[…]
00:00am – "Era um momento silencioso e solitário, triste e agoniante. Taehyung não tinha certeza do dia seguinte, só queria que tudo acabasse da forma mais rápida. Ele só queria ver Eon bem e que não o odiasse..." – NarradoraCom uma caderneta e um lápis em mãos, Taehyung descrevia cada momento que passou nos últimos dias. Tais sentimentos confusos que lhe tomaram a face em expressões de dor e de alegria, não só por se lembrar da você ou de Eon, mas também de sua pequena família, de sua avó e de seu irmão pequeno. O médico havia tanto a dizer a eles, mas não tinha coragem, de contar a verdade por saber da dor que isso os causaria. "Me sinto um monstro", destacou em uma frase.
O médico estava deitado sobre o pequeno sofá de sua sala no hospital. Foi incapaz de ir para casa sabendo que não a encontraria lá, que não teria você para aquecer o outro lado da cama dele como fez noite passada. O inverno estava tão rigoroso que Taehyung sentia uma certa dependência, algo que ele sempre suportou muito bem sozinho durante anos, ainda que tivesse alguém por mera passagem ao seu lado... Ele não a via dessa forma, não agora enquanto pensava em você. "Talvez tenha sido flechado por um cupido?", perguntou a si mesmo e sorriu antes de responder: "um cupido bêbado" ao lado da pergunta. Não era errado se sentir daquele jeito, mas ao pensar em tantas maneiras que ele poderia lhe machucar, talvez a paixão de fato não fosse a maneira mais confortável em se expressar em tão pouco tempo. Taehyung também tinha medo de lhe perder, fato."Demorei um tempo para perceber o que estava tentando fazer. Minha mente pareceu voltar a funcionar aos poucos depois de me jogar de costas naquela piscina. O tempo parecia tão parado, meu coração tão vazio. Eu queria poder preenchê-lo com algo, conforto, carinho, esperança, verdade, não importava. Eu só queria algo para mim... Quando me joguei, não pensei em ninguém, não pensei em mim. Só queria fazer a dor passar, a dor do meu peito, a dor do meu estômago, a sensação de aperto me destruía por dentro e por pouco, não se preencheu com água, cheia de cloro. Eu estava procurando um fim? Não, um conforto, e ele não veio nos três primeiros dias, então eu repetia e repetia. Estava se tornando uma rotina. Sentir meu corpo flutuando, sem ligar para o gelo que minha pele ficava, depois de cada idiotice de me jogar naquela piscina. Na verdade, o frio acabava ficando e se tornando parte da minha dor, pouco mais suportável do que a lembrança e o sentimento que senti ao ver e rever Eon em minha mente, como um filme que continuava a se repetir. Fui um covarde por fugir, por me afastar dela e me refugiar em casa. E quando novamente pensei que fosse o fim, ouvi uma voz, baixa, sufocada pela água, e pensei nela, Eon?, não, não era ela, não era a minha irmã. A voz angelical que me chamou foi da garota mais improvável a estar ali naquele momento, mas estava, e por um segundo, não acreditei, e quando me dei por conta, era dela quem eu precisava, era a S/N quem eu mais queria naquele momento. E até então, meus sentimentos que eram apenas confusos e de pura agonia, se misturaram com os dela, que tantas vezes tentou me tirar dali, preocupada e assustada pelo o que eu estava fazendo.
S/N foi o anjo que me salvou e eu jamais pensei que olhar nos lindos olhos dela, veria novamente a garota histérica do trem. Naquele dia ela me odiava, com toda certeza do mundo e eu também, não a suportava. Ou será que só nao queria enxergar? Só sei que me apaixonei e foi então que meu coração preencheu e percebi que era hora de sair da piscina, que era hora de voltar a viver novamente.
S/N foi o anjo que me salvou… Ela é meu lindo anjo, apenas isso. E eu não quero magoa-la."
TH: Foi o que escreveu antes de soltar o lápis e levar a mão até a altura dos olhos, limpando as lágrimas que ousaram cair. Taehyung não queria mais chorar, ele apenas queria ser forte. E estar no hospital agora, significava ficar um pouco mais perto de sua irmã. A casa vazia não parecia ser o melhor ambiente para ele, que apenas se acomodou como pôde e tentou dormir um pouco, olhando para cada palavra que escreveu no pequeno caderno, esperando sonhar com seu lindo anjo durante aquela madrugada, mas tudo o que veio a sua mente foi um ambiente escuro e a dura solidão, que o fez se jogar de costas novamente, sentindo a água e todas as vezes que pensou em sair dela, algo o mantinha lá. Taehyung estava se afogando aos poucos em seu sonho, ele queria você, mas tudo o que veio a sua mente foi outro alguém, Namjoon. Não sabia porque ele estava lá, mas o maior apareceu em seu pior pesadelo para o atormentar, o fazendo se lembrar do passado e de tudo o que passaram… era um pesadelo, Taehyung estava tendo um pesadelo. Mas quando acordou, desnorteado e cansado, já era de manhã. A janela de sua sala acusava isso, e frustrado, se sentou e respirou um pouco mais aliviado por ter acordado, independentemente de ter sido apenas uma noite perdida, que lhe causou apenas uma dor na costa logo naquela manhã, antes de se levantar e pegar seu celular. Havia duas ligações destacadas na tela, e não eram suas e sim de Soo Min. O médico sabia que ela era o caminho mais fácil para encontrar Namjoon, e mesmo que tenha negado todas as ligações anteriores, por alguma razão, ela decidiu retornar. Talvez tivesse motivos melhores para isso, ou fosse apenas uma nova armadilha.
– Doutor? – Taehyung moveu sua atenção em direção a porta e franziu o cenho ao ver uma enfermeira, esta que trouxe consigo um copo de café preto em mãos, tão quente... – É para você, algumas pessoas estão sabendo que o senhor passou a noite aqui, então é bom se esquentar com algo. Espero que goste. – Ela foi bem atenciosa, embora não fosse necessário ter toda aquela sutileza. Os enfermeiros já faziam muito, mas não eram empregados, na verdade, eles eram muito mais do que isso, até mais do que os próprios médicos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
⊰ Save Me ⊱
Fiksi Penggemar⊱✿⊰ 𝐒𝐚𝐯𝐞 𝐌𝐞 - 𝐒𝐢𝐧𝐨𝐩𝐬𝐞 ⊱✿⊰ Taehyung não era um homem de muitas palavras, embora tenha escolhido uma profissão ao qual o contato social e as palavras que saiam de sua boca soassem relevantes e fundamentais às pessoas, a final, um médico n...