| Caio |

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Antonella estava puro pecado e incrivelmente sexy. Meu pau ficou duro assim que ela abriu a porta do apartamento. O desconforto entre as minhas pernas só aumentou quando a vi rebolando em direção ao carro e rosnei quando percebi uma fina marca de uma pequena calcinha. Era possível ficar mais duro do que eu já estava?

Isso me levou a lembrar da calcinha que ela usava mais cedo, e respirações controladas não estavam me ajudando nesse momento. Mal consegui desviar meus olhos de suas pernas expostas dentro do carro até chegar ao restaurante. Sentir seu cheiro acalmou algo em mim quando ela enfiou o pulso no meu nariz e fui preenchido por ele. 

O Le'Claire era nosso cliente e eu mesmo chefiei a obra quando ele decidiu reformar o antigo galpão abandonado que ficava nesse exato local. Escolher a parte mais alta da cidade para abrir um restaurante tinha sido uma jogada de mestre. Eros ganhou com a exclusividade e visibilidade da nata da sociedade. 

Saber que ele e Antonella se conheciam da empresa, me pegou de surpresa e com toda a certeza eu iria cobrar bem mais caro pelas próximas obras se ele não parasse de olhar para seu corpo e saísse logo daqui. 

Cada homem no ambiente havia a acompanhado com o olhar quando passamos pelo salão em direção a mesa mais reservada e com a bela vista da cidade. A possessividade corria em minhas veias como meu próprio sangue.

Minha!

Alguns deles desviavam o olhar quando eu os encarava de volta, os demais pareciam querem entrar na briga. Podem vir, ela é minha! Apertei um pouco mais sua cintura e grudei nela até a mesa.

Respirei fundo quando nos sentamos finalmente a sós e olhei em seus olhos brilhantes quando agradeceu. Sua pele estava levemente cor de rosa e não saberia dizer se era natural ou da leve maquiagem que usava. Seu sorriso poderia iluminar a porra da cidade se houvesse um blackout, e ele era meu. Ela estava me dando esse sorriso. 

Porra.

- Fico feliz que tenha gostado - respondi beijando a palma de sua mão e a trouxe para meu rosto. Vi quando suas pupilas dilataram e sua respiração aumentava. Bom.

- Gostar é pouco, Caio - respondeu sorrindo. Fodam-se os outros, essa mulher é minha - Beth tenta uma reserva para a noite das garotas aqui há meses e nunca consegue. 

- Por causa do Igor - respondi. Meu amigo que me perdoe e se vire com suas bolas - Ele não vai deixá-la vir aqui sozinha. Viu o tanto de homens que te devoraram com o olhar? 

- Não acredito nisso - respondeu revirando os olhos. 

Eros se aproximava com o maître e tentei me controlar para não puxar Antonella mais perto de mim. 

- Serei o garçom de vocês hoje à noite - falou sorrindo cordialmente e nos entregando o menu da noite. Observei Antonella passar o dedo entre as folhas e logo fechando o pequeno livro se virando pra Eros. 

- Tem o vencedor? - perguntou e seus olhos brilhavam em expectativas. 

- Sim, temos o vencedor esta noite - respondeu e se virou pra mim que não havia se quer me movido.

- O mesmo - respondi e entreguei o menu ao maître. Eros pediu licença e logo saiu - O que é o vencedor?

- O prato vencedor do concurso - Antonella respondeu se virando na mesa em minha direção com os olhos brilhando. Porra - Basicamente risoto de camarão grelhado com pimenta jalapeño e molho siciliano. É servido com mimosa. 

- Gosta de cozinhar? - perguntei observando seu entusiasmo. 

- Amo de paixão - respondeu - Eu lembro de fazer biscoitos com minha mãe, e empanar cebolas para o meu pai fritar. Já perdi a conta de quantas vezes usei a Bia como cobaia.

[Série: Rendidos 01] SubestimadaOnde histórias criam vida. Descubra agora