⊰ 𝐀𝐦𝐨𝐫 𝐝𝐞 𝐢𝐫𝐦ã𝐨 𝐈 ⊱

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"Breve é a loucura, longo o arrependimento". Uma vez disse Friedrich Schiller, encaixando tal pensamento ao ver uma sutil lágrima percorrer um breve caminho de lentidão e silêncio, enquanto se mantinha diante do que considerou uma completa loucura e arrogância, diante dos fatos impostos..." - Narradora.

Parecia ser exagero quando alguém simplesmente dizia que lhe ver com raiva era precisamente assustador, mas só o seu olhar fixo sobre Eon-jin, naquela manhã fria, enquanto estava frente à ela naquele terminal com poucas pessoas, curiosas diante do que estava acontecendo, entre uma cadeirante e a mulher de sobretudo preto. Era o suficiente para a garota se encolher diante da intimidação e do frio, e abaixar a cabeça, diante do que ouviu de você: "está muito encrencada...". Ela sabia que estava, por isso o silêncio e as lágrimas que ainda pioraram a situação. O rosto dela congelaria aos poucos se não saíssem dali. E teria de fazer isso rápido e de qualquer jeito.

JK: Eon! Sua louca! Como pode sair do hospital assim? Na verdade, como você conseguiu vir até aqui nesse estado?! Você ficou maluca?! Pode pegar uma hipotermia! - Seu irmão estava assustado, confuso e bastante preocupado. Ainda que a raiva também fosse um sentimento que aos poucos começava a surgir em meio à tantas outras, ao perceber que Eon-jin fugiria para outro lugar, sem se quer se importar com ele ou com o irmão, que há essa altura, também estava preocupado e louco para saber onde ela estava. E em meio à tantas perguntas, ela não tirava os olhos de você, assim como você dela, fazendo até mesmo seu irmão se calar ao encará-la, engolindo em seco antes de ir para trás da cadeira de rodas de Eon-jin, para empurrá-la até o carro, mas até nisso ele teve de esperar, após uma "ordem" sua. Na verdade, apenas um breve gesto de mão foi o suficiente para ele entender, lhe obedecendo sem hesitar.

S/N: Não quero saber como você chegou até aqui! E muito menos ouvir choro! A melhor coisa que você tem a fazer agora, é ficar calada de qualquer jeito. Porque não vou aceitar mais nenhuma das suas desculpas! Eu fui muito legal com você, e mesmo que não possa te deixar de castigo por que isso é um dever do seu irmão, serei franca em dizer que já chega dessa birra de criança mimada! Tenho um irmão mais novo, e sei bem lidar com certos tipos de situações. Essa coisa linda que está atrás de você também já me deu muito trabalho, mas nada comparado à uma palhaçada como essa Kim Eon-jin! Seu irmão deve estar louco agora. Então chega! Você vai voltar para aquele hospital, vai tomar todos os seus remédios e vai fazer a fisioterapia!... Certamente não sou sua irmã ou um parente próximo, mas sou médica! E todos os meus pacientes me obedecem também. E se você se quer é incapaz de obedecer o seu médico, sinto muito em informá-la que a partir de hoje você está sobre as minhas rédeas! E vai ter que segui-las, por bem ou por mal!... Espero ter sido muito bem clara Kim Eon-jin... Agora vamos para o carro, que você tem que voltar pro hospital o mais rápido possível! - Se virou de costas para os dois, que começaram a segui-la até o veículo, ouvindo baixo os murmúrios da menina, que voltava a chorar e falar o mesmo de sempre: "só queria ver minha avó", sem imaginar que veria, sem precisar ir tão longe para isso... - Não se preocupe! Você verá a sua avó! Quando eu não sei, mas vai ver... - Jungkook reclamou um pouco com você que se virou e olhou seriamente para ele. O garoto havia achado sua fala um pouco insensível diante da situação, mas não havia paciência que lhe restasse para se comover com Eon. - Escutem bem os dois! Não quero conversas! Não quero choro! E muito menos desculpas assim que a gente entrar nesse carro! Vocês me ouviram bem?! Conversa vai ter lá no hospital, mas aqui dentro não! E não ousem me desobedecer - Ditou brava com os dois e logo viu Jungkook ajudar Eon a entrar em seu carro, vendo ela se arrepiar pelo toque do garoto sobre sua pele fria, mas que logo esquentaria por causa do aquecedor, que ligou sem esperar por muito. Olhando seriamente para ambos, assim que Jungkook sentou bem ao lado dela, atencioso ao abraçá-la para aquece-la. Nem parecia o mesmo garoto que mais cedo sentia-se frustrado diante das mentiras e por ter se apaixonado pela garota... E por mais curioso e preocupado que seu irmão estivesse no momento, não via suas palavras com dureza. As atitudes infantis chegaram à um limite e Seo estava certa quando disse que já estava na hora de Taehyung resolver isso. Sentindo que esse momento havia chego. Principalmente depois de chegar ao hospital algumas horas depois.

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