⊰ 𝐀 𝐩𝐫𝐨𝐩𝐨𝐬𝐭𝐚 ⊱

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14:30pm – Kim Namjoon

O arroxeado no pulso, a dor nas costas, o nariz escorrendo por conta dos espirros constantes em meio à tanta poeira, os olhos marejados, não pela dor, mas por sentir que perdeu novamente o que tinha de mais precioso, sua irmã. Era isso o que Namjoon sentia enquanto estava amarrado, dentro de um galpão onde dia pós dia, ouvia-se sussurros e barulhos que o faziam balançar de um lado para o outro, em busca de conseguir ajuda, mesmo que isso só servisse para fazer suas mãos doerem mais e mais, e o momento se tornar pior do que já estava.

O que ele temia apenas, era não sair dali vivo, se tornando incapaz de poder proteger sua irmã e sua sobrinha.

Namjoon não sabia exatamente a quantos dias estava ali. Já teria acordado dentro daquele lugar após ser levado por uns dois homens no hospital, antes mesmo de chegar à Soo Min. O que o fazia se perguntar se sua irmã estava bem, justo por ter ficado vulnerável após sua ausência. Isso justificou o seu medo, principalmente após a porta ser aberta com tremenda brutalidade, e ver um dos homens que o levou, caminhar até si e segurar com certa brutalidade, o forçando a se levantar daquela chão imundo e a caminhar. Foi nesse momento em que o maior pensou que iria morrer, e não poderia cumprir mais com a sua promessa, mesmo sendo satisfatório ver que desde o início, ele estava certo sobre uma coisa, que a velha do diabo estava envolvida em todo o esquema de seu sequestro. Ele se lembrava de quando começou a chamá-la assim, muito antes do Natal, e se empolgava só de lembra o quanto a sua irmã riu ao ouvi-lo dizer aquelas palavras, com tanto rancor e ódio. Mesmo sentimento que ele sentia agora, por estar cara a cara com ela, mais uma vez.

Sra. Min: Desgraçado! Se está aqui, onde está a minha neta?! – A sensação de alívio e dor no momento em que a mordaça foi retirada da boca de Namjoon, foi instantânea. Cuspindo a saliva que se acumulou em sua boca, próximo ao pé da Sra., que a sua frente, o amaldiçoou pela atitude nojenta – Não vai me responder?

NJ: O que a senhora quer que eu responda? Nem sabia que a minha sobrinha já tinha nascido… Ela é bonita como o tio? – O sorriso de Namjoon foi o motivo dela apenas cerrar os punhos e olhar para um dos homens, que mostrou a ele a arma em seu cós, uma tentativa de amedronta-lo, mesmo não dando muito certo. Namjoon continuou sorrindo de cara para o perigo. – Porque está fazendo isso? Eu só queria proteger a minha irmã.

Sra. Min: E eu a minha família! De você e daquela interesseira! O que também é uma troca muito justa depois do que você fez com o meu filho, seu desgraçado…! Deveria ter sumido com você há muito tempo, desde o dia em que me ameaçou. Mas eu deixei passar e até fui gentil com você e aquela garota. Só que agora é diferente, os papeis se inverteram. E agora não terei mais você e nem aquela garota no meu caminho…, mas antes, você vai me dizer onde está a minha neta! Você disse que tem pessoas que te ajudam. Então é melhor abrir a boca!

NJ: Esse discurso..., você está desesperada, não está? E essa desculpinha de merda? Se a minha sobrinha foi levada por alguém, a culpa é toda sua! E do seu filho que nem se quer sabe se defender sem envolver a mamãezinha no meio. Por isso ele é um mimadinho sem caráter nenhum! – Tudo o que Namjoon disse, foi o suficiente para ela erguer a mão e ver a arma sendo colocada sobre esta, passando a empunha-la na direção de Namjoon que se calou e engoliu em seco, após ver o cano da arma em direção ao seu rosto. O maior não se acovardou, mas temeu por sua família, caso ela puxasse o gatilho. Seria o fim dele e de tudo. – Você não vai fazer isso...

Sra. Min: Quer testar pra ver?! Ou me diz onde a minha neta estar, ou eu vou acabar com a sua vida e a da sua irmã! – Ele se viu encurralado, não sabia onde sua sobrinha estava ou o que ela seria capaz de fazer com a irmã, apenas fechando os olhos e desejando que aquilo acabasse logo. E assim como todos ali, Namjoon também se assustou ao ouvir o barulho de algumas caixas caírem ao longe, olhando em direção ao local, assim como os outros. – O que foi isso?

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