Por Um Acaso.

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Gabriella 🍯

Cheguei aqui no rio de janeiro de madrugada e vim direto para a pousada que eu vou ficar durante esses dias,agora já são 8:00 horas da manhã e eu estou sentada na varanda do quarto olhando a vista linda daqui.

Já tinha tomado café e estava nesse quarto sem fazer nada, então decidi ir andar pelas ruas do famoso RJ,como eu já estava arrumada só fiz pegar meu celular e meu cartão e saí do quarto. Chamei o elevador e apertei no botão para ir pro primeiro andar.

Dei bom dia para algumas pessoas que trabalham aqui e fui saindo,até senti algo bater em mim.

Xxx: desculpa- falou

Gabriella: tudo bem- saindo andando sem olhar para trás.

Entrei em uma cafeteria e decidi chamar um Uber,sim,eu entrei em uma cafeteria só para chamar um Uber. Vai que eu seja assaltada? Não é nenhum tipo de racismo ou preconceito com aqui,mas vai que, né? E eu sou uma pessoa totalmente sem sorte também.

Xxx: bom dia, posso te ajudar? - uma moça que parecia trabalhar aqui veio até mim e me perguntou.

Gabriella: bom dia - sorri para ela e fiquei pensando em que eu ia falar pra ela,eu não iria falar que entrei aqui só para pedir um Uber- eu tô esperando uma amiga minha,mas ela acabou de mandar mensagem falando que não vai dar mais para vir.

Falei a primeira coisa que veio na minha mente e parece que ela acreditou.

Xxx: ah, entendi. mas você ainda vai ficar aqui? tem uma mesa vaga lá atrás.

Gabriella: não,já vou indo,mas obrigada - sorri pra ela e saí dali.

Quem é a retardada que entra em uma cafeteria só para pedir um Uber? Só eu mesmo,vi que um carro parou do meu lado, olhei a placa e entrei dentro do mesmo. Pedi para o motorista me deixar na praia de Copacabana.

....

Passei a manhã toda andando e até almocei na rua,quando foi 13:00 cheguei no hotel e fui tomar meu banho,pois ainda tinha que sair para ver as casas.

Tomei um banho daqueles,lavei meu cabelo e fui finalizar ele,tava pensando em por minhas tranças de novo, saudades.

Depois de sair do banheiro,me arrumei, peguei minhas coisas e saí do hotel. Olhei as horas e já era 14: 00,tá marcado para eu ver a primeira casa às 14:30 então tá de boa.

....

Já estava morrendo de dor de cabeça, acabei de olhar a segunda casa e ainda falta uma , até agora só gostei um pouco da primeira casa, mas ela só tinha um quarto.

Apesar de que só vai morar eu,eu não quero uma casa TÃO pequena,tem que ser média. No máximo dois quartos,se não onde eu vou guardar minhas coisas?

Entrei dentro do carro,passei o endereço para o moço e lá vou eu olhar mais uma casa.

José: chegamos, moça - avisou assim que chegamos no local.

Gabriella: obrigada,seu José - sorri para o mesmo - o senhor vai me esperar, né?

José: sim,vou ficar do outro lado da rua. - concordei e sai andando.

Ele tá comigo desde que eu estou olhando a primeira casa e fica me esperando,claro que vou pagar ele a mais. Mas eu sei que o valor que vou pagar a ele vai sair mais barato do que se eu tivesse pegado de um em um .

Vi que já tinha uma mulher esperando em frente ao apartamento. É um apartamento simples, nada de mais.

Ele fica em uma  rua antes da entrada de um morro,se eu não me engano é o morro da Rocinha.

Ana: boa tarde,sou a Ana. Você é a Gabriella, certo? -deu dois beijos na minha bochecha

Gabriella: boa tarde,sou eu sim- cumprimentei ela.

Ana: vamos entrar,a casa fica no 6° andar.

Cumprimentamos o porteiro e fomos para o elevador ,ela foi me falando como era a casa até chegarmos no 6° andar. Achei ela simpática,era diferente dos outros donos.

Ana: fique à vontade - falou enquanto abria a porta.

A casa era simples, porém linda. Tinha uma sala, uma cozinha,dois quartos sendo um com suíte e um banheiro, tinha até uma varandinha que dava pra ver um pouco do morro.

A sala e a cozinha eram divididas por um balcão ,e na cozinha já tinha um armário suspenso na parte de cima da parede e na parte de baixo. As paredes estavam todas pintadas de branco,sem nenhum risquinho.

Achei a coisa mais linda e já estava me imaginando morando ali.

Ana: e aí,o que achou? - perguntou sorrindo, enquanto me olhava.

Gabriella: achei a coisa mais linda,do jeitinho que eu imaginava e até mesmo um pouco mais - falei sorrindo.

Ana: que bom,vai querer alugar ela mesmo?

Gabriella: sim. As contas dela já estão todas  pagas, né? tipo,sem nenhum atraso ou algo do tipo?

Ana: sim,estão todas pagas. Pode ficar despreocupada em relação a isso,está tudo certinho.

Ficamos resolvendo as outras coisas ali e conversando. Até o celular dela tocar.

Ana: o que foi, Beatriz? - silêncio - eu já estou indo pra casa,tô terminando de resolver os negócios aqui com a menina - silêncio - você e seu irmão parece duas crianças,nunca vi. não sabem ficar sem brigar por um segundo ,não?- silêncio - tá certo, Beatriz,vou desligar.

Ana: só Deus viu, menina? Deus me livre. - comecei a rir

Gabriella: eles tem quantos anos já? - perguntei enquanto a gente saia de dentro da casa.

Ana: um tem 26 e a outra 15,mas parece duas crianças,vivem arengando com outro.

Gabriella: entendi -falei entrando no elevador com ela.

Ana: não queira ter filhos,só dão dor de cabeça. Amo meus filhos,mas Deus me livre.

Gabriella: pode deixar - ri sem graça - acho que não vou ter tão cedo. Tenho que ir,podemos  nos falando pelo whatsapp?

Ana: claro que sim - sorriu-  tchau - me abraçou.

Atravessei a rua e entrei dentro do carro,falei para o seu José me deixar na pousada e deitei minha cabeça na janela do carro.

Paguei o dinheiro a ele e entrei no hotel,subi direto pro meu quarto, tomei um banho e fui olhar a hora,já era 18:00. Deitei e dormir rapidinho.

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