Lis é uma das mais renomadas advogadas de sua cidade, com éticas de trabalho pessoais que conquistou a confiança de seus clientes, junto de seus outros quatro irmãos advogados. Mas alguns deles parecem não mais compartilhar das mesmas opiniões. Uma...
Com os primeiros raios de sol passando pela janela aberta abri os olhos e encontrei Rain enroscado em mim.
Um de seus braços estavam por baixo de mim, o outro segurando minha cintura, como se tivesse medo que eu escorregasse entre seus dedos. Uma das pernas estava entre as minhas, e seu nariz estava no meu cabelo. Eu sentia completamente seu corpo forte às minhas costas. Era uma sensação boa acordar assim.
Fiquei pensando nas palavras de Rain do dia anterior. Ele dizendo que estava apaixonado. De alguma forma esse fato me deixava contente. Aquecia algo em mim.
Mas também me dava medo. Medo de decepcioná-lo se caso eu não conseguisse mais me apaixonar na vida. Ou confiar o suficiente em mim para um relacionamento.
O que era então que eu sentia por ele ? Eu não sabia. Porque eu me sentia bem demais. Eu queria tê-lo por perto. Sentia saudade. Cheguei a conclusão de que eu gostava de Rain. Gostava mesmo. Mas era como estar apaixonada? Eu achava que não.
Bem, de qualquer forma quanto mais eu pensasse sobre isso, mais ficaria tudo confuso. Então só deixei que as palavras de Rain flutuassem através de mim, para além.
Tentei sair dos braços dele sem que o acordasse, mas não deu certo. Rain abriu os olhos e piscou algumas vezes.
- Bom dia lindo - falei sorrindo.
- Eu gosto da parte do lindo - disse ele colocando o braço sobre os olhos. - Bom dia minha-flor.
Me virei e beijei Rain na bochecha. Em seguida perto do olho. E depois no canto da boca que era encoberto pela barba, surpreendentemente macia.
- Café da manhã? - perguntei, empurrando o lençol que nos cobríamos para longe.
- Me deixe fazer o café para você hoje - murmurou, afastando o braço dos olhos para me encarar.
- Tudo bem.
Sai da cama, completamente nua, sentindo o olhar fixo de Rain nas minhas costas.
- Não seja tão pervertido - brinquei, olhando por cima do ombro.
Ele se esparramou mais na cama, e sua risada gostosa me acompanhou até o banheiro.
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Depois de um banho morno e um café da manhã, como sempre maravilhoso, preparado por Rain, ele me levou a uma loja minúscula para comprar um biquíni porque aparentemente os meus eram muito chatos e sem graça.
- Aqueles já estão ultrapassado - disse ele ao entrarmos na loja com coisas praianas, abarrotada de opções com a chegada do verão algumas semanas antes. - Você precisa de algo muito mais bonito, para deixá-la ainda mais linda.
Virei o rosto para disfarçar o que aquele elogio fez comigo. O quanto derreteu meu coração.
- Ultrapassado? - respondi, esquadrinhando a loja para encontrar as araras de biquíni. - Comprei no início do verão.
