⊰ 𝐂𝐚𝐬𝐨 𝐊𝐢𝐦 𝐃𝐚-𝐇𝐲𝐮𝐧 𝐈𝐈 ⊱

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… Ainda que tudo parecesse estar fora de contexto, algo maior do que qualquer ignorância humana estava a acontecer, algo sentimental demais, que a causava um breve desconforto, angústia. Seu peito doía, e a vontade de fazer algo era maior do que qualquer coisa, mas não podia fazer nada, além de apenas esperar..., esperar e ver no que iria dar.

Soo Min não sabia como se controlar, ela chorava baixo enquanto consolava a própria filha, ao sentir o cheiro, o carinho e amor, que por muito tempo ficou impedida dar a ela por causa do medo e das suas inseguranças pessoais. O que ainda a machucava muito, por saber que logo sua pequena não estaria mais em seus braços outra vez, embora o choro dela também tivesse outro significado, saber que sua filha não a rejeitou, mesmo depois de tantos dias longe uma da outra. Foi a sensação mais significativa desta noite, após Soo Min amamenta-la e reestabelecer com ela uma conexão que se criou desde o dia do nascimento da pequena Min-ji, algo que só ela podia sentir e entender. E momento ou outro, ela buscava consolo, olhando para você ou para seu irmão, que distante, continuava a se manter calado, assim como você e Seo. Sabiam que aquele momento era somente dela.

SM: Que droga de mãe eu sou se não posso nem protegê-la? – Soo Min disse com a voz embargada, enquanto olhava para o rosto de sua bebê, admirando cada detalhe do rostinho de sua pequena. – Como eu posso fazer isso se tenho que fugir e me esconder de qualquer jeito? Eu sinto medo… por ela...

S/N: Não é culpa sua e nunca vai ser. Aquelas pessoas são criminosas, fazem tudo pelo dinheiro e pela ganância... Ainda há pessoas que acreditam que só tem problemas desse tipo quando se envolvem em política, mas está em todo lugar. Só não sabemos em quem confiar… Então não se culpe por não poder fazer isso agora, sua filha está bem, você está bem, e é só isso o que importa. – Soo Min olhou para você e esboçou um sorriso gentil, antes de limpar uma lágrima que caiu por seu rosto e voltar a olhar para sua filha, que voltou a dormir depois de um tempo.

SM: Obrigada…, pelo o que fez, obrigada… A vocês duas! Não sei o que teria acontecido se não tivessem me ajudado. – "O pior", foi o que pensou naquele momento ao se virar para Seo, que se mantinha neutra diante da situação, esperando ver como seu irmão estava reagindo também, mas Jungkook não estava mais ali.

S/N: Cadê o meu irmão? – Seo olhou em direção a porta e em seguida para Namjoon, que arqueou uma sobrancelha inquieto. Ele não teria dito nada, mas mesmo assim, Jungkook ficou incomodado e se foi, mesmo receoso em deixá-las na presença dos irmão Kim, ou mais precisamente de Namjoon.

SW: Ele foi esperar no carro… – Seo foi breve com você, que também olhou para Namjoon, mas logo abaixou o olhar ao perceber que ele continuava a lhe observar, dessa vez sem a intensidade de antes. O maior teria percebido o seu desconforto diante da própria falta de ética, tendo um pouco mais de respeito com você e com Seo também. Ainda que a médica estivesse à um passo de lhe puxar para irem embora dali.

SM: Como você a chama? Sendo sincera eu não fui capaz nem de escolher um nome para a minha filha antes dela nascer. Pensei em Areum, embora o Yoongi tenha escolhido Min-ji… Não acredito que nem mesmo nisso eu fui capaz de fazer por ela. – Vê-la dizer palavras tão duras a deixou um pouco triste. Por muitas vezes se questionou se seria uma boa mãe e se preocupou com o futuro. E depois de cuidar de Min-ji, percebeu que ser alguém bom de verdade, ia além do que normalmente cogitamos ao pensar na frase "ser mãe". A dádiva disso está dentro de cada um, de cada pessoa que traz uma vida para um mundo tão cheio de maldade ao qual vivemos, e até mesmo pensar sobre isso, nos faz parecer egoístas…

S/N: Você está fazendo sacrifícios pessoais para proteger ela, isso não é suficiente para você? Se tratar assim por não ter pensado em um nome não é de grande feito. No início eu também pensava assim, mas são coisas que podemos ter o controle com o tempo, então não se cobre por isso. Jamais diga que não está sendo uma boa mãe por conta disso... E além do mais, dizem que um nome especial é aquele em que a própria criança aceita ao ser ouvida, então faça isso com a sua filha, quem sabe ela não gosta do nome que escolheu ao invés do outro… Areum é um nome bonito.

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