Uma Eterna Aprendiz

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Tava tudo dando errado, nada do que eu tinha pensado em fazer aconteceu. Hoje era pra eu está feliz e empolgada por está completando 1 ano de namoro com Théo, seria um dia perfeito se minha cabeça não estivesse tão confusa, não será fácil reencontrar Rafael depois de 2 anos, e só em pensar meu coração começa a acelerar, não consigo controlar parece ser mais forte que eu.

As horas vão se passando e Théo não me liga e nem ao menos me manda mensagem, sei que ele não esqueceu do nosso dia, tá doendo, temo em ter estragado tudo que construímos ao longo desse 1 ano juntos, tenho medo de ter vacilado e perder um cara legal que me faz tão bem.

Mais uma vez me sinto culpada por tudo, eu só faço merda com minha vida, consigo destruir tudo numa rapidez admirável.

Fiquei o dia inteiro trancada no quarto, é o lugar que fico refugiada quando não quero encarar ninguém, não quero dá satisfação a ninguém pois sei que minha mãe e até meu pai vão perguntar sobre Théo, pois semanas atrás eu não parava de falar que iríamos completar 1 ano de namoro nesse dia.

Quando a noite chegou eu já estava cansada de chorar e enquanto estava no banho Théo me enviou uma mensagem dizendo que estava vindo para minha casa, no momento que li respirei aliviada pois talvez tudo não estivesse perdido como eu estive pensando.

Me arrumo apressadamente, um pouco de medo misturado com euforia toma conta de mim, me perco em meus pensamento diversas vezes, eu só desejo que a gente fique bem e comemore nossa data de uma maneira especial e inesquecível.

Desço do meu quarto e fico na sala o esperando chegar, percebo os olhares desconfiados da minha vó, parece que ela percebe tudo que acontece comigo, seu sexto sentido me dá medo as vezes.

Tento me comportar naturalmente quando Théo chega, quem nos vê assim nem imagina que ficamos sem nos falar esses dias, não sei porque estamos fingindo está tudo bem, se nós dois sabemos que tem um clima estranho nos rondando.

Me disperso de meus pais e aviso que não voltarei pra casa hoje, pelo menos assim eu espero, tenho que pensar positivo, não quero imaginar que essa data será marcada pelo nosso término.

Entramos em seu carro em silêncio, antes de dá a partida escuto ele respirar fundo, fico com receio de dizer algo, mas o encaro e começo a falar tentando quebrar o gelo.

- você ainda está chateado comigo? - pergunto meio que sabendo sua resposta.

Ele me olha profundamente me deixando ainda mais ansiosa por sua resposta.

- eu ainda estou puto com tudo isso... eu odeio me sentir um otário, mas eu te amo e não consigo mais viver sem você na minha vida.

Suas palavras me acertam como uma flecha perfurando meu coração.

- eu não estou te fazendo de otário Théo, eu só queria que você me entendesse.... - seguro umas lágrimas que insistem em querer cair.

- você me ama Maya? Você me ama como um dia o amou? - sua pergunta me pega de surpresa.

- eu te amo muito, não quero comparar um amor com o outro e é com você que eu quero ficar. - falo sem desviar meu olhar.

- hoje é o nosso dia, quero que fique marcado com lembranças boas, vamos fazer desse dia o mais foda e especial que já tivemos certo?

- vamos sim. - abro um sorriso e relaxo ao constatar que estamos bem novamente.

Ele se aproxima e me dá um beijo rápido, arrastando o carro em seguida, dirigindo até o restaurante que fizemos reserva a dias atrás.

O jantar foi descontraído, e por alguns momentos eu deixei de pensar no jantar de aniversário da minha vó, eu preciso me concentrar no que estou vivendo agora, e a pessoa que esta em minha frente dando o máximo para me agradar merece toda minha atenção e dedicação.

No fim da noite ele me levou para seu apartamento, e foi tudo incrível como sempre, mas parece que falta algo, eu não conseguir me entregar completamente como antes, e me condeno por isso pois Théo merece toda minha entrega. Quando ele dormiu me envolvendo em seus braços eu chorei em silêncio pensando na merda que a minha vida poderá se transformar depois do jantar de sábado.