Maçã e canela

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País do Relâmpago

Kumogakure

Gabinete do Raikage

Sexta

A fronteira do País do Redemoinho estava vigiada de norte a sul.

Mais de um esquadrão foi designado para buscar Sasuke e Sakura vivos para o Raikage. A vontade de Tsunade ou Mei era um mero capricho.

Killer A tinha assuntos pendentes com o Uchiha e iria resolvê-los, pouco interessava a bagunça pela qual Konoha passava. Não era problema dele. Tinham uma aliança, de fato, porém nunca gostou de Konoha e sempre a teve como rival em todos os quesitos. Por lógica, não tinha argumentos que o convencesse a colaborar com seja lá o que tivesse acontecendo.

Dois dos esquadrões chegaram ao gabinete naquela manhã de mãos vazias. As justificativas eram dispensáveis para o Raikage, mas questão de vida ou morte para eles:

— Não estou sentindo o cheiro de nenhum Uchiha de merda aqui — bradou com escárnio, olhando de cima os oito homens cabisbaixos à frente de sua mesa. Alguns estremeceram.

— Conseguimos cercá-los a poucos quilômetros da fronteira, mas a tempestade que incitamos foi muito intensa — um dos líderes do esquadrão tentou explicar.

— Supomos — outro tentou amenizar a situação — que foram soterrados ou congelados até a morte.

— Vocês supõem? — o Raikage indagou visivelmente decepcionado. Darui, alguns metros afastados, suspirava em apreensão.

— Não encontramos os corpos — respondeu outro homem.

— Então não os trouxeram para mim nem mortos — constatou o kage.

— Investigamos por dois dias em toda a região afetada. Há muita neve no vale, além de avalanches constantes por conta do derretimento do gelo — o primeiro a falar continuou. — Nós somos acostumados e quase não sobrevivemos na busca, por isso — buscou no olhar dos colegas mais afirmações — supomos que eles não tenham sobrevivido.

Após um longo silêncio, o Raikage ponderou, mirando cada rosto à sua frente e assentiu:

— Ótimo — se levantou. — Você me deram mais problemas para resolver. Agora, não sabemos se estão vivos ou mortos, se continuam no nosso território ou fugiram para o País dos Pântanos.

— Raikage-sama — o líder tornou a falar —, entramos em contato com outros esquadrões e cidades, e não houve nenhum relato de avistamento ou combate com eles.

— Pedimos para que jounins das aldeias num raio próximo relatassem qualquer suspeita, mas até agora não tivemos retorno algum — o colega complementou.

Darui e Killer A se entreolharam. Havia uma chance de Sasuke e Sakura estarem vivos e dentro do país.

— Estaria menos decepcionado com vocês se viessem até mim derrotados em combate — virou-se para o grupo. — Serão rebaixados — declarou.

Gratos pela misericórdia, os oito deixaram a sala rapidamente para dar privacidade a Darui e ao Raikage, aliviados pelo problema não ser mais deles. Não sabiam que, quando foram rebaixados, não se tratava de patente e sim de profissão. Iriam para as minas de chumbo ao norte e não poderiam contestar.

— Quero uma conferência com os anciões de Konoha. Se eles não querem declará-los como nukenin, eu declaro — decidiu, virando-se para Darui, que de braços cruzados, não demonstrava nada mais do que obediência, pois não aprovava uma decisão tomada de forma tão imprudente. — Mande reforços para o oeste. Quero os rostos deles estampados por todo o lugar, nos papéis e nas telas. Defina uma recompensa, qualquer valor que brilhe os olhos de um camponês infeliz. Quem ajudar ou abrigar aqueles dois será punido. As aldeias da Aliança Shinobi que se oporem serão minhas inimigas.

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