28 - Mocinha? (outro diminutivo uiui)

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Vi algo sobre isso e imaginei claramente a Lauren brava sobre o assunto.

Vocês vão concordar.

.

Pov Lauren

.

As coisas em casa estavam um pouquinho estranhas depois da conversa que tive com mamãe sobre ir almoçar com a família de Camila amanhã, mas paciência.

Minha mãe tinha resolvido ocupar todo mundo com preparativos de Natal, provavelmente querendo impedir a todos (eu) de pensar racionalmente.

Eu só consegui folga no fim do dia, quando Cake acordou de uma soneca, e apenas porque eu precisava de tempo extra em me arrumar porque fazia por mim e por ela.

- Então você sente cosquinhas aqui? - perguntei a ela, cutucando sua cintura e a vendo rir.

Ela ainda estava só de calcinha, mas tínhamos parado tudo quando resolveu me contar pela milésima vez no ano que Camila sabia fazer cócegas na barriga.

Desde então eu errava propositadamente o lugar indo para outros que sabia que ela também sentia cócegas.

Cake gritou e riu.

- Sim!

Era engraçado que ao invés de fugir das cócegas ela gostava disso.

- E aqui, você sente? - fiz nas axilas que sendo doidinha como era, em vez de se encolher ela esticou os braços, deixando a disposição enquanto gargalhava.

Não ouvi a batida na porta.

- Lauren, ainda estão assim? - ouvi a voz de mamãe, que enfiou a cabeça para dentro do quarto - todo mundo já chegou!

- Vovó! Eu sinto coceguinhas na barriga!

Eu vi o exato segundo que minha mãe derreteu. Foi um milésimo de segundo antes de sorrir abobada e se abaixar.

- É mesmo? - perguntou e Cake gritou afirmativamente - e você sabia que sua mãe também sente?

Engoli em seco sabendo o que vinha.

- Jura!?

- Sim, olha só - Mamãe se aproximou tão rápido que nem pude me defender.

Em dois segundos eu estava me contorcendo de forma humilhante nos dedos das duas até que mamãe se cansou.

Ela ria de uma forma tão leve que era raro de ver. Mamãe era uma mulher muito rígida, mas tendo uma filha eu até que compreendia.

- Tudo bem, termine de arrumar essa mocinha e já mande para a gente - ela disse.

Algo me incomodou, mas não soube dizer bem o que.

- Está bem - concordei ao não encontrar o motivo do meu incômodo.

Mamãe beijou o rosto de Cake e saiu.

- Então, qual roupa você quer, essa ou essa? - ofereci dois vestidos mais natalinos para a ocasião.

Não seria um problema porque ela amava a cor vermelha.

- Esse! - indicou.

Não era o que eu escolheria, mas acolhi sua decisão e a vesti e calcei antes de arrumar os cabelos.

- Tudo bem, agora eu quero que você procure a vovó, ou o vovô ou os seus tios, ok? Não pare e fale com ninguém antes disso e se insistirem você grita bem alto. O vovô e a vovó vão te mostrar um monte de gente estranha. Você não precisa deixar ninguém que te ver te abraçar e beijar se não quiser, mas seja educada e diga oi, certo? - falei lentamente e prendendo a atenção dela de uma forma que eu sabia que me ouviria.

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