61 - Primeiros Erros

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Oi gente. Muito obrigada a quem comentou o recorte passado. Isso foi mesmo muito importante.

Curiosamente eu preciso dizer que eu realmente gostei que ficaram perdidinhos e confusos com a mente do Baby Bear. Acho que é como todo mundo na fic também fica, mas como podem ver, a Cake (ain não quero irmão, não gosto, devolva) é a que melhor entende e sabe lidar com o Bear.

E nem é sacrifício. Acho que ali a gente entende que o Bear não ama tanto ela assim a toa.

A mente do Bear é uma bagunça que só faz sentido para ele e talvez para Cake de vez em quando.

Ele é muito mais sensorial. Todas as coisas que acontecem na mente dele tem ligação aos sentidos. Esse é o princípio de seu funcionamento.

Ele canta a música porque a voz da Camila soa agradável. Ele fecha os olhos quando se sente seguro em caminhar no quintal, ele percebe que "ganhou o ar", os pezinhos o pararam e o levaram aos lugares, os barulhos que invadiam e que não pertenciam a ele ou que pertenciam a ele, a imagem do sorriso dizem mais que o ato de sorrir, a sonoridade de "Kaki e Keki" o agrada até demais, a repetição da fala de Camila também..... enfim.

Acho que isso ajuda a ser confuso. A gente se prende muito em reflexões e linha de pensamento contínua que converse uma com a outra ao mesmo tempo que narra e a mente dele não funciona assim.

Ele nem se preocupa em narrar e seus pensamentos são básicos e diretos quando não se trata da coisa favorita dele.

Enfim. Muito o que falar sobre o Bear se forem pensar sobre isso. Mas fico feliz por como se sentiram.

Esse é o nosso Baby Bear.

Nos vemos lá embaixo.

E sim, pensei na música Primeiros Erros do nada.

.

Camila

.

Uma mão apertava meu braço. Era um calor conhecido, mas não o que estava acostumada.

- Camila - ela me chamou tantas vezes que foi impossível fingir.

- Eu não quero - sussurrei contra a voz.

- Camila, você precisa. Não pode ficar assim o dia todo ou dias e mais dias. Você não está mais sangrando, consegue retomar a sua vida. É o que queria!

- Eu não quero!

- Camila...

- Eu não quero!

- Camila...

- Eu não quero! - dessa vez as lágrimas escorreram como o maldito sangue que perdi por dias depois de... - eu quero que ela volte...

Doía tanto... a dor ia me matar e ela não voltaria.

Eu não queria que voltasse.

Eu queria que voltasse.

- Abra os olhos - dessa vez era Ally, não minha mãe, e eu abri meus olhos porque minha amiga entendia sobre o que eu estava falando melhor que mamãe - ela ainda pode estar na cidade. Podemos chamar ou ir até lá e desfazer toda essa loucura.

- Não! - eu gritei, o pânico me tomando - o bebê... eu não posso chegar perto de... aquilo... isso... não dá, não podemos.

Me sufoquei.

- Eu tenho certeza de que consegue passar por isso, seja como for - Ally suspirou - e você precisa continuar vivendo, Camila. Esse não era o plano? Não foi por isso que tudo aconteceu? Acha que ela gostaria de saber que você está na cama até hoje chorando?

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