Capítulo 25 🌹

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Quando pisamos na rua a noite já se fazia presente havia muito.

O céu estava maravilhosamente estrelado com algumas nuvens localizadas aqui e ali, e a lua, como um enorme globo prateado, brilhava alegremente na imensidão azul escuro.

Apesar dos meus pés e pernas doloridos eu ainda sentia a energia correr por todo o meu corpo.

Los Angeles era ainda mais bonita de noite. Os prédios ao nosso redor brilhava com luzes coloridas ou piscantes em letreiros de restaurantes ou casa de shows.

O vento fustigante de outono soprava ao nosso redor, com cheiro de terra molhada, balançando meus cabelos, assim como os de Rain, ao redor de nossos rostos.

- Acho que vai chover - comentei, observando ao redor, a rua movimentada abaixo com carros e pedestres.

Rain elevou o rosto pro céu.

- Melhor nos apressarmos então - disse. Mas ele não se moveu. Seus dedos deslizaram o zíper da bolsinha de couro, de lá de dentro ele tirou uma câmera média e reluzente.

Rain tirou as proteções das lentes e as enfiou nos bolsos do Jeans, então aproximou do rosto e os cliques suaves do botão foram silenciados em meio a buzinas e falatórios.

Muitas fotos foram feitas do céu e da luz cheia. Qualquer um que via poderia imaginar que era fácil. Era só apertar um botão. Mas eu sabia que não era. Rain parecia esperar pelo timing perfeito para capturar o momento.

Ele baixou a câmera e fotografou a rua abaixo, e depois virou-a na minha direção.

Dei um passo pro lado involuntariamente. Tirou a câmera da frente dos olhos para me olhar, franziu a testa. Contrariado abaixou-se, ficando quase de cócoras e apontou a câmera pra cima, ainda para mim.

Arregalei os olhos.

- O que está fazendo ?

Ajustou a lente e seu dedo apertou o botão.

- Tirando fotos - respondeu com simplicidade.

Revirei os olhos.

- Ah serio ? Achei que a câmera era só para chamar atenção das mulheres bonitas - debochei, colocando a mão na cintura.

- É pra isso também - disse com humor.

Dei risada. Mais um clique da câmera.

- Agora chega de fotos - falei.

Ele observou as fotos que tinha feito e sorriu muito abertamente para uma delas, estiquei o pescoço para bisbilhotar qual era mas não consegui ver.

- Agora vamos - decidiu por fim. Voltou a caminhar devagar para que eu pudesse acompanhar com meus pés odiosamente dolorido.

- Você sempre anda com isso ?

- Sim.

- Por quê ?

- Nunca se sabe quando será o momento perfeito - respondeu, esbarrando de leve em mim com o ombro.

Devolvi o gesto e continuamos lado a lado em direção ao estacionamento.

Já dentro do carro me acomodei novamente no banco do passageiro.

- Você não precisa dirigir com os pés doendo, vou liberá-la do acordo - ele disse quando chegamos ao balcão do estacionamento e eu estendi a mão pra pegar a chave. Tínhamos combinado que ele iria dirigindo e eu voltaria.

- Eu te beijaria se você não estivesse tão longe - falei a ele que já estava do outro lado do carro.

- Não faltará oportunidades doutora - brincou.

Flores para LisOnde histórias criam vida. Descubra agora