| Caio |

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Quatro semanas haviam se passado e dava pra sentir que Antonella estava ficando cada vez mais inquieta com a aproximação do julgamento. Os pesadelos estavam mais frequentes, assim como a falta de apetite. O desejo pelas comidas estranhas haviam parado e eu não sabia o que fazer para tentar ajuda-la. 

A fisioterapia havia começado nesse período e parecia ser a única coisa que a distraia. Antonella até já andava sem as muletas, mesmo eu achando que ela deveria usá-las como apoio para evitar uma possível queda. O fisioterapeuta confirmou que ela vinha fazendo um progresso ainda melhor do que a última vez, e fiquei orgulhoso da minha mulher.

- Estou quase pronta - falou entrando na sala e girei a cadeira, da mesa onde estava trabalhando em casa, para vê-la. 

- Gostosa pra caralho - elogiei embasbacado com a visão na minha frente. 

A minha mulher estava usando um vestido justo na cor cinza com mangas longas e um decote que me fazia ter certeza que ela não estava usando sutiã. Seus cabelos estavam presos em uma trança que pendia sobre o ombro direito e tinha alguns fios soltos emoldurando seu rosto. Um batom vermelho nos lábios, que estava me fazendo ter um desejo insano de tê-la em seus joelhos. No pulso esquerdo, um Cartier com pulseira de couro vermelha e uma pulseira dourada. O anel de noivado brilhava em seu dedo e uma satisfação sem tamanho tomou conta de mim. 

Minha.

- Obrigada - respondeu piscando um olho pra mim e sorrindo - Só preciso da minha bolsa e descobrir onde enfiei as minhas sandálias. 

Hoje era o dia marcado pela obstetra para fazermos a sexagem e descobrirmos o sexo dos bebês. E estava na cara que Antonella estava ansiosa. Não entendo o porquê, eu já havia dito que eram meninas

- A sua bolsa está na mesa - apontei para a bolsa preta quadrada sobre a mesa e levantei me aproximando dela - E suas sandálias estão perto do elevador, onde você insiste em deixá-las.

- Hum - murmurou se virando para o corredor, mas a prendi entre os meus braços com suas costas voltadas pra mim. 

- Você está muito apetitosa - murmurei em seu ouvido e prendi seu lóbulo entre meus dentes dando uma mordida suave. Seu corpo tremeu levemente e ela se recostou mais em mim. 

- Assim vamos perder nosso horário - falou esfregando a bunda perfeita no meu pau duro.

- Já sei que são meninas - afirmei descansando minhas mãos em sua barriga e esfregando meu nariz no exato ponto entre seu pescoço e ombro. Minha mulher é cheirosa pra caralho

- Mas eu quero confirmar - choramingou quando mordisquei seu pescoço e tentou se afastar de mim - Não quero perder nosso horário. 

- Não vamos perder - falei beijando seu maxilar e a virando entre os meus braços - Eu te amo. 

- Eu também te amo - disse sorrindo genuinamente e ficando na ponta dos pés para me beijar. Ainda precisava me abaixar para que ela alcançasse seu objetivo. 

- Gostosa do caralho - murmurei entre seus lábios e segurando sua bunda entre as minhas mãos. Antonella sorriu, piscou e escapou dos meus braços passando por baixo deles para pegar a bolsa na mesa. 

- Vamos logo - falou colocando a bolsa sobre o ombro e caminhando para o elevador. 

- Ainda sou o mandão? - perguntei a seguindo e ela virou sobre o ombro piscando pra mim. 

Paramos nas portas do elevador e me agachei para calçar suas sandálias em seus pés antes que ela se dobrasse para pegá-las. 

- Eu posso fazer isso - falou revirando os olhos enquanto eu abotoava o calçado no lugar.

[Série: Rendidos 01] SubestimadaOnde histórias criam vida. Descubra agora