56 - Não lamber a geladeira

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Vamos de gritaria. Esse aqui aconteceu depois do anúncio da Lauren que ia para a Suíça, no capítulo 55 da versão da Lauren.

Comentem para mim.

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Pov Lauren

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Bocejei. O dia anterior foi cansativo. Eu não queria, na verdade, levantar da cama. A reação dos meus pais sobre a Suíça foi previsível, mas triste e eu permaneci boa parte da noite acordada, pensando nas reações raivosas e sentidas.

Eu sentia que não queriam que eu crescesse, mas era sempre assim. E eu tinha que passar por tudo isso.

O que me despertou, na verdade, foi o chamar urgente de "Mama! Mama! Mama! Mama! Mama! Mama! Mama! Mama! Mama! Mama! Mama! Mama! Mama! Mama! Mama! Mama! Mama! Mama!..."

Acho que dá para entender que minha pequena tagarela já estava disparando palavras a mil por hora. Ela tinha acordado e queria atenção.

Olhei para ela, que sorriu mostrando suas covinhas lindas e me fez sorrir.

- Meu pequeno gênio de um ano está acordado, hm? - a puxei para mim e beijei a pontinha de seu nariz.

Cake riu e continuou a tagarelar, embora fosse muito cedo para que eu entendesse o que queria.

- Eu te amo - anunciei - e agora está na hora de levantar.

Ela continuou tagarelando enquanto eu levantava e a aprontava para o dia. Nenhuma produção especial, já que estávamos na casa dos meus pais.

Havia uma bagunça vergonhosa no quarto, mas, ei, quando você tem uma criança pequena, é difícil ter tempo para arrumar qualquer coisa, sobretudo malas. Por isso eu apenas revirei as roupas jogando sobre o colchão o que era de Cake.

- Não sei por que trouxe isso - resmunguei puxando um body rosa que nem servia mais no meu bolinho - olha isso, que pequeno!

- Meu! - ouvi a pequenininha exclamar.

A olhei.

- Eu sei, mas é pequeno. Não serve mais, então... uh, que tal esse?

Mostrei um conjuntinho vermelho confortável.

- Não!

Fez bico de choro.

- Não chora! Não chora! - pedi - acho que a gente pode encontrar algo melhor, não?

- Não! - ela gritou e começou a chorar.

Lembrei por que tinha levado a roupa. Era um conforto para a maluquinha.

Suspirei.

- Ok, ok... - murmurei - vamos vestir essa coisa.

E ela abriu aquele sorriso que fazia tudo valer a pena, até deixar minha filha com trapos tendo outras roupas mais bonitas e confortáveis para que se arrastasse por aí.

Evitou uma crise de choro desnecessária para mim, então qual o problema?

A vesti com a roupa que até que servia, só não fechava na parte de baixo, então deixei aberta mesmo com a fralda a vista.

Não coloquei meias porque era desnecessário. Era verão, o calor nos daria um banho. E Cake não andava, então precisava de seus pezinhos livres para pisar direitinho quando tentasse.

Ela estava pronta no belíssimo look "estou com preguiça e não sou obrigada a vestir a criança pra um desfile quando vai se arrastar pela casa toda". Ou então "minha filha manda em mim e tem sua própria noção de moda", que era o favorito de avós e estranhos intrometidos.

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