenho uma coisa pra te dar. Tá lá no quarto.

U ― Hmm, o que você tem pra mim, hein, safadinha? (Ele me abraçou por trás enquanto caminhávamos em direção ao quarto)

D ― O safado é você pensando besteira! (Dei um tapinha no braço que ele passou em torno do meu pescoço)

U ― Ultimamente você tá bem mais que eu, amor. Mas gosto assim! (Sussurrou a última frase ao meu ouvido e nós rimos)

Peguei o exame de cima da cama e entreguei a Christopher. Meu coração estava a mil por hora. Mesmo sabendo que esse também era o desejo dele, não consegui controlar o meu nervosismo e ansiedade pra ver sua reação ao terminar de ler.

U ― Amor, isso aqui é...? (Franziu a testa)

D ― Eu queria ter feito uma surpresa, mas estava ansiosa pra te contar logo. Estou grávida. (Sorri e lágrimas se formaram)

U ― Nós vamos ter um bebê? (Seus olhos brilharam)

D ― Sim. (Respondi com voz chorosa)

U ― Oh, meu amor. (Ele jogou o papel em qualquer canto e me abraçou forte) ― Não acredito! Vamos ser pais! (Segurou meu rosto e me deu um selinho) ― Vou ter um filho com você! 

D ― Confesso que pensei que fosse demorar mais. 

U ― Não tinha como demorar, porque do tanto que a gente vem praticando. (Nós rimos e ele enxugou minhas lágrimas)

D ― Está feliz? (Minha voz falhou)

U ― Muito! Um pedacinho nosso tá crescendo dentro de você. (Ele pôs a mão em minha barriga) ― Como é possível eu já amá-lo, Dulce? 

D ― É uma sensação incrível, não é? 

U ― Sim. Eu espero ser um bom pai pra ele. (Sorriu levemente e se abaixou pra beijar a minha barriga)

Paixão Tropical│VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora