Por Um Acaso.

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Olhei pra cara dela e peguei meu celular para sair dali logo,quando eu ia passar perto dela o Ricardo entrou em sua frente e me deu um sorriso debochado. E falou baixinho:

Ricardo: a gente se encontra por ai- piscou o olho.

Eu ia rebater aquilo,não sou de levar desaforo pra casa. Só que eu estava cansada,com vontade de chorar e se eu fosse contrariar ele era pior ,ia chorar e era capaz dele fazer alguma coisa comigo.

Apenas dei uma última encarada nela e sai dali segurando o choro,eu não ia chorar na frente dela e muito menos na frente dele.

Sai andando por aquelas ruas,eu precisava respirar,estava sentindo a falta de ar me consumindo. A casa dela não é muito longe da minha, é só uns 3 quarteirões depois.

Então eu só sair correndo por ali,até trombar em alguém.

Bruna: Gabi? Tá tudo bem? - tentou me tocar,mas eu empurrei a mão dela.

Gabriella: saí da minha frente,por favor - falei com a voz embargada por segurar o choro.

Victoria: vem Bruna, deixa ela.

Bruna: não Victoria, você não tá vendo que ela não tá bem?

Victoria: ela não quer a sua ajuda,vamos logo embora.

Tentei passar mas a Bruna pegou no meu braço,me afastei dela e ela olhou pra mim com um olhar triste e sussurrou:

Bruna:  por favor,me perdoa.

Apenas passei por ela rápido não aguentando segurar o choro,senti minhas lágrimas descendo e por mais que eu tentasse limpar elas desciam de novo. 

Logo cheguei em casa e fechei a porta com tudo, sentei no sofá e comecei a tentar controlar minha respiração e o choro assim como a psicóloga me ensinou. Depois de alguns minutos consegui controlar e fui beber água.

Minha raiva pelo Ricardo só aumentou,ele pode ter certeza absoluta que ele vai me pagar por tudo que fez comigo.

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