Capítulo 21

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CASEY

Enquanto eu me trocava no vestiário dei uma olhadinha no meu quadril, continuava com vários tons de roxo mas como eu não sentia nenhuma dor não entendia o por que de estar assim. Treinei por horas e eu não estava com dor então estava tudo bem. Escrevi um relato pro jornal da escola e ele foi publicado anônima com alguns outros que apareceram, então todas ficamos preocupadas, Liam virou o segurança particular da minha amiga e a direção do campus acionou um toque de recolher.

Estando na última semana de aula e de trabalho antes das férias, eu estou saltitante. Um mês de sol, sem preocupação e uma festa diferente todo fim de semana. Heather e Tessa passariam um final de semana na minha casa, depois Heather ficaria com o Liam, e Tessa viajaria até Long Island e ficaria na casa dos seus pais, ela nos disse que voltaria em algumas semanas. Minha mãe estava super feliz que eu estaria lá e fez vários planos, as garotas e eu já começamos a organizar nossas malas não vendo a hora de sair um pouco daqui.

Quinta-feira

Estou no meu último turno na lanchonete, atendi os clientes com o maior sorriso do mundo e até recebi umas gorjetas.

— Casey — Paula me chamou e desligou o telefone que ela havia atendido com uma cara nada boa — eu não vou poder fechar a loja hoje, meu filho está no hospital por que acabou de se envolver em um acidente de trânsito, você tem alguém que possa te buscar? — ela perguntou e eu murchei por dentro, fecharíamos a loja juntas então eu não me preocupei em voltar pra casa sozinha — tudo bem, eu posso ir ao hospital mais tarde.

— claro que não, é o seu filho Paula, pode ir eu vou arrumar tudo e vou chamar alguém pra me buscar — apertei seus ombros e ela suspirou me dando um beijo — melhoras pra ele — em 2 minutos ela saiu correndo entrando em um táxi, quando o farol do carro saiu tudo lá fora voltou a ficar escuro, então achei melhor trancar a porta antes de ajeitar as coisas. Enquanto arrumava os saleiros nas mesas do vidro eu senti que estava sendo observada, sentindo um arrepio pelo corpo fui até a minha bolsa pegando meu celular, eram 22:53 e eu decidi que não ligaria tão tarde, mas mudei de ideia quando um carro passou lentamente e tinha um homem no volante olhando pra mim.

— me desculpa Logan, mas você disse que eu podia ligar — coloquei o celular no ouvido e olhei pro lado de fora da loja vendo que o carro tinha sumido.

— alô — ouvi sua voz, ele não parecia ter sido acordado — Casey?.

— oi sou eu, você disse que eu podia ligar então, sem querer te apressar nem nada, mas teria como você chegar aqui nos próximos 5 minutos? — perguntei tentando manter a calma.

— estou indo — ouvi movimentos do outro lado da linha mas não desliguei, de olhos grudados na rua — quer que eu continue na linha com você?.

— não precisa, não quero te atrapalhar dirigindo — ouvi a porta do carro bater e nos despedimos, agarrei minha bolsa e os 6 minutos que eu esperei por ele pareciam 20. Quando seu carro parou na rua ele desceu vindo até a porta, andei até lá destrancando e fui pro lado de fora — tô te devendo uma, a maior de todas — suspirei aliviada fechando a porta novamente e ele abriu a porta do carro pra mim.

— o que aconteceu? — Logan perguntou tomando o volante, e eu não seria grosseira com a pessoa que salvou minha vida.

— tinha alguém aqui fora, e depois passou um carro me observando, desculpa te ligar assim a essa hora — relaxei no banco e ele me olhou — muito obrigada mesmo.

— eu falei sério quando disse que você podia me ligar, fica tranquila — concordei e encarei a rua.

— o que você vai fazer no verão? Planos com a sua mãe? — perguntei pra falarmos sobre alguma coisa.

— o de sempre, sair com a senhorita Jess e ir em todas as festas que aparecerem — sorriu e eu acabei sorrindo também.

— o mesmo pra mim, e algumas festas do pijama com a Lili — lembrei de quando a Lili me fazia entrar na sua casinha de cobertores e pintava minhas unhas.

— se forem fazer uma festa do pijama me convidem por favor — ele sorriu de um jeito que o pedido ficou como brincadeira e verdade — entregue e inteira — parou seu carro em frente a minha fraternidade e eu sorri pra ele.

— valeu, eu fico te devendo essa — me despeço com um beijo em seu rosto.

— sempre que precisar — respondeu enquanto eu saltava do carro.

— tchau Logan — acenei pela última vez e andei até a porta, ouvi seu carro saindo depois que eu já estava dentro de casa.

Meu destino - amores improváveis #2Onde histórias criam vida. Descubra agora