Paixão Tropical│Vondy

☀️ 48 » Superação

│CHRI$TOPHER│

Agora tudo se encaixa. Meu pai não tinha medo que soubessem o QUE ele fez, mas sim com QUEM. Nos enganou direitinho com aquele papo de não querer ser preso, de ter seu sobrenome na lama ou que Íris tomasse conta de seu patrimônio. Até porque ela também ia se foder se resolvesse entregá-lo, pois seria acusada de acobertar um crime.

Victor — Eu só gostaria de me despedir da minha família. (Pede aos policiais e eles autorizam)

Ele fica de frente pra minha mãe, chama seu nome e ela ergue a cabeça para encará-lo.

V — Eu não espero que você me perdoe neste momento, mas espero que um dia o faça. (Ele expressa uma profunda tristeza) - É uma situação muito difícil, eu sei. Quase impossível de superar.

Será que minha mãe teria o perdoado se soubesse da verdade anos atrás? Acho provável que eu e Emanuel nem tivéssemos nascido. Que loucura!

V — Parece que o destino não nos quer juntos, meu amor. Sempre acontece algo que nos afasta. Talvez eu esteja pagando pelos meus erros do passado.

Ai, porra. Não quero chorar com toda essa gente aqui olhando. Tô muito emocionado. Que lindo amor das antigas! Dona Alê não responde. Seu rosto está cheio de lágrimas e inexpressivo.

V — Christopher, eu me orgulho de você porque bem lá no fundo tem o mesmo bom coração de sua mãe. (Ele olha pra mim) - Renan, lamento por não ter sido o pai que você merecia. (Encara o mascote) — Mas eu o amo tanto quanto amo o seu irmão.

Nossa! Tá parecendo uma despedida. Ele vai pro xilindró e não pra outro planeta.

Renan — Eu te amo, pai. (Levanta para lhe dar um abraço) — Tudo o que eu mais queria era ouvir você dizendo que me ama também.

V — Perdão por ter falhado com você. E com você também, Chris.

Dulce aponta com a cabeça na direção deles e entendo o que ela quer dizer. Também dou um abraço no meu coroa.

U — Te amo, pai. E pode ter certeza que é muito melhor olhar as paredes descascadas de uma sela do que pra cara da buldogue.

A boca dele se curva em um sorriso e Renan me olha com reprovação.

V — Alê, eu não vou desistir de encontrar o nosso filho. É uma promessa.

E mais uma vez ela nada responde, só funga o nariz.

V — E quanto a você, Íris, meu advogado irá te procurar. Entrarei com o pedido de divórcio. (Aleluia!)

Íris — Está se esquecendo do nosso contrato de casamento, querido? Se fizer isso, eu fico com tudo o que é seu. (Debocha)

V — Você já me tirou tudo desde que se meteu no meu casamento e na minha vida. Eu te odeio!

Ele me dá um beijo no rosto e no de Renan. Depois disso, dá um abraço na minha avó e outro em minha tia Laura. Por fim, olha uma última vez pra minha mãe antes de seguir os policiais até a saída. Eles nem fazem questão de algemá-lo. Estou com pena do meu pai e engulo o choro.

U — Vamos embora também. (Olho pra Dulce)

Íris - Isso! Sumam daqui você e a desclassificada da sua mamãezinha.

U — Aproveite enquanto pode. Principalmente a sua liberdade. (Aviso)

Í — Vou aproveitar os milhões do seu pai. (Alfineta. A máscara dela já caiu mesmo)

U — Só os idiotas não perceberam que você tinha se casado com ele por dinheiro. E claro, pra tirá-lo da minha mãe.

Í — Eu amei Victor. Amei muito e ele sempre me desprezou. Então eu quis me vingar. (Diz, friamente)