Os chuviscos frios penetravam em minha pele enquanto olhávamos as palmeiras balançarem com o vento forte da noite.
- Me conte seus desejos secretos, Drew.
Ele curva um dos cantos da boca em um pequeno sorriso espiando a chuva aumentar lá fora.
- São...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
— Moço, o senhor deve estar me confundindo, eu sou noiva do Drew...
Ele me interrompe com uma risada sarcástica e o olho sem acreditar no desaforo, levando uma mão à cintura. Eu já estava a 20 minutos tentando provar que eu era noiva de Drew. Belo dia para esquecer o crachá.
— Todas dizem isso. Vamos logo garota, se não sair agora terei que chamar os seguranças.
Esse cara só podia ser novo aqui. Olho mais à frente e vejo Drew vindo até nós sem entender a confusão. Então o homem grita:
— Vai logo garota eu já perdi a paciência porra!
Antes que eu possa abrir a boca ele pega em meu braço com muita força e vai me empurrando como se eu fosse um saco de lixo, cutucando com muita força minhas costelas. Mesmo eu tentando me soltar, ele só me apertava mais e eu sabia que ficaria roxo ali.
— EI!
Olho para trás e vejo Drew o arrancando de perto de mim e o segurando com força, com um olhar ameaçador.
— Tá maluco? — ele pergunta com raiva. — Ela é minha esposa.
E antes que alguém falasse algo, Drew da um soco no cara que me arranca um gritinho de surpresa.
— Drew! — tento ir até ele, mas ele leva uma mão à frente me dizendo pra parar aonde eu estou.
Olho para o meu braço e vejo as marcas de dedos ficarem quase roxas de tanto que doíam.
— Caí fora daqui. — Drew o empurra e o cara sai bufando e arrumando a camisa. — Idiota... — Drew se vira pra mim e vem me examinar. — Olha só a merda que ele fez. Eu deveria soca-lo mais até ele aprender.
— E sua ficha nos sets ficaria suja. Esqueça isso, você já resolveu. Aposto que depois desse soco ele não esquecerá tão fácil.— digo porque sei que se Drew não se acalmar ele socaria esse homem até a morte.
— Tá roxo, amor. — ele olha melhor para o meu braço, respirando fundo de raiva.
— Ei — o chamo, o puxando para perto pra que ele não vá atrás do cara. — Está tudo bem. Cadê meu beijo, esposo? — brinco por ele ter me chamado de esposa. Estava tão perto de ser real.
Drew segura minha cintura e me beija demoradamente.
— Vem comigo, vamos cuidar disso aí. — ele pega em minha mão e beija a lateral da minha cabeça. — E eu vou cuidar pra que ele seja demitido.
Eu não faria nada sobre isso. O cara, claramente, não sabe trabalhar no ramo. Mesmo se eu não fosse noiva do Drew, ele teria machucado outra pessoa e nenhum outro segurança me tratou assim antes. Se era novo aqui, pedia identificação e me liberava, mas nunca tocaram em mim.
Entramos no camarim de Drew e ele vai direto para o frigobar indo atrás de gelo enquanto me sento no sofá, cansada com o dia e a situação. O dia no trabalho hoje foi extremamente cansativo e ser esmagada com os dedos de alguém não era o que eu chamava de relaxar.
