| Caio |

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- Amigo?! - falei quando estacionei na vaga que ela indicou e me virava pra ela. Antonella estava ficando vermelha.

- O que mais eu poderia responder? Amigo do meu chefe? - perguntou com um leve sorriso.

- Querida, eu estava com minha boca e meus dedos em você na noite passada - falei - Sou mais do que um amigo.

- E o que você é? - perguntou. Seus olhos estavam brilhando e sua bochechas estavam coradas.

Antes que eu pudesse responder, uma garotinha bateu na janela ao seu lado. Cabelos castanhos claros, olhos verdes e rosto com feições delicadas, a cara da Carina.

Antonella abriu a porta abraçando a garotinha quando saiu do carro. Desci e dei a volta para o lado delas.

- Tia nela, eu estava com muita saudade - a garotinha falou abraçando Antonella pelo pescoço e se escondendo ali.

- Ounw meu amor, tia também estava com muitas saudades suas - respondeu.

- O que foi isso no seu blaço? - perguntou. Antonella havia apoiado a garotinha entre seu braço esquerdo e sue quadril.

- Tia levou um baita tombo e o médico disse que eu precisava usar esse gesso por alguns dias. Que tal a gente deixar ele mais bonito com algumas canetas coloridas? - perguntou. Os olhos da garotinha brilhavam diante da oportunidade.

Havia um playground dentro do condomínio e dava pra ver e ouvir as crianças brincando em escorregos, gangorras e balanços.

- Bia, esse é um amigo de tia nela, Caio - ela me apresentou a garotinha e a colocou no chão. 

- Olá, pode me chamar de tio Caio se quiser - falei me ajoelhando ao chão para ficar na altura dela e ofereci uma mão. De onde eu tinha tirado isso?

A garotinha estava agarrando a perna de Antonella. Ela me olhava entre os fios longos de sua franja. Soltando a perna de Antonella, Bia deu dois passos a frente e me abraçou pelo pescoço. Com certeza não esperava essa reação.

- Oh, obrigado por isso - falei retribuindo o abraço na pequena.

- Você é meu tio como tia nela? - perguntou. Voltei a ficar em pé com ela em meus braços.

- Sim, sou - respondi olhando para Antonella que nos fitava sorrindo.

- Cadê sua mamãe, princesa? - perguntou Antonella se aproximando e penteando os cabelos de Bia para o lado.

- Ela entlou pala falar com a vovó. Cintia está me olhando blinca no balanço - respondeu. Antonella olhou para trás e acenou para uma jovem que devia ter uns 16 anos acenando de volta.

- Vai brincar mais um pouquinho no balanço? - perguntou.

- Sim! - Bia gritou balançando os pés para descer. A coloquei no chão e ela saiu correndo para a jovem do outro lado do estacionamento.

- Essa menina é uma graça - falou e se voltou para mim.

Estávamos a centímetros de distância um do outro. Segurei seu rosto entre as minhas mãos e me curvei para beija-la levemente nos lábios. Era impossível ficar sem tocá-la.

- Eu preciso ir. Stefano está insano com algo que preciso ver - falei e voltei a pressionar meus lábios nos dela.

- Ok - respondeu.

- Mas precisamos conversar sobre sermos "amigos" - falei me afastando. Seus olhos brilhavam brincalhões com o sorriso que ela me deu.

- Quando seria isso? - perguntou.

[Série: Rendidos 01] SubestimadaOnde histórias criam vida. Descubra agora