Capítulo 1

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CASEY

Desamarei meus tênis enfiando os meus pés nos meus patins, deixei minhas coisas dentro da minha bolsa e andei pela arquibancada me segurando nas barras de proteção do rinque, soltei quando pisei no gelo e enquanto patinava pra longe da barra olhei no meu relógio que marcavam 04:56, ótimo poderia treinar por 2 horas e meia. Gravei minha sequência na cabeça quando minha treinadora me passou ontem a noite e preferi tentar sozinha sem ela me assistindo, esse horário a pista esta vazia a não ser pelo zelador que não se importou em me deixar entrar. Toquei a música na minha cabeça enquanto deslizava pelo gelo, fechei os olhos dando expressões a coreografia e abri pra encontrar um ponto pra olhar antes de saltar, fazendo um lutz perfeito eu continuei e repeti mais 8 vezes.

Deixei todo meu equipamento no armário e como hoje é segunda-feira eu tinha um turno no Joe até 12:00 peguei minha mochila com meu uniforme, e não me atrapalharia nas aulas por que segunda e sexta eu tinha aulas de dança e minha professora deixou que eu fizesse a aula da tarde, foi muito complicado me encaixar nos horários já que eu queria trabalhar mais dias, mas acabou que eu vou trabalhar de manhã segunda e sexta, e todos os dias da semana no meu turno normal a noite. fui de bicicleta ate o Joes e cheguei lá 07:15 que era meu horário, vesti meu uniforme e amarrei o cabelo. preparei o café que todos os clientes que chegassem iam pedir e o cheiro subiu pela lanchonete, do lado de fora estava um clima agradável do sol ficando mais forte e as pessoas começavam a sair das suas casas.

o sino tocou e eu me preparei pra sorrir e acenar como se não estivesse com sono, atendi 5 pessoas nas mesas do salão e deixei os pedidos na janela para que a Paula preparasse, tinham três pessoas sentadas no balcão lendo jornais e eu peguei a garrafa de café servindo suas xicaras, quando andei mais pro lado lá estava ele sentado como todos os dias, Logan Mckey tomava café da manha aqui todos os dias, algo que eu só soube quando peguei esse turno.

— bom dia — ele disse enquanto mexia em um tablet e apoiei minha mão no balcão servindo sua xicara.

— você poderia enjoar da comida daqui — sugeri e ele negou.

— cuidado pra eu não escrever uma reclamação sobre o atendimento Fisher — ele disse no tom que me irritava como se quisesse rir.

— você não seria o primeiro — me afastei quando o sino da cozinha tocou e fui levar os pedidos das 5 mesas, e nesse ritmo eu parei exatamente as 12 horas tirando meu uniforme e fui pra minha aula.

me agachei pra prender o cadeado da minha bicicleta na grade do campus enquanto varias pessoas iam embora ou ficavam pra aula extra, levantei meu olhar um minuto e o time de hóquei andava junto pelo campus, Liam não estava ali por que provavelmente foi buscar minha amiga na sua sala, mas o Logan estava no meio contando alguma coisa que devia ser a coisa mais engraçada do mundo já que eu conseguia ouvir as risadas das meninas que andavam com ele de onde eu estava, do outro lado da grama. Logan esta sempre sorrindo, sempre, nunca esta sozinho ou parece ter um dia ruim, todo lugar que ele pisa todo mundo olha pra ele e pra ser bem sincera o cara é um gato, daqueles que você para de mastigar pra poder olhar igual o campus inteiro esta fazendo nesse momento, ou você ama esse garoto ou odeia ele, e eu simplesmente não gosto dele. não era assim quando eramos crianças, brincávamos juntos todos os dias com as outras crianças, íamos um na casa do outro mas tudo mudou quando entramos no ultimo ano do ensino médio e ele começou a ser um pegador e amigo de todo mundo, contando claro com os esnobes que eu odeio, nos afastamos enquanto ele fez muitos amigos e virou um jogador de hóquei famoso pela universidade. costumávamos sermos iguais e hoje somos quase como água e óleo, a mãe dele que é uma mulher incrível criou ele sozinha e com certeza fez um ótimo trabalho, e com muito esforço ela deixou de ser uma simples moradora do lado norte e hoje em dia eles são ricos de dinheiro e amor é claro, eles ainda moram do lado da minha casa onde tudo é diferente e talvez esse seja o motivo pra eu não gostar dele, talvez não passe de inveja. das vezes que minha mãe surtou quebrando os vidros da nossa casa e ele me olhava com pena do outro lado do jardim enquanto a ambulância levou ela todas as vezes, eu não queria nada disso.

mas com a minha mãe limpa a 6 meses ela esta cuidando bem da Lili e eu continuo morando com as meninas, passando o final de semana com a minha mãe em casa e esta dando certo enquanto der certo.

Meu destino - amores improváveis #2Onde histórias criam vida. Descubra agora