𝟏𝟗. 𝐉𝐚𝐧𝐭𝐚𝐫 𝐚 𝐦𝐨𝐝𝐚 𝐚𝐧𝐭𝐢𝐠𝐚.

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Drew parecia meio emburrado e eu não conseguia saber se era pelo fato de estar um calor infernal ou outra coisa

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Drew parecia meio emburrado e eu não conseguia saber se era pelo fato de estar um calor infernal ou outra coisa. Ele olhava para a paisagem e para o espelhinho do carro o tempo todo com uma cara amarrada.

Penso em dizer algo como: Nunca pegou um táxi antes ou relaxa não estamos sendo sequestrados. Mas, Drew se remexe desconfortável e olha pra mim com o maxilar apertado.

— Hay por Deus... — Drew segura no início do decote da minha regata e puxa um pouco para cima tentando falhamente fazer com que a regata magicamente se torne uma camisa gola alta.

Ahhh agora eu entendi.

Seguro a vontade de rir ao juntar as peças. Drew estava com raiva de como tivémos que pegar esse táxi. Foi tão difícil achar um que parasse para nós que eu tive que apelar para o decote da regata e o cabelo solto, e foi assim que entramos nesse táxi de um cara bem peculiar que procurei ao máximo não encarar pelo espelhinho já que Drew estava fazendo isso o tempo todo por mim.

— Estou sentada atrás do homem, não tem como ele ver muita coisa pelo espelhinho a não ser sua cara. —cochicho para Drew, cruzando os braços.

— Haaay... — ele meio que choraminga e percebo que não deveria ter cruzado os braços.

Drew com ciúmes era engraçado. Ele ficava vermelho e seus olhos brilhavam mais que o comum com certa raiva enquanto ele mexia demais a boca com muita inquietação.

Paro para admirar a nova paisagem que passa pela janela. Antes a paisagem seca e desértica da estrada me deixou até um pouco deprimida, mas agora com a pastagem verde e as árvores enormes se aproximando eu ficava mais tranquila, pois memórias reconfortantes desse lugar me invadiram.

Então a estrada de terra aparece, dando espaço para a entrada de tijolinhos brancos, cercada por arbustos e árvores verdes. Ali estava o enorme portão de aço escuro no meio de duas colunas gigantes de cor meio amarelada pelo tempo, mas ainda continuava do mesmo jeito que eu me lembrava.

— É aqui mesmo. — aviso ainda admirando a entrada.

— Aqui. — Drew entrega algumas notas para o homem barbudo e enfim podemos sair do carro.

Sorrio andando até o portão, me esquecendo totalmente de quem estava a minha volta ou quem eu encontraria lá dentro. Toco o pequeno letreiro colado ao gesso, ao lado do portão e aperto os lábios.

— Cheguei vovô, me deseje sorte. —sussurro tocando seu nome e um vento forte bagunça meus cabelos.

— Alguém vai nos receber?

Olho para Drew atrás de mim carregando nossas malas e sei que eu seria uma tola de ir ajudar, ele não deixaria nem morto.

— Antigamente era só abrirmos o portão, mas depois que meu pai veio pra cá, certeza que tem algum sistema de segurança. — digo indo mais uma vez até o portão. — Um portão sem cadeado.

𝐘𝐨𝐮𝐫 𝐒𝐞𝐜𝐫𝐞𝐭 𝐃𝐞𝐬𝐢𝐫𝐞𝐬 - 𝐃𝐫𝐞𝐰 𝐒𝐭𝐚𝐫𝐤𝐞𝐲 Onde histórias criam vida. Descubra agora