LIVRO 5 - EXTRA TRILOGIA - Recortes - Histórias Aleatórias Da Trilogia

06 - Zero arrependimento

Isso foi logo depois do reencontro das duas, só para o caso de ficar confuso.

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pov Lauren

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Fiquei admirando minha filha pelo que pareceu um longo tempo, mas da mesma forma que eu a observava, minha mente voava para outros campos.

Eu havia reencontrado Camila.

Depois de três anos, ela apareceu ali, na minha frente e teve minha filha nas mãos.

Olhando bem, eu sempre achei que as duas fossem parecidas demais, mas meus olhos não tinham visto isso com tanta precisão quanto naquele momento.

Dessa vez eu estava achando até seus cabelos iguais, ainda que os de Cake fossem bem mais claros.

Ali, no silêncio e isolamento de minha casa, podia pensar melhor no que era tudo aquilo.

Eu não esperava que Camila tivesse mudado, mas eu queria que sim.

Meu telefone vibrar e deixei o quarto de Cake para não a acordar. Era Dinah em uma mensagem de áudio.

- Ei, bunny! Estamos te convidando para jantar. Traga a pestinha, estou morrendo de saudades.

Suspirei.

Eu meio que já esperava por isso. Desde que chegamos, e principalmente desde que Camila voltou, Dinah vem apresentado jantares e mais jantares.

Concordei. Era melhor enfrentar tudo de uma vez.

Arrumei as coisas que precisaria levar para meu bolinho e separei sua roupa para a saída.

Pouco tempo depois a pestinha acordou, já me buscando.

- Mama, e Camila? - ela perguntou enquanto a vestia.

- Você gosta dela? - perguntei enquanto trançava seu cabelo.

Falávamos uma mistura de francês e espanhol que apenas nós entendíamos.

- Uhum - Cake disse - ela é bonita.

- Isso é verdade - concordei - bonita como você.

- E dá chocolate - ela assentiu como se dissesse algo muito importante - eu gosto.

Isso me fez rir. Eu teria dito a Camila para não lhe dar doces, mas não queria interferir na relação das duas. E depois, pensando em como o chocolate quente da Cookies era feita com cacau, achei que não tinha tanto problema.

Meu estômago deu uma volta olímpica me lembrando que amoleci naquele dia e derreti mais do que algodão-doce em contato com água.

- Acho que ela também gostou de você - disse a Cake, que abriu um largo sorriso todo covinhas.

Ela era perfeita.

- Vamos ver Camila de novo, mama? - perguntou.

- Agora não - disse a ela - agora vamos ver tia Dinah e tia Mani. E você está pronta e linda.

Saímos pouco tempo depois. Meu bolinho doce insistiu em levar uma das flores de nosso quintal e escolheu duas, uma para cada uma.

No caminho, Cake tagarelava algo sobre uma história que inventou de Camila na qual ela era uma rainha de um castelo de chocolate e fazia o Sol chover biscoito e as nuvens serem de sorvete.

Era muito criativa.

Deixei que batesse na porta e Dinah a agarrou de imediato quando a abriu, fazendo a pestinha gritar.

Ri da empolgação das duas. Nenhuma delas entendia o que a outra falava, mas isso não era um problema. Gesticulavam e tentavam fazer mímicas para mostrar o que diziam e isso só tornava a coisa mais divertida de observar.