☀️ 45 » Romântico

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CHRI$TOPHER

Dul ― "Não devia se meter em assuntos que não lhe dizem respeito. Isso foi só um aviso. Tome cuidado! Na próxima você pode acabar se machucando." (Dulce lê em voz alta o bilhete que recebi no dia em que fui atropelado)

Ucker ― Viu como não podia ser do Otávio?

Ela larga o papel em cima da mesa.

D ― Definitivamente ele não escreveria algo assim. E o linguajar do Tavinho é mais direto. Acho que ele diria: "Na próxima tu morre!"

Ela ri e me contagia. Puxo Dulce para se sentar em meu colo. Cheiro seu pescoço ao mesmo tempo em que aperto sua cintura e coxas.

D ― Que bom que te fiz rir um pouquinho. (Suas mãos deslizam por meus cabelos e rosto) ― Está com uma cara séria desde que cheguei.

U ― Vai ser difícil eu me animar depois de tudo o que descobri. Íris me ameaçou porque tá com medo e deve saber muito bem onde meu irmão está.

D ― Talvez ele esteja mais perto do que você pensa. (Diz esperançosa e dedilha meu queixo)

U ― Pode ser que eu até o conheça ou já nos esbarramos por aí.

D ― Olha, eu acho que esse é um péssimo momento pra você se livrar dos guarda-costas.

U ― A megera não vai me atingir porque agora o meu pai já sabe também. Ela terá que matar todos nós e duvido que vá se arriscar.

D ― Falando nisso, como sabiam o momento certo pra te dar o recado? Você só ficou sozinho por um minuto.

U ― Tenho um palpite: acho que o tipo de ameaça era pra ser outro. Talvez um tiro bem próximo a mim. O cara me viu sozinho e aproveitou pra me atropelar.

D ― Oh, meu Deus! A sua madrasta realmente faz jus ao 'má'.

U ― Vai ser praticamente impossível provar que ela é uma criminosa. É a palavra dela contra a minha. (Fico com olhar vago)

D ― E pra piorar, você exagerou na bebida, o que não ajuda muito na sua credibilidade.

U ― E outra coisa estranha é o parceiro de um traficante ter feito o mesmo tipo de serviço pra mocreia.

D ― Estranho também é o meu pai ter chamado por ela antes de entrar em coma.

U ― Creio que ele vai esclarecer essa questão em breve. Tá mais fácil ele acordar do que encontrarmos o meu irmão.

D ― Oh, não fale assim. (Ela me dá um selinho) ― Seu pai vai mandar investigar. Vocês vão ficar cada vez mais perto de encontrá-lo. E essa cachorra vai pagar pelo que fez.

Dulce apoia a cabeça em meu ombro e permanecemos em silêncio por algum tempo, trocando carícias.

U ― Ah, já ia me esquecendo. Tenho um presente pra te dar.

D ― Presente, é? (Pergunta com malícia e puxa o cós da minha bermuda pra espiar ali dentro)

U ― Não é isso não, safadinha! (Nós rimos. Bato em sua perna, fazendo sinal para que se levante)

D ― Então o que é? (Me olha curiosa)

U ― Vou buscar.

Caminho em direção ao quarto e após pegar uma caixa retangular de cima da cômoda, retorno pra sala.

U ― Você pode usar no nosso jantar de amanhã. (Ofereço-lhe a caixa) ― Juro que não custou muito. Não é nada extravagante.

D ― Christopher, não precisava ter me comprado nada. (Fica acanhada)

Paixão Tropical│VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora