Os chuviscos frios penetravam em minha pele enquanto olhávamos as palmeiras balançarem com o vento forte da noite.
- Me conte seus desejos secretos, Drew.
Ele curva um dos cantos da boca em um pequeno sorriso espiando a chuva aumentar lá fora.
- São...
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Acordo com uma dor de cabeça insuportável.
De imediato olho para o lado e me sinto aliviada por ver que só tinha travesseiros ali e não um homem pelado.
Então sou tomada por flashs da noite anterior. Só consigo me lembrar de me sentar no colo do cara da jaqueta e deixar que ele me beijasse e — na verdade — eu estava gostando, mas estava bêbada. Por Deus eu bebi vodca com whisky?
Solto um gritinho apavorado e corro para fora do meu quarto dando de cara com o peito musculoso de Luke.
— Inferno Hayden! Pare de gritar, você quer me matar? — Ele reclama segurando meus ombros.
— Luke, por tudo o que é mais sagrado, o que eu fiz ontem a noite? — Meu desespero é evidente quando ele olha nos meus olhos.
Ele olha para o teto pensando.
— Subiu em cima do bar e começou a dançar Oops I Did Again, usou a barra de polidance, fez uma tatuagem e pilotou a moto de um cara de jaqueta preta e ainda prometeu ir a uma festa com um velho a procura de uma moça como você para satisfazer suas necessidades de meia idade.
Meus olhos se arregalam tanto que podiam ser comparados como dois pratos.
— Isso é sério?
— Hm... A parte do velhinho eu tava zuando.
Dou risada. Mas não porquê eu estava achando graça e sim porque eu estava a ponto de me matar.
— Por que diabos você não me impediu? — Me aproximo dele perigosamente enquanto tento não botar as mãos em seu pescoço e asfixia-lo.
Luke leva as duas mãos gigantes a frente do corpo.
— Wow calma lá, eu estava mais bêbado que você e só sei de tudo porque eu gravei quase todos os nossos momentos de ontem, para me lembrar do que eu fiz, porque a senhorita aqui disse que não precisávamos se preocupar pois não beberia.
Engulo em seco.
— Ah maravilha! — Digo para não soltar os inúmeros palavrões que eu gostaria de estar soltando.
Pego o celular de Luke no bolso de seu shorts e digito a senha que era a coisa mais imbecil do mundo: A data de seu aniversário.
Então vejo tudo. Todas as merdas que eu fiz. Eu dançando que nem uma louca e todos com as câmeras apontadas para mim, eu dando risada ao derramar "sem querer" vodca barata em mim, o cara da jaqueta tentando me fazer parar... Espera! Ele estava realmente preocupado?
— Não!
Cubro minha boca com a mão ao ver eu o levando para o estúdio de tatuagem do outro lado da rua. Luke me ajudava a escolher o desenho e estava tão louco que disse para eu tatuar um círculo e eu estava mais louca ainda porque mandei desenhar um cigarro.
