𝟑𝟑. 𝐌𝐲 𝐥𝐢𝐭𝐭𝐥𝐞 𝐨𝐧𝐞.

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Abro os olhos sentindo um carinho em minha perna. Eu estava praticamente jogada em cima dele e ele não parecia se importar nenhum pouco. Quando olho para o mesmo, ele já olhava para mim e sorrio.

— Quanto tempo dormimos?

— Umas seis horas. — diz e tenho que rir impressionada. — Acabei de acordar e vi que são duas da madrugada.

Penso em pegar o celular para ver se minha mãe estava bem ou se precisavam de mim, mas a casa estava cheia e eu voltaria logo pela manhã porque sei que se voltasse agora eles me expulsariam para voltar a ficar com Drew.

— E... Eu li sua carta.

Escondo meu rosto em seu pescoço e solto um gritinho envergonhado. Eu odiava que liam o que eu escrevia, mas qual seria o sentido de escrever aquela carta para que ele não lesse?

— Muito boba?

— Não. — Drew me faz olha-lo nos olhos. — Foi a carta mais incrível que eu já li.

Sorrio e ele me beija nos lábios.

— E eu tô fazendo uma também... Na minha cabeça, mas não espere por ela tão rápido porque sou péssimo em colocar os sentimentos no papel, mas quero corresponder ela.

Como eu quase perdi ele? Como fui trouxa de pensar que eu poderia ficar sem esse urso gigante?

— Eu te amo. — tenho que dizer. — E... Sabia que meus avós me mandavam cartas quando eram vivos? Nós tinhamos contato pelo celular, mas era tão legal escrever, comprar os selos e... — dou risada me lembrando daquela época. — meu avô me deu um carimbo do Harry Potter igual o dele então brincavamos que eram nossas cartas de Hogwarts. — suspiro. — Depois que eles morreram, nunca mais recebi cartas e perdi meu carimbo. Era dourado e de edição especial, então nunca mais achei pra comprar.

— Pode escrever cartas pra mim.

Dou risada sem deixar de sorrir quando olho para seus olhos que cintilavam.

— É sério. Eu adoro ler, parece que estou te vendo na minha frente dizendo tudo o que escreve. E, eu quero que volte a fazer isso já que gostava. Assim posso aprender a corresponder. — Drew fala empolgado e sinto um nó na garganta.

— Obrigada. — sussurro baixo.

Ele sussurra um "não tem de que" mordendo minha orelha. Logo em seguida sinto ele prestar atenção em suas mãos que tocavam minha barriga em direção as costelas.

— Hay, você anda se alimentando? — pergunta aleatóriamente. — É que você vomitou sangue hoje cedo e eu fiquei muito preocupado. E, você parece um pouco mais magra. — semicerro os olhos. — Não, não, você está linda Hay. Linda como sempre e perfeita. — ele se corrige e dou risada. — Mas, só estou preocupado.

Não. Eu não estava me alimentando, quem dira bem. Eu só comia quando minha mãe me obrigava a fazer compania a ela ou quando o doutor Mark mandava uma enfermeira me trazer um sanduiche porque parecia que eu ia desmaiar. E, eu também não estava me achando atraente. Eu estava me sentindo um lixo todo esse tempo depois que vi Anna com meus próprios olhos e soube que ela já namorou Drew. Toda a preocupação mais isso me tiraram o apetite.

— Ei. — Drew me chama e percebo que não o respondi. — Só perguntei porque estou preocupado com sua saúde amor. Mas, você é a mulher mais linda desse mundo. — Drew me beija e dou uma risada levemente debochada. — Não ria quando eu digo isso. É sério, você é perfeita.

𝐘𝐨𝐮𝐫 𝐒𝐞𝐜𝐫𝐞𝐭 𝐃𝐞𝐬𝐢𝐫𝐞𝐬 - 𝐃𝐫𝐞𝐰 𝐒𝐭𝐚𝐫𝐤𝐞𝐲 Onde histórias criam vida. Descubra agora