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Me surpreendi com a visita de Théo, fiquei mais surpresa ainda com a facilidade que ele fez amizade com meu pai, os dois torcem para o mesmo time de futebol e isso já foi meio caminho andado. Fizeram várias perguntas para ele, principalmente minha vó que parecia mais uma delegada o interrogando. Meu pai o convidou para jantar e ele aceitou sem fazer cerimônia.

- então cunhado, você sossegou mesmo ou só tá de caô pra cima da minha maninha? - Léo pergunta em tom de zoação.

olho pra ele querendo dá-lhe uns cascudos em sua cabeça.

- engraçadinho você hein maninho - digo cheia de ironia.

- sosseguei cara, a pista tá livre pra você, gosto de sua irmã pra valer e quero fazer valer a pena. - Théo fala naturalmente.

Observo minha mãe o olhar atenta e meu irmão sorrir e balança a cabeça em concordância.

- eu não entendi o que quer dizer com pista livre Théo. - minha vó pergunta curiosa como sempre.

- coisa nossa vó, só posso dizer que agora  tenho menos adversários nas baladas. - Léo responde me deixando cismada.

- havia algum tipo de competição entre vocês, algo parecido com de quem pega mais na balada? - falo um pouco irritada.

- depois explico vida. - Théo responde me olhando nos olhos.

Ele percebe minha inquietação, assim como todos na mesa.

- eu explico pra vc maninha, Théo era como eu tá ligada? Sabemos curtir a vida, pega e não se apega cê entende né? Eu já esbarrei com ele em algumas baladas e ponto.

- mas agora eu só quero você vida, somente você. - ele diz sem vergonha nenhuma de todos estarem nos observando.

O clima volta a ficar leve novamente mas minha vó ainda o olha atenta, observando seus movimentos, as vezes ela me dá medo.

depois do jantar não demora muito para Théo ir embora, ele cumprimenta a todos e eu o acompanho até seu carro, meus pensamentos ainda está no que meu irmão falou no jantar mais eu tento ao máximo não demonstrar.

- o que foi vida, você parece chateada com alguma coisa, não gostou da surpresa que te fiz? 

pergunta me envolvendo em seus braços e me encostando na porta de seu carro

- é sério isso de competição? tipo vocês apostavam quem pegava mais mulher na balada? - cruzo meus braços o impedindo de colar seu corpo ao meu.

- nunca competi com ninguém minha vida, mas não vou mentir pra você que pegava varias na noite, mas isso é passado, agora eu só quero você ok? - diz conseguindo retirar meus braços cruzados e logo em seguida segura firme em minha cintura.

- sei não viu... as vezes me sinto insegura com você, mas vou tentar ser mais confiante. - falo suspirando logo depois. 

- ei confia em mim, te prometo que serei o namorado mais foda desse mundo, vou te fazer muito feliz. 

sua mão levanta meu queixo fazendo o olhar nos olhos, sua boca se aproxima da minha, ele me envolve com uma rapidez que quando percebo já estamos nos beijando, um beijo lento e calmo mas que causa dentro de mim uma ebulição, meu corpo esquenta, sou tomada por sensações que não consigo explicar.

- queria te levar agora pra algum lugar onde mataríamos nossa vontade, vamos? -ele pergunta com nossas testas coladas depois do beijo.

- eu quero muito... mas não posso, tenho que acordar cedo amanhã -digo observando seu semblante frustrado.

- vou ter que voltar pra casa desse jeito vida? que maldade hein...

dou um sorriso, e o beijo novamente, dessa vez mais provocante, terminando com mordiscadas em seus lábios.

- você gosta de me provocar né? eu já vou antes que te leve comigo e te prenda até amanhecer.

ele dá a volta no carro , abre a porta e logo entra.

- me liga quando chegar tá?

- pode deixar vida, te amo. - diz me lançando uma piscadinha

- te amo, vai com Deus! - dou um tchau e vejo o carro sair em direção a portaria do condomínio

entro pra casa sorridente, minha mãe está sentada no sofá conversando com meu pai e me lança um sorriso, ela sabe que neste momento Théo me faz bem, e eu estou gostando dele pra valer. 



 


Uma Eterna AprendizOnde histórias criam vida. Descubra agora