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quase todos da minha família já conhecia Théo, mas eu ainda inventava desculpas quando ele me convidava para me levar até a casa de seus pais, talvez por medo de não me tratarem bem, ou me rejeitarem e não me aceitarem como namorada do filho deles. A irmã dele eu não faço questão de ter aprovação, nem de ter qualquer tipo de aproximação, e Théo diz entender meus motivos em relaçao a Mariana.

hoje não tive como inventar desculpas para não aceitar seu convite de um jantar com sua família, enquanto ele dirige o carro me levando para casa de seus pais eu não paro de imaginar como serei recebida por eles, milhões de pensamentos passam pela minha cabeça me deixando tensa e nervosa.

Chegando na porta da casa Théo segura na minha mão me dando um pouco de segurança, respiro fundo e entro ao seu lado.

- você tá bem vida? Suas mãos estão geladas. - ele me olha preucupado.

Eu sinto medo de começar a ter uma crise de ansiedade.

- tô nervosa, mas vou ficar bem.

Lanço um sorriso tímido para ele que segura mais firme em minha mão.

- fica de boa, estarei sempre ao seu lado ok?

Balanço minha cabeça em concordância.

Chegando na sala avisto logo Mariana que chega perto de mim cheia de falsidade me cumprimentando, o pai de Théo vem com um sorriso sincero no rosto e aperta minha mão, já a mãe dele fica me fuzilando com os olhos, não me deixando dúvidas de quanto me odeia.

- boa noite senhora. - falo com educação.

Ela se aproxima olha para Théo o querendo dizer algo mas abre um sorriso falso.

- boa noite Maya, seja bem vinda.

Suas palavras soa tão forçado me fazendo constatar a quem Mariana puxou, mãe e filha são umas cobras.

O jantar foi rolando e eu contando as horas pra sair daquela casa, não me sentir bem apesar da recepção calorosa do pai de Théo, em nenhum momento me sentir a vontade, o clima pesado estava me fazendo mal.

Por um momento Théo se ausentou da sala onde estávamos conversando indo até seu quarto pegar algo e nesse poucos instantes a mãe dele se aproveita para destilar seu veneno.

- Meu filho demorou tanto para namorar sério com alguém e quando fez isso teve o dedo podre. - diz sarcástica.

- não fala isso Estela! Você prometeu ao seu filho. - o pai de Théo a repreende.

- eu concordo com a mamãe, não sei o que meu irmão viu em você Maya, me arrependi muito depois que passei pra ele seu contato. - fala irônica

- você deveria fazer essa pergunta pra ele querida, espera ele voltar que eu mesmo pergunto pode deixar.

Falo cheia de raiva, meus olhos começam a querer lacrimejar.

- desculpa Maya, me perdoe elas só falam besteiras. - seu Nelson fala demonstrando preucupação.

- eu estou bem senhor Nelson, antes de vim eu tomei o soro antiofídico, o veneno delas não me faz mal.

- olha o atrevimento dela mãe! - Mariana fala provocando.

- Cala a boca Mariana! - Théo aparece na sala a advertindo.

- agora sim poderemos conversar melhor, perguntem o que ele viu em mim, estou tão curiosa quanto vocês pra saber. - falo irônica.

Elas ficam em silêncio enquanto eu as encaro.

- que porra é essa? Eu conversei com a senhora mãe, Maya é minha namorada e quero que a respeitem e a tratem bem.

Ela me olha com desdenho, enquanto Mariana simula segurar um sorriso.

- que porra Mariana! Você é outra que só bota fogo, tá se divertindo? - Théo fala se exaltando.

- eu quero ir embora Théo, vai desculpando qualquer coisa seu Nelson, mas não irei ficar em um lugar que não sou bem vinda. - me levanto do sofá

- você é bem vinda na minha casa sim  Maya, não ligue para elas, eu gostei muito de te conhecer pessoalmente e fico feliz por meu filho está namorando uma garota tão autêntica como você. - seu Nelson diz me abraçando.

Fico em silêncio apenas balanço minha cabeça o entendendo.

- vocês duas me decepcionaram hoje, pow mariana que vacilo, conversarei com vocês depois, mas quero deixar claro que eu não faço questão da aprovação de vocês em relação ao meu namoro. - Théo diz segurando minha mão e me levando embora daquele lugar.

Não fiz questão de conquistar a sogra, pessoas assim quero manter longe de mim, não consigo ser falsa com ninguém e odeio falsidade. Mesmo estudando na mesma sala de Mariana e sendo sua cunhada não extreitamos o laço de amizade, me mantenho afastada e finjo não escutar suas provocações, mas já teve momentos que faltou pouquinho para eu torcer aquele pescoço de galinha dela.

Uma Eterna AprendizOnde histórias criam vida. Descubra agora