| Antonella |

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Olhei para o carro de Caio se afastando sem entender o que acabara de acontecer. Ele queria algo mais? Comigo? Ou isso era fruto da minha imaginação e ele estava apenas brincando?

Tê-lo me chupando e fazendo gozar havia sido a melhor experiência de toda a minha vida. Não negaria isso por nada, mas ter algo mais? Com ele?

Caio era um homem deslumbrante e poderia ter quem quisesse. Eu? Eu era normal e com problemas para vidas futuras.

Voltei minha atenção para onde estava. Caminhei para a entrada do bloco e atravessei o corredor pequeno para até a minha porta.

Quando decidi alugar, procurei por algo no térreo. Queria evitar as escadas porque já subia muitas no trabalho. Meu apartamento havia sido um achado e tanto. Estava localizado no térreo, como eu queria, logo após a entrada principal do bloco.

Era pequeno e aconchegante. Haviam dois quartos, sala e cozinha integradas, um banheiro social e acesso para uma área externa privativa através das portas de vidro da sala. Não era nada parecido como a casa em que cresci, mas era meu refúgio.

Deixei minha bolsa em cima do sofá e caminhei até a cozinha. Antes que desse um gole na água, meu celular tocou. Pegando-o, vi que era uma chamada de vídeo entre Beth, Carina e eu. O interrogatório começaria agora.

- O que aconteceu? - ambas as mulheres falaram ao mesmo tempo.

- Antes que vocês comecem com as perguntas, eu vou contar o que houve - falei. Contei tudo o que havia acontecido no escritório, no hospital e de como fui parar no apartamento de Caio.

- Aí meu Deus! Eu sabia! - exclamou Carina - Vocês ficam lindos juntos. Você tinha que ver como ele se ofereceu antes que qualquer outra pessoa para ir com você na ambulância.

- An? Como assim? - perguntei - Ele disse que não havia ninguém e por isso que ele foi.

- Não, não. Ele disse que ia e nem se quer olhou para trás - respondeu convicta.

- Senhor, amado! - Beth exclamou - Esse homem te quer, amiga! Eu já havia notado isso também. Todas as vezes em que você foi para alguma comemoração da empresa, ele fervia de raiva quando os homens te olhavam com desejo.

- Ninguém me olha com desejo - respondi. De onde elas tiram essas coisas? - Não tem nada em mim que chame atenção.

- Meu Deus, alguém já te falou que você é cabeça dura? - Carina perguntou - Você é uma mulher linda, Antonella! Quase todos os homens daquela empresa te olham com desejo.

- Sem falar quando você usa seus vestidinhos ou qualquer outra roupa mais justa - completou Beth com um sorriso conhecedor.

- Não, não quero chamar atenção de ninguém - falei sentindo um leve pânico começar a se instalar.

- Nada disso - Beth falou - Você é uma mulher linda, amiga. Não precisa de muito esforço para se vestir com elegância. Você é natural. E o melhor, é inteligente de verdade. Vocês lembram das piranhas na última confraternização? - perguntou - Quase que me atracava com uma delas por dar em cima do meu marido.

- hahahahah lembro - Carina falou rindo. A empresa organizava algumas confraternizações quando fechavam contratos importantes e era inevitável ter penetras entre os convidados ou pior, convidados convidando além de apenas um acompanhante.

Continuamos a conversar por alguns minutos e encerrei a ligação quando Beth me fez prometer encontrá-las para almoçar. Iria dar uma geral no apartamento, na medida do possível considerando meu braço engessado, e encontraria Carina e Bia no playground para irmos almoçar com a Beth.

[Série: Rendidos 01] SubestimadaOnde histórias criam vida. Descubra agora