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Rafael me levou para conhecer um pouco do sítio, e resolveu celar o cavalo para facilitar o passeio me deixando um pouco tensa, sendo a minha primeira vez, montei no mesmo cavalo com ele e nos primeiros instantes o apertei na cintura morrendo de medo de cair.

Aos poucos fui me acostumando, mas tenho certeza que nunca terei coragem de montar sozinha. O sítio realmente é lindo e bem cuidado, ele cria alguns animais e possui um plantio de alimentos sustentável.

- e ai gostou do nosso breve passeio? - fala descendo do cavalo em seguida me auxiliando a fazer a mesma coisa.

Seus braços sustenta meu corpo com facilidade me pondo no chão.

- obrigado. - falo sem jeito

Geralmente eu não sou tão tímida mas com ele não tenho como evitar uma certa timidez aflorar.

Chegando a noite não se tem muita coisa pra fazer depois do jantar, a não ser ficar em volta da fogueira conversando sobre a vida e assuntos do sítio. Na primeira noite pedi licença pra me retirar, tomei um chá de capim-limão e fui me deitar, acabei dormindo a noite inteira sem dificuldades, sem tomar nada pra dormir, foi natural, e amanheci feliz, algo que não acontecia a muito tempo.

A primeira coisa que fiz ao levantar foi correr para a janela e admirar a paisagem, um cheiro gostoso de mato me faz respirar fundo inalando o ar puro, me perco em pensamentos e desperto quando ouço batidas contidas na porta já supondo quem poderia ser.

- Bom dia! Posso entrar? - a voz ainda um pouco rouca de quem acabou de acordar.

Meu corpo reage imediatamente sentindo arrepios.

- Bom dia, claro pode entrar... estava admirando essa linda paisagem. - volto a olhar pela janela tentando fazer evaporar os pensamentos que acabei de ter.

- trouxe uma flor para uma flor! - diz estendendo a mão com uma margarida branca. - seu sorriso se alarga e eu fico como uma idiota paralisada.

Ele chega mais perto e põe a flor no meu cabelo tão sutilmente fazendo meu coracao bater mais rápido pelo gesto tão simples e fofo.

- obrigado, amei. - não consigo dizer mais nada, fico imóvel.

- adoro quando você fica vermelhinha assim, mas não precisa ter vergonha de mim, já temos intimidade suficiente você não acha? - ele diz acariciando meu rosto com a ponta de seus dedos.

Engulo seco, sinto os pêlos do meu corpo se arrepiarem e hoje é apenas o segundo dia nesse lugar com ele.

- não sei se temos intimidade suficiente... mas mudando de assunto, o que iremos  fazer hoje? - vou me afastando dele e tentando disfarçar.

Ele sorrir de lado e eu finjo não ter percebido.

- primeiro vamos tomar um café da manhã, e se prepara pois a tia Norma caprichou hoje viu. - diz saindo do quarto.

Tomo um banho e 30 minutos depois encontro todos já sentados na mesa conversando, dou bom dia a tia Norma e ao esposo dela. A mesa farta e colorida desperta minha atenção, estranho ter apetite, geralmente pela manhã eu não gosto de comer nada.

Ao longo do dia eu me mantive ocupada, ajudei a tia Norma com o almoço, organizei minhas roupas nas gavetas da cômoda do meu quarto e ajudei Rafael a cuidar dos animais. No fim do dia eu não estava cansada ao contrário me sentir realizada.

A noite passei horas conversando com minha família pelo telefone, contei tudo que estava vivendo e eles vibravam do outro lado com a minha animação.

Me deitei cedo, e dormir mais uma noite maravilhosamente bem.

Uma Eterna AprendizOnde histórias criam vida. Descubra agora