CASEY
Voltando a New Haven eu me sentia como se tivesse uma segunda chance de fazer as coisas certas, estava louca pra voltar a treinar, ficar com as garotas e até das minhas aulas na faculdade. continuei fazendo minhas sessões de terapia até mesmo quando a fisioterapeuta me liberou o que me ajudou muito, e não só a terapia como o maldito Logan Mckey que ocupou minha cabeça nos últimos dias e vivemos uma pequena fantasia de sermos um grande casal sem sermos um casal.
— então mãe — chamei por ela que dirigia batucando o volante e estava distraída com a estrada.
— fala tigrinha — olhou o retrovisor antes de virar à direita e eu apertei os dentes nos lábios tentando criar uma frase simples e que explicasse tudo.
— Logan e eu, nos estamos ficando — ela freou em cima do carro da frente quase causando um acidente e me olhou com os olhos arregalados.
— não brinca, achei que vocês não tinham mais jeito — arqueei as sobrancelhas e ela me olhou fazendo uma cara engraçada como se eu fosse uma tonta — todos sabem onde implicâncias terminam Casey sempre quer dizer alguma coisa, Jess e eu sabíamos desde quando eram crianças, Logan disse uma vez na quarta série que você ficava bonita de boné e você nunca mais parou de usar, e teve o dia que ele não foi a escola depois do pai dele abandonar ele e a Jess e você me fez comprar o doce favorito dele e levou, mas no ensino médio tudo ficou estranho e vocês criaram esse ódio que na verdade só era vontade de esconder sentimentos confusos — ouvi tudo fazendo meu coração descompassar com a verdade descendo na minha garganta com um gosto forte — e eu fico muito feliz que vocês conseguiram descobrir o que esse ódio significa antes que fosse tarde demais, os dois merecem viver esse amor — amor. Essa palavra corroeu meu cérebro como um ácido e me remexi no banco — estar apaixonada não é uma coisa ruim, quando eu conheci o seu pai desde o começo eu me apaixonei mas ele não queria nada comigo me achava muito comum e demorou muito tempo até ele mudar de ideia e você não imagina o quanto eu sofri por causa dele mas acredite em mim, hoje em dia quando eu lembro daquela época eu penso que sorte que eu tive, eu fui tão feliz por ter vivido aquilo, é quando acaba que vem a dor quando não temos mais ninguém pra amar — suas palavras ao mesmo tempo que me perfuraram me fizeram sorrir — é por isso que eu amo o Mitchell, ele ocupa o lugar que antes era vazio no meu coração.
— obrigada mãe — minha voz arranhou e então me dei conta de uma lágrima desobediente caindo.
— tá tudo bem meu amor, você tem o direito de amar e ser amada, confia em mim — beijou minha cabeça e nos abraçamos no sinal vermelho. O resto do caminho minha cabeça não parou de queimar em pensamentos ao mesmo tempo que sentia meu peito tranquilo.
— ai que saudade Casey — Tessa e eu nos abraçamos quando eu me despedi da minha mãe e entrei em casa, sua voz suave e verdadeiramente feliz me fez sorrir, como eu amo essa garota.
— vamos comemorar fazendo cookies? — Heather perguntou entrando no nosso abraço e beijei sua bochecha.
— sim por favor — levei minhas malas pro meu quarto e estava feliz de estar de volta no meu canto com as minhas coisas, passei as mãos pelos meus patins e fechei os olhos pedindo sorte e muita coragem.
— você quer com gotas ou castanhas? — ouvi a Heather gritar da escada e corri até o andar de baixo.
— gostas de chocolate, por que ninguém em sã consciência come cookie com castanhas, só você — respondi entrando na cozinha e ela me lançou uma careta.
— com gotas então — Tessa abriu a geladeira e eu fui até o armário procurando pela farinha, fizemos tudo enquanto fofocávamos e quando eles estavam quentinhos sob a nossa ilha da cozinha e um copão de leite eu decidi que era uma boa hora de jogar tudo na mesa.
— então — comi o último pedaço e apoiei os cotovelos no balcão de mármore — quero contar uma coisa, mas vocês não podem surtar, ou gritar e nem ficarem com raiva por eu demorar de abrir o jogo — falei lentamente enrolando e me olharam feio.
— fala logo — quase gritaram e eu sorri, era legal ter uma informação que elas ainda não sabiam e eu queria o ar de suspense.
— Logan e eu estamos transando, a mais ou menos 3 meses — falei como se fosse uma coisa comum e brinquei com a minha caneca ouvindo seus gritos eufóricos.
— eu sabia, eu não te disse Tess? Eu tinha certeza que isso estava rolando vocês não sabem nem disfarçar — Heather quase caiu do banco gargalhando e eu segurei minha risada.
— onde exatamente vocês estão fazendo isso? Aqui em casa que não é — Tessa levantou um ponto me fazendo dar os ombros.
— no quarto dele, no carro, no banheiro de umas festas, e quase na sala de informática do campus — estalei a língua lembrando de todas as vezes e joguei a cabeça pra trás sentindo saudade daquele desgraçado.
— safada, tendo pensamentos pervertidos, por favor não transem no nosso sofá — Heather implorou juntando as mãos e eu dei os ombros novamente não prometendo nada.
— e você gosta dele não gosta? Eu sei que gosta — Tessa disse apoiando a mão no queixo sorrindo e suspirou feliz.
— eu gosto — admite, foda-se elas são minhas amigas — na verdade eu gosto muito daquele garoto, que saco — deitei a cabeça no balcão gelado.
— ele gosta de você então só aproveita, boas pessoas merecem ficar juntos — Heather disse segurando minha mão e levantei o rosto encarando a loira do outro lado da mesa.
— Heather e Liam namorados, Casey e Logan ficantes, Tessa e Bryce são o que? — perguntei fazendo uma voz de suspense e ela me olhou feio.
— não somos nada tá legal, do que adianta ele ser lindo e ser um grosso — ela cruzou os braços sob o balcão e franzi a testa.
— grosso? Eu achei que o Bryce era tranquilo.
— ele é grosso com os caras da faculdade, se ele esbarra em alguém ele sequer pede desculpa e não olha pra ninguém, ele se acha tá, o jornal ia fazer uma entrevista com os futuros jogadores da liga profissional e ele recusou três pedidos e disse que tinha mais o que fazer — ela bufou engraçada me fazendo rir.
— talvez se você pedir, ele aceite.
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Meu destino - amores improváveis #2
RomanceCasey Fisher faz parte da equipe de patinadoras de Yale, enquanto faz de tudo pra ter chances nas nacionais de patinação artística e lida com os problemas de ter uma mãe dependente química em casa, ela precisa aprender a lidar com sentimentos estran...