LOGAN
Estava um sol de 30 graus enquanto eu colocava todas as coisas que a minha mãe estava se desfazendo na calçada de casa, vi que dentro de umas das caixas tinha uma árvore de natal, em outra cobertores, outra alguns sapatos e roupas e tudo isso iria pra doação.
— só falta 1 caixa filho — minha mãe gritou de dentro da garagem me fazendo suspirar aliviado e largar uma outra caixa sobre a pilha na nossa rua.
— trabalhar no verão exige um pagamento — brinquei com ela que trazia a última caixa marrom de papelão nas mãos.
— e o que seria sua cama com lençóis limpos e as coisas que você anda comendo o dia inteiro? — me olhou avisando que eu não poderia dar uma resposta melhor que essa e eu concordei — você se importa de pegar mais algumas na Abby?, eu disse que você podia fazer isso antes dessa tarde.
— claro que eu posso, só estou brincando — beijei seu rosto e andei pelo jardim das nossas vizinhas, bati na porta e a pequena Lili abriu pra mim, segui o caminho que cheirava a abóbora e encontrei a Abby na cozinha.
— oi, não sabia que viria agora — se assustou e logo colocou um sorriso no rosto.
— ouvi falar de umas caixas pra doação — abri os braços trocando um abraço como sempre fazíamos, Abby sempre cuidou muito bem de mim desde criança me fazendo amar ela, observei os cabelos castanhos presos em um coque com a sua franja sobre os olhos e ela definitivamente não se parecia muito com a Casey, que com certeza puxou o pai.
— por ali meu bem, fique a vontade a casa é sua, estou de olho em uma torta aqui no forno, levo um pedaço pra você mais tarde — apontou pro corredor e eu concordei indo até lá sabendo onde ficavam os quartos, levei 1 caixa que estava na frente da porta do banheiro e voltei pra dentro entrando no quarto da Lili e levando uns brinquedos que ela estava se desfazendo, quando parei na porta do quarto da Casey não sabia se eu entrava, então dei um toque com os nos dos dedos na madeira, sem respostas abri a porta devagar, dando de cara com um corpo vestido em um collant preto, calça elástica e sapatilhas, nos seus ouvidos vi os fones enquanto ela estava de olhos fechados, observei seu quarto que sempre teve o meio vazio pra que ela pudesse rodopiar, seus cabelos loiros caiam sobre o rosto vazando do seu coque, tinha as bochechas coradas e a testa franzida no meio como se fosse estivesse triste na mesma intensidade que a música em seus ouvidos. Não pude deixar de descer o olhar pelo seu pescoço e como que estavam do mesmo tom que seu rosto, todo seu tronco estava apertado pelo seu collant e as pernas sendo agarradas pela calça, observei como ela girava sob os pés como se pesasse menos que uma pena, as mãos faziam um movimento lindo cada vez que ela se mexia, me fazendo ficar parado e só observar, tentando decidir se era a cena mais linda ou mais deliciosa que já vi na vida.
— lindo não? — senti uma mão no meu ombro que me fez soltar todo o ar que eu nem sabia que estava segurando, olhando pro lado vi a Abby com a cabeça escorada na porta observando sua filha com os olhos brilhando, e nessa hora eu vi uma semelhança entre elas.
— sim — só fui capaz de responder isso e nos assistimos ela por mais um minuto.
— vamos, ela não gosta quando interrompemos — apertou meu ombro me tirando do transe e eu me movi pra trás trazendo a porta junto comigo e fechando silenciosamente.
— ela está ensaiando para as nacionais, está mais focada do que nunca esteve — comentou quando chegamos na cozinha e me sentei em um banco alto enquanto ela calçava uma luva térmica nas mãos.
— tô bem ansioso pra próxima competição, mas não deixa ela saber disso — ela sorriu com a minha fala e tirou a torta do forno colocando bem na minha frente e expirei o cheirinho doce.
— a minha favorita — sorri e ela andou até o armário.
— vou te dar o primeiro pedaço, mesmo ela estando quente mas não conta pra Casey se não ela fica enciumada — sorri com a ideia da Casey com ciúmes, logo um prato com uma fatia perfeita de torta de abóbora estava na minha frente.
— mãe a Lili tá lá fora dizendo que quer a princesa Aurora de volta — ouvi uma voz vindo do corredor e logo se espalhar por toda a sala — por que você tá aqui?.
— torta de abóbora — sorri convencido comendo uma garfada grande vendo ela revirar os olhos, tomou o garfo da minha mão e roubou um pedaço do meu prato — chata.
— eu já volto crianças — Abby disse implorando pra que a gente não se matasse e saiu pela porta até a rua.
— traidor, entrando na minha casa e comendo o pedaço da sorte — resmungou sem me devolver o garfo comendo metade da minha torta.
— pedaço da sorte? — perguntei e ela levantou a cabeça quando minha respiração bateu no seu pescoço.
— primeiro pedaço sempre é o pedaço da sorte — sorri em surpresa das coisas que ela sempre diz e eu nunca pensei sobre — tá rindo de mim?.
— não, só espero que você fique bem agora que eu roubei sua sorte — ela sorriu e o som da sua risada me fez grudar os lábios nos dela, enquanto ainda estava sentado puxei ela pro meio das minhas pernas, sem ter que pedir passagem com a língua a minha encontrou a sua me fazendo arfar e me arrepiei ao sentir suas mãos subirem na minha nuca. Passei os dedos pela lateral do seu corpo sentindo ela chegar mais perto e suspirar quando eu espalmei a mão sobre a sua barriga e subi tocando seus seios pela roupa justa.
— você é deliciosa — sussurrei no seu ouvido como se fosse o maior segredo do mundo e ela se contorceu enfiando as mãos por baixo da minha camiseta e arranhando o pé do meu abdômen.
— a minha mãe vai ver a gente — alertou sem tirar as mãos de mim e aproveitei pra roubar outro beijo antes de nos afastarmos e ela dar a volta na ilha da cozinha se afastando de mim.
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Meu destino - amores improváveis #2
DragosteCasey Fisher faz parte da equipe de patinadoras de Yale, enquanto faz de tudo pra ter chances nas nacionais de patinação artística e lida com os problemas de ter uma mãe dependente química em casa, ela precisa aprender a lidar com sentimentos estran...