Capitulo 16

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CASEY

estamos no começo da primavera e quase todo mundo esta se planejando pras férias de verão, depois que minha mãe e eu nos desculpamos como todas as outras vezes, decidimos passar o verão juntas em casa e eu convidaria as meninas e estava ótimo pra mim. falando na minha mãe ela o seu namorado estão ótimos, ela perdeu a cabeça atoa e me pediu desculpas mais vezes do que eu pude contar. antes das férias de verão todos ficam afogados nas matérias assim como eu estou, entre a faculdade, o trabalho e meus ensaios pras nacionais, onde eu vou competir de novo e se eu não ficar entre as três primeiras eu estou fora, e vou ter que tentar no próximo ano.

enquanto eu estava no meio do meu ensaio no gelo ouvi vozes e patins se aproximando, me virei e encontrei o time de hóquei entrando no rinque, procurei os meninos com os olhos e achando eles patinei ela lá.

— por que vocês estão aqui? — perguntei e os quatro me olharam.

— bom dia pra você também — Richie brincou e eu sorri sem mostrar os dentes.

— foi mal Casey, o treinador fez um escândalo na direção e vamos treinar mais tempo — Liam me contou batendo no meu ombro e eu concordei, não brigaria com eles por isso mais uma vez.

— eu odeio esse cara, tipo muito — me referi ao treinador deles mas eu entendia, Charlote daria um sumiço no time inteiro se isso fizesse o gelo ser só nosso.

— foi mal — Bryce disse também e entrou no gelo, esperei outros jogadores passarem e sai da pista me sentando na arquibancada.

— você parece bem cansada — ouvi sua voz na minha frente e encontrei o Logan parado, tão grande com seu equipamento de jogo que tive que colocar a cabeça pra trás pra olhar seu rosto.

— tá querendo dizer que eu estou feia? — perguntei tirando meus patins.

— claro que não, você sabe que nunca está feia — ele reponde e eu olho pro meu cadarço deixando um sorrisinho vir no meu rosto pela primeira vez desde que eu acordei hoje.

— eu estou bem, vai pro seu treino — me levantei pegando meus patins na mão.

— nos vemos sábado então, de novo — ele se despediu com um sorriso e encarei suas costas, mais um jantar na casa do Mitchell, maravilha.

A noite chegando de mais um turno na lanchonete me arrastei até a cozinha, comi alguma coisa e antes de subir até o meu quarto vi que a Tessa estava sentada no sofá, assistia o jornal mas parecia nem estar enxergando a TV.

— oi, tudo bem? — me sentei do lado dela ainda de uniforme.

— oi — me olhou e levantei as sobrancelhas.

— o que você tem? com essa carinha — perguntei e ela suspirou.

— voltei a falar com os meus pais, não sei se fico aliviada ou assustada — esperei ela continuar, não sabia muito como era a relação deles com ela — eles me colocaram pra fora de casa quando eu entrei na faculdade, mas agora resolveram me perdoar mas por que eu previsão de perdão se eu não fiz nada de errado?.

— como era antes?, antes de você decidir vir estudar?.

— eles eram rigorosos e manipuladores, quando eu saía depois da aula ou conhecia um garoto eles faziam eu me sentir culpada e pedir perdão, me ignoravam até eu ceder e me desculpar — ela encarou suas mãos e parecia estar assistindo uma memória antiga — vocês sabem que eu sou meio estranha em relação a garotos, mas eu já sai uma vez com um menino no ensino médio e foi um inferno tão grande que eu nunca mais me arrisquei pra tentar de novo — segurei seu ombro, dizendo que ela podia me contar, ela já disse antes que nunca tinha saído com um homem antes, mas tinha alguém.

— você pode me contar se quiser — ela concordou e sorriu no fundo aliviada.

— o nome dele era Charle, era de boa família também então eu achei que meus pais não se importariam, nos saímos juntos uma vez, na segunda vez estávamos na minha casa e eu acabamos nos beijando e quando estávamos deitados perto de fazer algo a mais, meus pais entraram no meu quarto, mandaram ele embora e meu pai me bateu dizendo que não deixaria a filha dele ser suja desse jeito, me ignoraram por semanas e não me deixaram sair de casa por um tempo, e quando o Charle foi confrontado ele jogou a culpa só em mim e todos acreditaram, nossa cidade era bem pequena então eu acabei na boca de todo mundo, eles diziam que eu pequei e não podia andar com os seus filhos, então eu me salvei saindo de lá depois de muito tempo, e eles estão aqui agora me mandando mensagem e ligando pergunta como eu estou e se estou gostando — ela continuou olhando pra baixo.

— pais, nos machucam e ainda amamos eles, um amor cheio de mágoas mas é amor — segurei sua mão — se você sente falta deles pode manter contato, mas voltar pra casa seria um tiro no pé, você finalmente está livre e não deixa ninguém te prender de novo — ela concordou e ergueu a cabeça.

— você está certa, eu sinto tanta saudades da minha mãe, e talvez eles um dia aprendam a conviver com as minhas escolhas — concordo com ela e deitamos as cabeças uma na da outra.

— sinto muito que tenha sido traumático pra você, a intimidade com um homem.

— tá tudo bem, eu só preciso seguir em frente — sim, só precisamos seguir em frente.

Meu destino - amores improváveis #2Onde histórias criam vida. Descubra agora