𝐘𝐨𝐮𝐫 𝐒𝐞𝐜𝐫𝐞𝐭 𝐃𝐞𝐬𝐢𝐫𝐞𝐬 - 𝐃𝐫𝐞𝐰 𝐒𝐭𝐚𝐫𝐤𝐞𝐲

𝟑𝟏. 𝐒𝐞𝐠𝐫𝐞𝐝𝐨𝐬 𝐧𝐚̃𝐨 𝐭𝐚̃𝐨 𝐬𝐞𝐜𝐫𝐞𝐭𝐨𝐬 𝟐

Eu odiava dirigir na chuva. Era como um pesadelo pra mim, dirigir na chuva e aquela hora da noite com tanta coisa na cabeça. Eu não sabia se ia direto para o hospital ou pra casa e o que mais estava me perturbando até agora era meu celular que não parava de tocar.

Era Drew.

— Até parece que eu vou te atender Sr. estou casado mas não te contei. — xingo para o meu celular e volto a prestar atenção na estrada.

Solto um gritinho irritado quando o celular toca outra vez, mas não era Drew. Pego imediatamente, colocando-o em meu colo para atender, pois poderia ser importante agora.

— Alô?

— Hayden, pelo amor de Deus onde você tá?

Bufo, mordendo minha bochecha interior com força.

— Não. — minha voz é fraca, mas não sinto mais vontade de chorar naquele momento porque minha tristeza agora era outra e eu não poderia mais perder tempo com ele. Nem mais um segundo.

— Amor por favor, eu não sei o que fazer sem você. Eu sinto muito por deixar você sozinha depois que a gente brigou, mas eu não sabia o que fazer e...

— Adeus, Drew.

Desligo o celular e minhas mãos apertam forte o volante. Agora sim, no silêncio dentro do carro com meus mil pensamentos e com essas duas palavras soltas de minha garganta que lágrimas quentes começam a rolar sem parar pelo meu rosto, enxarcando até mesmo minha calça.

— Como você pode ser tão idiota...

Não entendo bem se estou falando de mim ou de Drew, mas de qualquer modo isso é doloroso. Eu amei Drew mais do que amei qualquer um, até mesmo Logan. Até mesmo ele no qual fui apaixonada mesmo quando me mal tratava.

Aumento a velocidade quando entro na minha antiga rua e logo estou parada em frente a minha casa a qual fazia anos que eu não visitava. Não sei porquê mas sempre que queria ver minha mãe, sempre viajavamos, ou ela vinha na nossa casa, mas eu evitava voltar a casa onde passei minha infância e adolescencia.

As luzes da sala estavam acesas então foi a melhor escolha não ir para o hospital de imediato.

Abro a porta em disparo e sinto meu corpo congelar com o vento e a chuva fria de Chicago. Eu ainda estava com a mesma roupa de mais cedo, não havia pensado que aqui estaria frio e agora estou congelando e me molhando inteira, mas não importa. Corro até a porta e pego a chave reserva que ficava de baixo do gnomo verde da entrada para abrir a porta.

— Mãe? — grito por ela enquanto entrava. — Mãe a senhora está ai?

— Hayden?

Olho para a sala, assustada, vendo minha irmã ali.

— Kiera?

A olho de cima a baixo, vendo que ela estava vestida de pijama, com olheiras enormes abaixo dos olhos. Estava péssima e... E estava aqui.

— Onde está a mamãe? — pergunto sentindo raiva.

— No quarto. — ela cruza os braços insegura. — Paul está lá conversando com ela.

— Paul? — pergunto sem entender. — O senhor Paul? Nosso vizinho e nosso ex professor de química?

— Sim.