| Antonella + Caio |

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Antonella

- Seus remédios - Stefano falou contornando o sofá e me entregando a case e um copo de água.

- Obrigada - agradeci pegando-os e os tomando logo em seguida.

- Preciso agradecê-la por hoje - falou sentando-se ao meu lado em uma distância respeitosa, diferente de mais cedo quando fez o contrário para provocar Caio - Muito obrigada, sorella.

- Não foi nada - respondi e coloquei o copo sobre o braço do sofá - Quero te perguntar algo.

- Manda, sorella - falou abrindo os braços sobre o encosto do sofá.

- Por que você não tem uma sede própria? - eu realmente estava curiosa sobre isso. Eu estava curiosa sobre muitas coisas, mas queria testar os limites de até onde poderia ir - Não seria mais fácil para treinamento e fechar negócios?

- Eu nunca tinha pensado nisso profundamente - respondeu dando de ombros - Quando saí da Polícia Federal, quis ter o meu próprio negócio, mas não queria nada grandioso. O meu objetivo era ocupar a mente.

- Só que agora está exigindo uma demanda maior - falei pra ele - Você possui conhecimento tático para treinar seus homens, sem falar nas outras habilidades que tem. Os contratos que fechamos hoje, vão te colocar em um patamar de conhecimento que poderia muito bem transcender o país. Ampliar as coisas pode ser uma boa ideia.

- Eu não tinha pensado nisso - falou um pouco perdido - Seria um baita investimento.

- Acho melhor começar a pensar - falei sorrindo - E eu conheço alguém que poderia investir na sua empresa. Claro, de forma anônima.

- Sorella? - perguntou descrente e com os olhos arregalados - Você?

- Imagino que Caio tenha contado algo a vocês - falei e ele confirmou com um aceno - A verdade é que eu tenho muito dinheiro. Por causa de alguns investimentos de papai, algumas coisas não poderão ser doadas em caráter filantrópico, e eu meio que não faço ideia de onde colocar tanto dinheiro.

- Seria uma responsabilidade e tanto aceitar sua proposta - falou sério - Desenvolver um projeto de expansão de uma empresa privada requer uma mente afiada.

- Podemos trabalhar em algo - falei sorrindo pra ele - Anonimamente, claro.

- Você quer investir só pra gastar o dinheiro? - perguntou.

- Não. Eu acredito no seu trabalho - respondi - O dia de hoje só me mostrou que você precisa de um pouco de direcionamento.

- Como assim? - perguntou se virando de lado em minha direção.

- Você saiu de uma instituição federal, Stefano - falei - Você trabalhava para ajudar as pessoas. Isso é o que você gosta. Uma empresa privada caiu como uma luva pra você, mas não segurará sua atenção por muito tempo.

- Pensei que não estivesse tão na cara assim - falou e abaixou a cabeça.

- Ei, direção - falei chamando sua atenção - Ter um negócio privado tem suas vantagens. Você treina os seus homens e mulheres para protegerem os ricos e famosos que vão começar a pagar uma fortuna por seus serviços, mas também pode fazer algo para ajudar àqueles que não têm condições de pagar.

- Ajuda social? - perguntou franzindo as sobrancelhas e dava pra ver as suas engrenagens funcionando.

- Sim - respondi sorrindo - Parte dos seus serviços poderiam ser empregados para ensinar mulheres a se defender ou a crianças e adolescentes que poderiam estar seguindo o caminho mais afastado da linha. Ajudar àqueles que precisam.

[Série: Rendidos 01] SubestimadaOnde histórias criam vida. Descubra agora