Capítulo 19

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LOGAN

eram quase quatro da manha ­e eu estava dirigindo de volta pra East Rock e levando a Casey comigo, que dormia profundamente no banco do carona. todos foram pra suas casas e nos voltamos para a casa das nossas mães como tínhamos prometido. estacionei o carro na minha garagem e abri a porta do carona, achei sua chave de casa dentro da sua bolsa e ele resmungou quando eu a puxei pelo braço ate mim.

- chegamos em casa loira - chamei por ela e seus olhos azuis se abriram.

- você se importa? - ela perguntou e passou os braços pelo meu ombro, pedindo pra que eu a carregasse.

- nem um pouco - sorri e passei um braço por baixo dos seus joelhos e o outro na sua cintura, tirando ela do carro como se fosse uma pena, sua mão fechou a porta do carro e eu caminhei ate a sua casa, dando uns 10 passos pelo gramado. deitei ela na sua cama e ela chutou os próprios sapatos entrando em baixo da coberta.

- muito obrigada por me trazer - ela me puxa pela camiseta antes que eu me afaste, apoio meu punho no colchão antes que eu caia em cima dela - você pode ficar se quiser.

- eu tenho 99% de certeza que você não vai me querer aqui quando acordar, vai correr e fingir que isso não existiu - falei a verdade e passei a mão no seu rosto onde nascia um sorriso.

- se você estiver certo, melhor tirar uma casquinha antes que amanheça - se ergueu e me beijou, voltou a se deitar me levando com ela e o edredom foi parar no chão, suas pernas se abriram e eu me encaixei no meio delas, parei o beijo pra olhar seu rosto e olhei pro nosso meio vendo a sua calcinha pequena aparecendo, me controlei mantendo minhas mãos na sua cintura e ela me puxou de volta ate nossos lábios se encontrarem, quando seus quadris se ergueram buscando contato eu me afastei negando com a cabeça.

- eu espero que você queira continuar com isso quando estiver sóbria - sai da sua cama e ela jogou uma almofada em mim, encarei seu vestido levantado e minha boca salivou fazendo ela sorrir - durma bem - peguei seu cobertor do chão e joguei sobre o seu corpo delicioso, porra.

- você também - ela deitou de lado fechando os olhos e eu sai do seu quarto fechando a porta, andei devagar ate sair da sua casa e novamente passando pelo jardim cheguei em casa. tomei um banho antes de me jogar na minha cama me forçando a dormir de pau duro.

quando acordei fui ate a cozinha encontrando minha mãe na cozinha fazendo coisas do almoço, ela me olhou ligando o liquidificador e fiz careta quando minha cabeça doeu.

- boa tarde, onde você estava a noite toda? - perguntou séria.

- estava com os caras, em um bar perto da faculdade.

- você esta me dizendo que veio dirigindo bêbado de lá ate aqui de madrugada? - me olhou com raiva e eu sorri sem mostrar os dentes.

- quando estávamos vindo embora eu não estava mais bêbado, e a Casey veio comigo - dormindo, mas ela não precisa saber.

- se tivesse acontecido alguma coisa eu te mataria, agora vai tomar café da manha antes de ir lá fora lavar o seu carro que esta cheio de lama - obedeci e passei por ela dando um beijo em seu rosto.

- também te amo mãe - bebi um café duplo bem forte e vesti uma camiseta antes de ir até a calçada de casa, estava um sol avisando que o verão estava perto e alguns vizinhos do outro lado da rua estavam molhando a grama ou fazendo churrasco. Encho um balde de água e pego um pano indo tirar a lama que tinha espirrado nas portas do carro.

No meio da tarde depois de almoçar com a minha mãe, me deitei no sofá assistindo um filme qualquer pensando que não vi a Casey o dia todo, ou ela estava ocupada ou se escondendo.

— você falou com a Abby hoje? — perguntei pra minha mãe como quem não quer nada.

— sim, ela foi a feira com as garotas, estão descarregando o carro — ela me avisou e eu não perdi tempo indo ajudar, uma fada de três anos abraçou minha canela assim que eu parei em frente a casa delas.

— oi pulguinha — olhei seu sorriso com mini dentinhos e a peguei no colo.

— oi — seus braços apertaram meu pescoço em um abraço e andei até onde sua irmã mais velha estava, parada em frente ao porta malas retirando sacolas de compras.

— uma ajuda? — perguntei e ela me olhou piscando lentamente como se eu estivesse irritando ela.

— fica a vontade — deu um passo pro lado e eu segurei a Lili em um braços e as sacolas em outro, entrei na sua casa e deixei tudo em cima da mesa dentro da cozinha — desgruda um pouco Lilibug, pega seu danone e come sem se sujar — ela falava com a Lili com uma voz mais serena e sorriu para a menininha, guardando seu sorriso quando voltou a me olhar, o que me fez rir — muito obrigada.

— por nada — continuei olhando pra ela esperando se ela ia falar alguma coisa.

— precisa de alguma coisa? — cruzou os braços quando eu me aproximei.

— me certificando que você não esqueceu — observei seu rosto e ela levantou as sobrancelhas.

— eu me lembro, mas não fica esperando nada, nunca mais vai acontecer — justamente como eu pensava, ela nunca iria assumir que também me quer.

— nunca mais? Você realmente se lembra de como foi bom? — me aproximei mais e a sensação boa que eu senti não durou muito quando ela andou até o outro lado do cômodo.

— é sério, é melhor esquecer, a gente melhorou nossa convivência e não vamos estragar — ela disse mas eu sabia que não era o que ela realmente queria, mas não ia insistir.

— você sabe que só melhoraria tudo, mas tudo bem — passei por ela indo em direção a saída, mas voltei um passo pra trás — vai ser um longo verão — brinquei com uma mecha solta do seu cabelo preso e sai antes que ela me respondesse.

Meu destino - amores improváveis #2Onde histórias criam vida. Descubra agora