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Lágrimas começam a rolar em meu rosto, eu sabia que Diego era capaz de tudo, ele sempre fazia tudo que queria,e sem dúvida nenhuma teria sim a coragem de expor um vídeo nosso num momento tão íntimo. Eu me vi sem saída e o desespero tomou conta de mim.

- você não seria tão escroto assim... eu vi você apagar aquela merda de vídeo, como ele ainda pode existir? - digo com a voz embargada.

Minhas pernas e mãos começam a tremer, não consigo controlar, estou iniciando mais uma crise de ansiedade.

- gata cê é muito ingênua... eu sinto até um pouco de pena de você sabia? - ele sorrir parecendo está bem satisfeito de ter me deixado abalada.

Rapidamente vejo meu irmão chegando já deferindo um soco em Diego e um tumulto começa, eu permaneci no mesmo lugar, sem conseguir ter nenhum tipo de reação, meu corpo não obedecia meus comandos eu só tremia e tudo em minha volta parecia tremer também.

Percebo minhas primas me segurando e me retirando do lugar, e quando chegamos no carro eu desabo no choro sem parar. E desesperador quando não conseguimos ter o controle do nosso corpo nem da nossa mente.

Karol e Rê me abraçam e logo depois chega meu irmão e sem dizer nada ele entra no carro e dá a partida nos levando para casa. Ele não estava machucado e isso me deixou um pouco mais calma, era menos uma coisa para eu me sentir culpada.

Depois de levar minhas primas em casa seguimos em silêncio pela estrada, Léo sempre foi um irmão super protetor e eu cresci me sentindo segura sempre que ele estava ao meu lado, era assim desde a nossa infância, lembro que ainda pequena eu chorava na escola querendo minha mãe e ele saia da sua sala para ficar comigo me acalmando.

- O que aquele pau no cu te fez mana? Por favor não minta pra mim. - ele pergunta dirigindo.

Respiro fundo, e tento falar algo que seja convincente pois se eu contasse toda verdade Léo seria capaz de fazer alguma besteira e isso era a última coisa que eu queria.

- eu não quero conversar com você sobre isso... mas deixa quieto, eu estou bem agora. - falo olhando pela janela do carro sem me direcionar a ele.

- mana esse cara ainda vai fuder com sua vida! Não permita que ele faça isso, não deixe ele te machucar. - ele estaciona o carro na frente da nossa casa retira o sinto de segurança e me abraça.

Algumas lágrimas rolam em meu rosto, meu irmão não fazia idéia mas Diego já tinha fudido com a minha vida.

- eu só queria que você voltasse a ser aquela pirralha que vivia atrás de mim pela casa querendo brincar, que me convencia a pegar doce escondido da mamãe antes do almoço... naquele tempo você confiava em mim, e mesmo eu tendo a certeza que você me esconde algo, eu vou esperar porque eu sempre estarei aqui disposto a te proteger de tudo que possa te fazer mal. - ele deposita um beijo no topo da minha cabeça e quando se afasta percebo seus olhos cheios d'água.

Entramos em casa abraçados e sorrindo, e não contamos nada para nossos pais sobre a briga na festa, não valeria apena.

Eu sabia que poderia contar com meu irmão mas acreditei que pudesse resolver tudo sozinha sem envolver ninguém que eu amo na história. Acabei fazendo outra escolha errada.

Uma Eterna AprendizOnde histórias criam vida. Descubra agora